“O mar estava agitado
devido ao forte vento que soprava e a barca era sacudida pelas ondas, pois os
ventos lhe eram contrários…”
Ao longo dos séculos e já lá vão
vinte, as ondas das perseguições, das heresias, das infidelidades, das
tentações e da falta de amor, não pararam de assolar a Igreja representada
nesta barca, no meio do mundo, que em perpétua convulsão não pára de se agitar.
Sempre teve de enfrentar oposições,
de dentro e de fora, logo quando nasceu começaram a persegui-La e crucificaram
o Seu fundador. Nos nossos dias, as investidas sucedem-se a um ritmo
aparentemente imparável, vindas de todos os lados e atacando todas frentes, da
família ao Papa, ninguém escapa. Mas o Senhor está dentro da Barca, “não tenhais medo, sou Eu”, a paz há-de
prevalecer no meio de todas as tormentas e tempestades, às quais sempre se
segue uma grande bonança…
Não nos deixemos impressionar ou
intoxicar pelas circunstâncias mais ou menos mediáticas e adversas, pela
agitação de mentes dementes ou perversas, pois “as portas do inferno não prevalecerão contra Ela”.
O carácter imperecível da Santa
Igreja não mudará, foi fundada sobre rocha e subsistirá firmemente até ao fim
dos tempos, tudo passa e a força do mal será inexoravelmente arrastada pela
vertigem do constante fluir e agitar das águas do mar.
O Senhor cuida d’Ela, qual “fiel
jardineiro”, sempre vai deixando que o joio cresça ao lado do trigo, sempre vai
podando ou afastando as ervas daninhas que insidiosamente insistem em crescer a
seu lado, para a minar ou corroer.
Todos os ataques à Igreja, os
maus exemplos e os escândalos, são motivo para rezar mais, sobretudo pelos que
os provocam e para desagravar.
Palavra de ordem: rezar pelos
pecadores, pois ninguém pode mandar a primeira pedra, permanecendo na certeza
de que não estamos sós, na mesma barca está Jesus. Como timoneira, temos Maria estrela-do-mar,
auxílio dos cristãos, e sobranceiros às águas agitadas, os Anjos, esses
excelsos e etéreos companheiros, cuja missão é, simplesmente, proteger-nos e
livrar-nos de todos perigos.
Segurança, paz, esperança e
oração, pois na verdade, não estamos sós e – “Si Deus pró nobis, quis contra nos?” – se Deus está connosco, quem
será contra nós?
Maria Susana Mexia |
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