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sábado, 4 de março de 2017

Papa vai receber chefes de Estado e de Governo da UE

No próximo 24 de março no Vatican para assinalar 60 anos do Tratado de Roma, o inicio da União Europeia.


A bandeira da UE
A bandeira da UE
(ZENIT – Cidade do Vaticano. 3 Mar. 2017).- O Papa Francisco receberá no próximo 24 de março no Vaticano, os chefes de Estado e de governo da União Europeia reunidos na capital italiana para celebrar o 60º aniversário do “Tratado de Roma”.

A notícia divulgada nesta sexta-feira pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, indica que o encontro se realizará às 18h locais, na Sala Regia da Residência Apostólica Vaticana.

O Papa discursou o 25 de novembro de 2014, perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França. E sublinhou então que “a Europa tem uma necessidade imensa de redescobrir o seu rosto para crescer, segundo o espírito dos seus pais fundadores, na paz e na concórdia, já que ela mesma não está ainda isenta dos conflitos”.

O Papa disse também que “uma Europa que não é capaz de se abrir para a dimensão transcende da vida é uma Europa que lentamente corre o risco de perder a própria alma e o espírito humanístico que ama e defende”.

Perante o Parlamento da UE o Papa fez um apelo: “Considero fundamental não somente o patrimônio que o cristianismo deixou no passado para a formação sociocultural do continente, mas sobretudo a contribuição que pretende dar hoje e no futuro para o seu crescimento. Essa contribuição não constitui um perigo para a laicidade dos Estados e para a independência das instituições da União, mas um enriquecimento.”

Ao receber o “Prêmio Carlos Magno”, em maio do ano passado o Papa disse: “Sonho uma Europa jovem, capaz de ser uma mãe que respeita a vida e oferece esperanças de vida”. Uma Europa que cuida das crianças, que “socorre como um irmão os pobres e quem chega procurando acolhimento, porque já não tem mais nada e pede ajuda”. Uma Europa “que escuta e valoriza as pessoas doentes e idosas para que não sejam reduzidas a objetos de descarte porque improdutivas”.

“Sonho uma Europa onde ser imigrante não é um delito, mas um apelo a um maior compromisso com a dignidade de todos os seres humanos. Sonho uma Europa onde os jovens respirem o ar puro  da honestidade, amem a beleza da cultura e de uma vida simples, não poluída pelas solicitações sem fim do consumismo; onde casar e ter filhos sejam uma responsabilidade e uma grande alegria, não um problema criado pela falta de trabalho suficientemente estável”.

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