Francisco recebe no Vaticano os Chefes de Estado da União Europeia
(ZENIT – Cidade do Vaticano).- O Papa Francisco recebeu na tarde
desta sexta-feira no Vaticano, os Chefes de Estado e de governo de 27
países da União Europeia (UE) por ocasião do 60° aniversário dos
Tratados de Roma. Foi por ocasião dos 60 anos dos Tratados de Roma que
consolidaram a UE.
Texto integral
Agradeço-lhes pela sua presença esta tarde, às vésperas do 60°
aniversário da assinatura dos Tratados institucionais da Comunidade Económica Europeia e da Comunidade Europeia de Energia Atómica. Desejo
manifestar a cada um o afeto que a Santa Sé nutre pelos seus respectivos
Países e por toda a Europa, a cujos destinos está, por disposição da
Providência, ligada indivisivelmente.
Expresso particular gratidão ao Primeiro Ministro, Paolo Gentiloni,
Presidente do Conselho dos Ministros da República Italiana pelas
obsequiosas palavras que me dirigiu, em nome de todos, e pelo esforço
que a Itália empregou para a preparação deste encontro; como também ao
Deputado Antonio Tajani, Presidente do Parlamento Europeu, que, nesta
ocasião, deu voz às esperanças dos povos da União.
Voltar a Roma após sessenta anos, não pode ser apenas uma viagem de
recordações, quanto pelo maior desejo de redescobrir a memória viva
daquele evento para compreender o seu alcance. É preciso identificar-se
com os desafios de então para enfrentar aqueles de hoje e de amanhã. Com
suas narrações, repletas de reminiscências, a Bíblia nos oferece um
método pedagógico fundamental: não se pode compreender o tempo em que
vivemos sem o passado, entendido não como um conjunto de acontecimentos
distantes, mas como a linfa vital que se destaca no presente. Sem esta
consciência, a realidade perde a sua unidade, a história o seu fio
(eixo) lógico e a humanidade perde o sentido das suas ações e a direção
do seu porvir.
O dia 25 de março de 1957 foi uma data repleta de expectativas,
esperanças, entusiasmo e trepidação; somente um evento excepcional, pelo
seu alcance e consequências históricas, podia torná-la única na
história. A memória daquele dia une-se às expectativas de hoje e às
esperanças dos povos europeus, que almejam discernir o presente para
prosseguir, com renovado impulso e confiança, o caminho iniciado.
Disso estavam bem cientes os Pais fundadores e os Líderes que, ao
colocar a própria assinatura nos dois Tratados, deram vida àquela
realidade política, económica, cultural, mas, sobretudo, humana, que
hoje é chamada União Europeia. Por outro lado, como disse o Ministro do
Exterior belga, Spaak, tratava-se “na verdade, do bem-estar material dos
nossos povos, da expansão das nossas economias, do progresso social e
de possibilidades industriais e comerciais totalmente novas, mas,
sobretudo, (…) [de] uma particular concepção da vida, fraterna e justa, à
medida do homem” ¹.
Depois dos anos obscuros e cruentos da Segunda Guerra Mundial, os
líderes da época acreditaram na possibilidade de um futuro melhor, “não
deixaram de ousar e nem agiram muito tarde. A recordação das desventuras
passadas e das suas culpas parece ter-lhes inspirado e dado a coragem
necessária para esquecer as antigas rivalidades e pensar em agir, de
modo verdadeiramente novo, para realizar a maior transformação […] da
Europa” ².
Os Pais fundadores recordam-nos que a Europa não é um conjunto de
regras a serem observadas, nem um prontuário de protocolos e
procedimentos a serem seguidos. Ela é uma vida, um modo de conceber o
homem, a partir da sua dignidade transcendente e inalienável, e não
apenas um conjunto de direitos a serem defendidos ou de pretensões a
serem reivindicadas. À origem da ideia sobre a Europa, está “a figura e a
responsabilidade da pessoa humana, com sua efervescência de
fraternidade evangélica, […] com o seu desejo de verdade e de justiça,
adquirido de uma experiência milenária” ³. Roma, com a sua vocação de
universalidade (4), é o símbolo desta experiência e, por isso, foi
escolhida como lugar da assinatura dos Tratados, porque aqui – recordou o
Ministro do Exterior holandês, Luns, – “foram lançadas as bases
políticas, jurídicas e sociais da nossa civilização” (5).
