Francisco recomenda «comportamentos responsáveis» para evitar difusão da doença
Cidade do Vaticano, 30 nov 2016 (Ecclesia) - O Papa Francisco recordou
no Vaticano a celebração do Dia Mundial de Luta Contra a Sida, que se
assinala anualmente a 1 de dezembro, por iniciativa das Nações Unidas,
recordando as populações mais pobres atingidas pela doença.
“Milhões de pessoas convivem com esta doença e só 50% tem acesso a
terapias que salvam vidas. Convido-vos a rezar por elas e pelos seus
entes queridos e a promover a solidariedade para que também os mais
pobres possam beneficiar de diagnóstico e tratamentos adequados”, disse,
no final da audiência pública semanal que decorreu esta quarta-feira,
na sala Paulo VI.
Francisco deixou ainda um apelo para que “todos adotem comportamentos
responsáveis para prevenir ainda mais a difusão desta doença”.
A ONU espera atingir uma eliminação da epidemia em 2030, tendo ainda
três objetivos até 2020: que 90% das pessoas que vivem com VIH sejam
diagnosticadas; atingir 90% dos diagnosticados em tratamento; que 90%
dos que estão em tratamento atinjam carga viral indetetável.
O Papa falou ainda da Conferência internacional sobre a proteção do
património em zonas de conflito, que se realizará nos dias 2 e 3 de
dezembro em Abu Dhabi.
“Trata-se de um tema que, infelizmente, é atual. Na convicção de que a
tutela das riquezas culturais constitui uma dimensão essencial da defesa
do ser humano, faço votos de que este evento marque um nova etapa no
processo de aplicação dos Direitos Humanos”, referiu Francisco.
A iniciativa é promovida pelos governos de França e Emirados Árabes Unidos, com a colaboração da UNESCO.
«Silêncio» foi apresentado pela primeira vez em Roma
Cidade do Vaticano, 30 nov 2016 (Ecclesia) - O Papa Francisco recebeu
hoje em audiência privada o realizador Martin Scorsese, que apresenta o
seu novo filme, ‘Silêncio’, centrado na história de jesuítas portugueses
no Japão do século XVII.
A sala de imprensa do Vaticano refere que o encontro contou ainda com a
presença da mulher de Scorsese e as suas duas filhas, bem como do
produtor do filme, acompanhados por monsenhor Dario Edoardo Viganò,
prefeito da Secretaria para a Comunicação (Santa Sé).
A audiência durou cerca de 15 minutos, tendo o Papa referido os
presentes que leu o livro ‘Silêncio’, do autor japonês Shusaku Endo, que
inspira o filme, falando ainda da "semente" que os jesuítas deixaram no
Japão e dos mártires cristãos neste país.
Scorsese ofereceu ao Papa dois quadros ligados ao tema dos "cristãos escondidos", um dos quais representando Nossa Senhora.
O filme 'Silêncio' foi apresentado esta terça-feira, pela primeira vez.
no Instituto Pontifício Oriental, em Roma, organismo ligado à Companhia
de Jesus.
"O 'Silêncio', filme de Martin Scorsese que conta a história dos
jesuítas portugueses no Japão, será hoje apresentado à Companhia de
Jesus, em Roma. O realizador estará presente nesta sessão para mostrar,
em primeira mão a um grupo de 400 jesuítas, aquele que se espera ser um
dos filmes mais importantes da sua carreira", refere uma nota divulgada
pelos Jesuítas em Portugal, através da sua página na rede social
Facebook.
O filme baseia-se no livro de Shusaku Endo, evocando a perseguição de
milhares de cristãos no território nipónico, com interpretações de Liam
Neeson, Adam Driver, e Andrew Garfield.
Scorsese centra o seu trabalho no percurso de duas personagens,
identificadas como jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues e Francisco
Garupe, que partem à procura de outro sacerdote da Companhia de Jesus,
Cristóvão Ferreira (1580-1650), este uma figura histórica, que teria
renunciado à fé cristã após ser torturado.
A apostasia concretizava-se pisando a imagem do próprio Cristo,
representado num ‘fumie’ - um retrato em bronze enquadrado numa pequena
moldura de madeira.
O realizador consultou a equipa dos Arquivos Jesuítas Romanos (Archivum
Romanum Societatis Iesu – ARSI) e outros especialistas jesuítas, para
preparar o argumento.
