Serve um maior compromisso em favor do setor agrícola
(ZENIT – Roma).- O Santo Padre Francisco transmitiu uma mensagem
nesta terça-feira através do Cardeal Secretario Pietro Parolin que
participa em Bélgica, no 10º Fórum para o Futuro da Agricultura.
“Serve um maior compromisso em favor do setor agrícola, não somente
na questão da melhoria dos sistemas de produção ou comercialização, mas
sobretudo no enfatizar o direito de todo ser humano de ter acesso ao
alimento saudável e suficiente, e ser nutrido na medida de suas
necessidades,” indica a carta enviada ao presidente do Fórum, Janez
Potocnik, em Bruxelas.
Francisco convida a um empenho não só no sentido de melhorar o
sistema de produção e de comercialização, mas também e sobretudo que se
ponha a tónica no direito de cada ser humano a ter acesso a uma
alimentação sã e suficiente e a ser nutrido conforme as próprias
necessidades.
“Cada vez mais se evidencia a necessidade de colocar a pessoa no
centro do setor agrícola”, afirma o Purpurado, sugerindo uma abordagem
que mostre a “relação estreita entre agricultura, proteção da criação,
crescimento económico, desenvolvimento e necessidades da população
mundial”.
O cardeal pede uma atenção maior para as áreas do mundo mais
vulneráveis, em que as pessoas são “excluídas dos processos produtivos” e
muitas vezes são “obrigadas a deixar suas terras” em busca de refúgio e
esperança de vida.
Em muitos países, a atividade agrícola é carente, não diversificada
suficientemente e inadequada para responder ao contexto ambiental ou às
mudanças climáticas. Pensando nessas áreas, o Cardeal Parolin menciona
os elevados níveis de desemprego e a desnutrição, até mesmo crónica, de
milhões de seres humanos.
A solução não é impor “um modelo de produção a favor de grupos
restritos”, nem pensar no trabalho agrícola partindo dos resultados
obtidos em pesquisas de laboratórios”. Uma tal abordagem, mesmo sendo
fonte de vantagem imediata para alguns, prejudica outros.
As expectativas ligadas aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
definidas pela comunidade internacional, requerem que se enfrente a
situação de certos países e zonas do mundo onde a actividade agrícola é
carente porque não suficientemente diversificada e, por conseguinte,
inadequada a responder ao contexto ambiental e às mutações climáticas.
Trata-se de um mecanismo complexo que atinge sobretudo os mais
vulneráveis excluídos não só dos processos de produção como também
obrigados a abandonar as próprias terras e procurar refúgio e esperança
de vida noutros lugares.
in
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