Foi claro, desde o princípio, que o coração pulsante do projeto
político europeu não podia não ser o homem; mas, da mesma forma, foi
evidente o risco de que os Tratados permanecessem letra morta. Eles
deviam ser repletos de espírito vital. O primeiro elemento da vitalidade
europeia é a solidariedade. “A Comunidade Económica Europeia – afirmava
o Primeiro Ministro luxemburguês, Bech – viverá e terá sucesso somente
se, durante a sua existência, permanecer fiel ao espírito de
solidariedade europeia, que a criou, e se o desejo comum da Europa em
gestação for mais forte que os desejos nacionais” (6). Este espírito é
muito necessário, hoje, diante dos impulsos centrífugos, como também da
tentação de reduzir os ideais básicos da União às necessidades
produtivas, económicas e financeiras.
Da solidariedade nasce a capacidade de abrir-se aos outros. “Os
nossos planos não são de natureza egoística” (7), disse o Chanceler
alemão, Adenauer. “Sem dúvida, os Países que estão para se unir (…) não
querem se isolar do resto do mundo e erigir, em torno de si, barreiras
instransponíveis” (8), acrescentou o Ministro do Exterior francês,
Pineau. Em um mundo, que conhecia bem o drama dos muros e as divisões,
era bem evidente a importância de trabalhar por uma Europeia unida e
aberta e o desejo comum de remover aquela barreira inatural que, do Mar
Báltico ao Adriático, dividia o continente. Quanto esforço para abater
aquele muro! Não obstante, hoje, perdeu-se a memória daquele esforço.
Perdeu-se até a consciência do drama das famílias separadas, da pobreza e
da miséria que aquela divisão provocou. Onde as gerações tinham a
ambição de ver abatidos os sinais de inimizade forçada, agora se discute
como excluir os “perigos” do nosso tempo, a partir da longa fila de
mulheres, homens e crianças, em fuga da guerra e da pobreza, que pedem
somente a possibilidade de um futuro para si e para seus entes queridos.
No vazio da memória, que distingue os nossos dias, muitas vezes se
esquece também outra grande conquista, fruto da solidariedade sancionada
em 25 de março de 1957: o período mais longo de paz dos últimos
séculos. “Povos, que ao longo do tempo, se encontraram, muitas vezes, em
campos opostos, a combater uns contra os outros, (…) agora, ao invés,
estão unidos por meio da riqueza das suas peculiaridades nacionais” (9).
A paz se constrói sempre com a contribuição livre e consciente de cada
um. Todavia, “para muitos, hoje [ela] parece, de qualquer forma, um bem
descontado” (10) e, por isso, torna-se fácil considerá-la supérflua.
Pelo contrário, a paz é um bem precioso e essencial, porque sem ela não
se tem condições de construir um futuro para ninguém e se acaba por
“viver dia após dia”.
A Europa unida nasce, de fato, de um projeto claro, bem definido,
adequadamente ponderado, mesmo se, no princípio, apenas embrionário.
Todo bom projeto visa o futuro e o futuro são os jovens, chamados a
realizar as promessas do futuro (11). Para os Pais fundadores, era
clara, portanto, a consciência de se fazer parte de uma obra comum, que
não ia apenas além dos confins dos Estados, mas também aqueles do tempo,
a ponto de unir as gerações entre si, todas igualmente partícipantes da
construção da Casa comum.
Ilustres hóspedes.
Dediquei esta primeira parte do meu pronunciamento aos Pais da
Europa, para que nos deixássemos impulsionar pelas suas palavras, pela
atualidade do seu pensamento, pelo apaixonado compromisso pelo bem
comum, que os caracterizou, pela certeza de fazer parte de uma obra
maior que as suas pessoas e pela amplidão do ideal que os animava. Seu
denominador comum era o espírito de serviço, unido à paixão política e à
consciência que “à origem da civilização europeia encontra-se o
cristianismo” (12), sem o qual os valores ocidentais de dignidade,
liberdade e justiça se tornam mais incompreensíveis. “Ainda hoje –
afirmava São João Paulo II – a alma da Europa permanece unida, porque,
além das suas raízes comuns, vive os idênticos valores cristãos e
humanos, como os da dignidade da pessoa humana, do profundo sentimento
de justiça e liberdade, de laboriosidade, de espírito de iniciativa, de
amor à família, de respeito pela vida, de tolerância e desejo de
cooperação e de paz, que são notas que a caracterizam” (13). No nosso
mundo multicultural, tais valores continuarão a encontrar plena sintonia
se souberem manter o seu nexo vital com a raiz que os gerou. Na
fecundidade deste nexo está a possibilidade de edificar sociedades
autenticamente leigas, destituídas de contradições ideológicas, nas
quais encontram igualmente lugar o oriundo e o autóctone, o crente e o
não crente.
