No próximo 24 de março no Vatican para assinalar 60 anos do Tratado de Roma, o inicio da União Europeia.
A bandeira da UE |
(ZENIT – Cidade do Vaticano. 3 Mar. 2017).- O Papa Francisco receberá
no próximo 24 de março no Vaticano, os chefes de Estado e de governo da
União Europeia reunidos na capital italiana para celebrar o 60º
aniversário do “Tratado de Roma”.
A notícia divulgada nesta sexta-feira pelo diretor da Sala de
Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, indica que o encontro se realizará às
18h locais, na Sala Regia da Residência Apostólica Vaticana.
O Papa discursou o 25 de novembro de 2014, perante o Parlamento
Europeu, em Estrasburgo, França. E sublinhou então que “a Europa tem uma
necessidade imensa de redescobrir o seu rosto para crescer, segundo o
espírito dos seus pais fundadores, na paz e na concórdia, já que ela
mesma não está ainda isenta dos conflitos”.
O Papa disse também que “uma Europa que não é capaz de se abrir para a
dimensão transcende da vida é uma Europa que lentamente corre o risco
de perder a própria alma e o espírito humanístico que ama e defende”.
Perante o Parlamento da UE o Papa fez um apelo: “Considero
fundamental não somente o patrimônio que o cristianismo deixou no
passado para a formação sociocultural do continente, mas sobretudo a
contribuição que pretende dar hoje e no futuro para o seu crescimento.
Essa contribuição não constitui um perigo para a laicidade dos Estados e
para a independência das instituições da União, mas um enriquecimento.”
Ao receber o “Prêmio Carlos Magno”, em maio do ano passado o Papa
disse: “Sonho uma Europa jovem, capaz de ser uma mãe que respeita a vida
e oferece esperanças de vida”. Uma Europa que cuida das crianças, que
“socorre como um irmão os pobres e quem chega procurando acolhimento,
porque já não tem mais nada e pede ajuda”. Uma Europa “que escuta e
valoriza as pessoas doentes e idosas para que não sejam reduzidas a
objetos de descarte porque improdutivas”.
“Sonho uma Europa onde ser imigrante não é um delito, mas um apelo a
um maior compromisso com a dignidade de todos os seres humanos. Sonho
uma Europa onde os jovens respirem o ar puro da honestidade, amem a
beleza da cultura e de uma vida simples, não poluída pelas solicitações
sem fim do consumismo; onde casar e ter filhos sejam uma
responsabilidade e uma grande alegria, não um problema criado pela falta
de trabalho suficientemente estável”.
in
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