Evento começa este sábado, à descoberta do património edificado, e prossegue domingo junto ao rio Mira
Beja, 03 mar 2017 (Ecclesia) – O Festival «Terras sem Sombra» vai
promover este sábado um concerto dedicado à polifonia de inspiração
mariana, antecedido pela descoberta do património edificado em Odemira, a
que se segue no domingo uma ação de biodiversidade no rio Mira.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Departamento do Património
Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, que promove o certame,
informa que o evento começa este sábado com uma visita guiada ao
património do centro histórico de Odemira, a partir das 14h30.
“É a oportunidade de se conhecer – entre outros valores ainda pouco
acessíveis ao público – a surpreendente igreja quinhentista da
Misericórdia, que une na sua estrutura um retângulo e uma elipse e
possui extraordinárias pinturas murais”, explica a nota.
A igreja do Salvador é o ponto de encontro e partida para a visita ao
património, uma novidade na edição 2017, que vai ser orientada pelos
historiadores António Martins Quaresma e José António Falcão, também
diretor-geral do festival.
À noite, a mesma igreja, recebe um concerto do ensemble Polyphonos que
vai revisitar a música portuguesa de inspiração mariana dos séculos
XVI-XVIII, alguma produzida por autores nascidos no Baixo-Alentejo, a
partir das 21h30.
“Polyphonos” é uma palavra grega que designa a “coexistência de muitos
sons ou vozes” e o ensemble foi fundado pela soprano Raquel Alão, tem a
direção artística de José Bruto da Costa e o concerto conta ainda com a
meio-soprano Carolina Figueiredo, o tenor Marco Alves dos Santos e o
baixo Tiago Mota, entre outros.
Na manhã deste domingo, o Festival ‘Terras sem Sombra’ dinamiza a ação
de divulgação e proteção da biodiversidade do território da Diocese de
Beja desta vez “pelos meandros do rio Mira”.
A partir das 10h00, a organização propõe um “olhar renovado sobre os
gradientes” do rio que tem a particularidade de empreender um curso de
sul para norte e o objetivo é visitar, em particular, as pradarias
marinhas que representam alguns dos habitats “mais ameaçados a nível
mundial” e uma população de lontras “muito peculiar”.
Organizada com a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e
das Florestas e da Câmara Municipal de Odemira a proposta é uma
caminhada e um passeio de barco onde vão ser reconhecidos os pontos mais
relevantes do Mira, que se distinguem pela “espetacular cenografia”.
A 13.ª edição do ‘Terras sem Sombra’ intitulada ‘Do espiritual na arte –
Identidades e práticas musicais na Europa dos séculos XVI-XX’ começou a
11 de fevereiro, em Almodôvar.
Depois de Odemira, vai passar por Sines, Santiago do Cacém, Ferreira do Alentejo, Odemira, Serpa, Castro Verde e Beja.
O festival destaca um produto-chave regional para a economia local, que este ano é o azeite da Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches.
O FTSS termina com a entrega do prémio internacional ‘Terras sem
Sombra’, pelas 18h30 de 1 de julho, no Centro de Artes de Sines.
CB/OC
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