Nos últimos sessenta anos, o mundo mudou muito. Se os Pais
fundadores, que sobreviveram de um conflito devastador, eram animados
pela esperança de um futuro melhor e determinados pelo desejo de
realizá-lo, evitando o surgimento de novos conflitos, o nosso tempo é
mais dominado pelo conceito de crise: uma crise económica, que se
destacou no último decénio; uma crise familiar e de modelos sociais
consolidados; uma difundida “crise entre as instituições” e a crise dos
migrantes: tantas crises que ocultam o medo e o extravio profundo do
homem contemporâneo, que exige uma nova hermenêutica para o futuro.
Entretanto, o termo “crise” não tem, de per si, uma conotação negativa.
Não indica apenas um triste momento, que deve ser superado. A palavra
crise tem origem no verbo grego crino (κρίνω), que significa investigar,
avaliar, julgar. Este, portanto, é um tempo de discernimento, que nos
convida a avaliar o essencial e a construir sobre ele: logo, é um tempo
de desafios e de oportunidades.
Qual é, então, a hermenêutica, a chave interpretativa com a qual
podemos ler as dificuldades do presente e encontrar respostas para o
futuro? A lembrança do pensamento dos Pais seria, de fato, estéril se
não servisse para nos indicar um caminho e se não se tornasse estímulo
para o futuro e fonte de esperança. Todo corpo que perde o sentido do
seu caminho, ao qual falta este olhar para o futuro, sofre primeiro uma
evolução e, com o passar do tempo, arrisca perecer. Logo, o que os Pais
fundadores nos deixaram? Quais perspectivas nos indicam para enfrentar
os desafios que nos esperam? Qual a esperança para a Europa de hoje e de
amanhã?
As respostas podem ser encontradas precisamente nos pilares sobre os
quais eles quiseram edificar a Comunidade Económica Europeia e que já os
recordei: centralidade do homem, solidariedade concreta, abertura ao
mundo, busca da paz e do desenvolvimento, abertura ao futuro. Quem
governa tem a tarefa de discernir os caminhos da esperança, identificar
os percursos concretos para que, os passos significativos dados até
aqui, não se dispersem, mas sejam penhor de um caminho longo e frutuoso.
A Europa reencontra esperança quando o homem é o centro e o coração
das suas instituições. Considero que isto implique a escuta atenta e
confiante das instâncias que provém tanto dos indivíduos, como da
sociedade e dos povos que compõe a União. Infelizmente, se tem com
frequência a sensação de que está em andamento um “isolamento emocional”
entre os cidadãos e as Instituições europeias, frequentemente
percebidas como distantes e não atentas às diversas sensibilidades que
constituem a União. Afirmar a centralidade do homem significa também
reencontrar o espírito de família, em que cada um contribui livremente
segundo as próprias capacidades e dotes, à casa comum. É oportuno ter
presente que a Europa é uma família de povos (14) e – como em toda boa
família – existem susceptibilidades diferentes, mas todos podem crescer
na medida em que se está unido. A União Europeia nasce como unidade das
diferenças e unidade nas diferenças. As peculiaridades não devem por
isto assustar, nem se pode pensar que a unidade seja preservada da
uniformidade. Ela é antes a harmonia de uma comunidade. Os Pais
fundadores escolheram precisamente esta expressão como fundamento das
entidades que nasciam dos Tratados, colocando o acento no fato de que se
colocavam em comum os recursos e os talentos de cada um. Hoje a União
Europeia tem necessidade de redescobrir o sentido de ser, antes de tudo,
“comunidade” de pessoas e de povos conscientes de que “o todo é mais do
que a parte, e é também mais do que sua simples soma” (15) e portanto,
que “é necessário sempre alargar o olhar para reconhecer um bem maior
que trará benefícios a todos” (16). Os Pais fundadores buscavam aquela
harmonia na qual o todo está em cada um das partes, e as partes estão –
cada uma com a própria originalidade – no todo.
A Europa reencontra esperança na solidariedade, que é também o mais
eficaz antídoto aos populismos modernos. A solidariedade comporta a
consciência de ser parte de um só corpo e ao mesmo tempo implica a
capacidade que cada membro tem de “simpatizar” com o outro e com o todo.
Se um sofre, todos sofrem (cf 1 Cor 12,26). Assim também nós hoje
choramos com o Reino Unido as vítimas do atentado que atingiu Londres há
dois dias. A solidariedade não é somente um bom propósito: é
caracterizada por fatos e gestos concretos, que aproximam ao próximo, em
qualquer condição este se encontre. Ao contrário, os populismos nascem
precisamente do egoísmo, que fecha em um círculo restrito e sufocante e
que não permite de superar o limite dos próprios pensamentos e “olhar
além”. É preciso recomeçar a pensar de modo europeu, para esconjurar o
perigo oposto de uma cinzenta uniformidade, ou mesmo o triunfo dos
particularismos. À política cabe tal liderança ideal, que evite
deixar-se levar pelas emoções para ganhar consenso, mas antes elabore,
em um espírito de solidariedade e subsidiariedade, políticas que façam
crescer toda a União em um desenvolvimento harmónico, de forma que quem
consegue correr mais rápido possa estender a mão a quem vai mais devagar
e quem tem mais dificuldades consiga alcançar quem está na frente.
A Europa reencontra esperança quando não se fecha no medo de falsas
seguranças. Pelo contrário, a sua história é fortemente determinada pelo
encontro com outros povos e culturas e a sua identidade “é, e sempre
foi, uma identidade dinâmica e multicultural” (17). Existe interesse no
mundo pelo projeto europeu. Houve desde o primeiro dia, com a multidão
comprimida na Praça do Campidoglio e com as mensagens de congratulação
que chegaram de outros Estados. Existe ainda mais hoje, a partir
daqueles países que pedem para entrar e fazer parte da União, como
também daqueles Estados que recebem as ajudas que, com viva
generosidade, são a eles oferecidas para fazer frente às consequências
da pobreza, das doenças e das guerras. A abertura ao mundo implica a
capacidade de “diálogo como forma de encontro” (18) em todos os níveis, a
começar por aquele entre os Estados membros e entre as Instituições e
os cidadãos, até aquele com os numerosos imigrantes que chegam às costas
da União. Não se pode limitar em administrar a grave crise migratória
destes anos como se fosse somente um problema numérico, económico ou de
segurança. A questão migratória coloca uma pergunta mais profunda, que é
antes de tudo cultural. Qual cultura propõe a Europa hoje? O medo que
frequentemente se adverte encontra, de fato, na perda dos ideais, a sua
causa mais radical. Sem uma verdadeira perspectiva ideal se acaba por
ser dominados pelo temor que o outro nos prive dos hábitos
consolidados, nos prive dos confortos adquiridos, coloque em discussão
um estilo de vida feito muito frequentemente somente de bem-estar
material. Pelo contrário, a riqueza da Europa sempre foi a sua abertura
espiritual e a capacidade de colocar-se perguntas fundamentais sobre o
sentido da existência. À abertura ao sentido do eterno corresponde
também uma abertura positiva, mesmo se não privada de tensões e de
erros, pelo mundo. O bem-estar adquirido parece, pelo contrário, ter
atado as asas, e feito abaixar o olhar. A Europa tem um património ideal
e espiritual único ao mundo que merece ser reproposto com paixão e
renovado frescor, o que é o melhor remédio contra o vazio dos valores de
nosso tempo, fértil terreno para toda forma de extremismo. São estes os
ideais que tornaram a Europa a “península da Ásia” que dos Urais chega
até o Atlântico.
A Europa reencontra esperança quando investe no desenvolvimento e na
paz. O desenvolvimento não é dado por um conjunto de técnica produtivas.
Ele diz respeito a todo o ser humano: a dignidade de seu trabalho,
condições de via adequada, a possibilidade de ter acesso à educação e
aos necessários cuidados médicos. “O desenvolvimento é o novo nome da
paz” (19), afirmava Paulo VI, pois não existe verdadeira paz quando
existem pessoas marginalizadas ou obrigadas a viver na miséria. Não
existe paz onde falta trabalho ou a perspectiva de um salário digno. Não
existe paz nas periferias das nossas cidades, nas quais se dissemina
droga e violência.
A Europa reencontra esperança quando se abre ao futuro. Quando se
abre aos jovens, oferecendo a eles perspectivas sérias de educação,
reais possibilidades de inserção no mundo do trabalho. Quando investe na
família, que é a primeira e fundamental célula da sociedade. Quando
respeita a consciência e os ideais de seus cidadãos. Quando garante a
possibilidade de fazer filhos, sem o medo de não poder mantê-los. Quando
defende a vida em toda a sua sacralidade.
Ilustres hóspedes
No geral aumento da perspectiva de vida, setenta anos são hoje
considerados o tempo da plena maturidade. Uma idade crucial na qual mais
uma vez se é chamados a colocar-se em discussão. Também a União
Europeia é chamada hoje a colocar-se em discussão, a cuidar das
inevitáveis doenças que vem com os anos e a encontrar percursos novos
para prosseguir o próprio caminho. À diferença, porém, de um ser humano
de setenta anos, a União Europeia não tem diante de si uma inevitável
velhice, mas a possibilidade de uma nova juventude. O seu sucesso
dependerá da vontade de trabalhar mais uma vez juntos e pelo desejo de
apostar no futuro. À vocês, enquanto líderes, caberá discernir o caminho
de um “novo humanismo europeu” (20), feito de ideais e concretudes.
Isto significa não ter medo de assumir decisões eficazes, capazes de
responder aos problemas reais das pessoas e de resistir à prova do
tempo.
De minha parte não posso que assegurar a proximidade da Santa Sé e da
Igreja à toda Europa, para cuja edificação sempre contribuiu e sempre
contribuirá, invocando sobre ela a bênção do Senhor, para que a proteja e
dê a ela a paz e progresso. Faço por isto minhas as palavras que Joseph
Bech pronunciou no Campidoglio: Ceterum censeo Europa,
esse aedificandam, aliás, penso que a Europa mereça ser construída.
Obrigado.
(JE/MT)
______________________
[1] P.H. Spaak, Discorso pronunciato in occasione della firma dei Trattati di Roma, 25 marzo 1957.
[2] Ibid.
[3] A. De Gasperi, La nostra patria Europa. Discorso alla Conferenza
Parlamentare Europea, 21 aprile 1954, in: Alcide De Gasperi e la
politica internazionale, Cinque Lune, Roma 1990, vol. III, 437-440.
[4] Cfr P.H. Spaak, Discorso, cit.
[5] J. Luns, Discorso pronunciato in occasione della firma dei Trattati di Roma, 25 marzo 1957.
[6] J. Bech, Discorso pronunciato in occasione della firma dei Trattati di Roma, 25 marzo 1957.
[7] K. Adenauer, Discorso pronunciato in occasione della firma dei Trattati di Roma, 25 marzo 1957.
[8] C. Pineau, Discorso pronunciato in occasione della firma dei Trattati di Roma, 25 marzo 1957.
[9] P.H. Spaak, Discorso, cit.
[10] Discorso ai membri del Corpo Diplomatico accreditato presso la
Santa Sede, 9 gennaio 2017: L’Osservatore Romano, 9-10 gennaio 2017, p.
4.
[11] Cfr P.H. Spaak, Discorso, cit.
[12] A. De Gasperi, La nostra patria Europa, cit.
[13] Atto europeistico, Santiago de Compostela, 9 novembre 1982: AAS 75/I (1983), 329.
[14] Cfr Discorso al Parlamento Europeo, Strasburgo, 25 novembre 2014: AAS 106 (2014), 1000.
[15] Esort. ap. Evangelii gaudium, 235.
[16] Ibid.
[17] Discorso in occasione del conferimento del Premio Carlo Magno, 6 maggio 2016: L’Osservatore Romano, 6-7 maggio 2016, p. 4.
[18] Esort. ap. Evangelii gaudium, 239.
[19] Paolo VI, Lett.enc. Populorum progressio, 26 marzo 1967, 87: AAS 59 (1967), 299.
[20] Discorso in occasione del conferimento del Premio Carlo Magno, 6 maggio 2016: L’Osservatore Romano, 6-7 maggio 2016, p. 5.
in
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