O Japão foi evangelizado pelo jesuíta São Francisco Xavier, entre 1549 e
1552, a pedido da Coroa Portuguesa, mas poucas décadas depois
comunidade católica vivia uma dura perseguição: os primeiros mártires,
encabeçados por São Paulo Miki (crucificados em Nagasáqui em 1597),
entre os quais o português São Gonçalo Garcia, foram canonizados em 1862
por Pio IX.
Outros 205 católicos foram beatificados em 1867, entre eles João
Baptista Machado, Ambrósio Fernandes, Francisco Pacheco, Diogo de
Carvalho e Miguel de Carvalho (todos da Companhia de Jesus), Vicente de
Carvalho (religioso agostinho), e Domingos Jorge (leigo, cuja esposa
japonesa e filho também foram martirizados).
O Papa Francisco tem repetido elogios às comunidades nipónicas, que
receberam e conservaram a sua fé “mesmo no meio de séculos de
perseguição”, falando num país de “cristãos escondidos”.
Os católicos que sobreviveram à perseguição tiveram de ocultar-se
durante 250 anos, até a chegada de missionários europeus no século XIX.
Francisco pede continuidade deste «estilo» de ser cristão após o Jubileu
Cidade do Vaticano, 30 nov 2016 (Ecclesia) - O Papa Francisco encerrou
hoje no Vaticano o ciclo de catequeses que pronunciou sobre as 14 obras
de misericórdia, corporais e espirituais, que a Igreja Católica propõe
aos seus fiéis, pedindo continuidade deste “estilo” de ser cristão.
“As catequeses acabam aqui. Fizemos o percurso das 14 obras de
misericórdia, mas a misericórdia continua e devemos exercitá-la nesses
14 modos”, declarou, perante cerca de 7 mil peregrinos reunidos na sala
de audiências Paulo VI.
A intervenção centrou-se nas obras de misericórdia que convidam a “rezar pelos vivos e pelos mortos” e a sepultar os defuntos.
Francisco elogiou, neste contexto, todos os que arriscam a vida para
enterrar quem morre nas zonas de guerra, “com bombardeamentos que
semeiam medo e vítimas inocentes, dia e noite”.
“Esta obra é tristemente atual”, acrescentou.
O Papa sublinhou que, para os cristãos, a sepultura é um “ato de piedade”, de “fé e esperança na ressurreição dos mortos”.
A intervenção abordou depois os “muitos modos” de rezar pelo próximo,
como as mães e os pais que abençoam os filhos antes de sair de casa, a
oração pelas pessoas doentes ou a “intercessão silenciosa”, às vezes com
lágrimas.
Francisco contou um episódio ocorrido no dia anterior, de um jovem
empresário que participou na Missa matinal na capela da Casa Santa
Marta.
Após a celebração, chorando, o empresário disse ao Papa que deveria
fechar a fábrica devido à crise, mas caso isso acontecesse, 50 famílias
ficariam sem trabalho.
“Eis um bom cristão”, disse o pontífice, elogiando a decisão de não declarar falência e ficar com o dinheiro.
Concluindo as catequeses sobre a misericórdia, Francisco pediu um
esforço a rezar uns aos outros para que as obras de misericórdia
corporais e espirituais se tornem cada vez mais o “estilo” da vida da
Igreja.
Após a catequese semanal, o Papa saudou os membros da Federação dos Institutos de Atividades Educativas, na Itália.
“Convido-vos a continuar no caminho de apoio às escolas católicas, para
que seja sempre salvaguardada a liberdade de escolha educativa dos pais
para os seus filhos”, apelou.
Religioso francês morreu na Argélia e foi beatificado em 2005
Cidade do Vaticano, 30 nov 2016 (Ecclesia) - O jornal do Vaticano,
‘L’Osservatore Romano’, recordar na sua edição desta quarta-feira o 10.º
aniversário do assassinato do Beato Charles de Foucauld, morto aos 58
anos por um grupo armado no Saara argelino.
“O religioso passará aos olhos da história como um dos mais importantes
da sua geração, atravessando dois séculos”, pode ler-se no texto
central das duas páginas dedicadas a Charles de Foucauld.
O jornal recorda
que a primeira biografia sobre o religioso francês foi escrita em 1923,
por René Bazin, que “consagrou a sua posteridade espiritual” de
“personalidade fora do comum”, com uma obra “prolífica”.
Charles de Foucauld foi beatificado a 13 de novembro de 2005, na
Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo cardeal português D. José
Saraiva Martins, então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos
(Santa Sé), no pontificado de Bento XVI.
Nascido em Estrasburgo (França), a 15 de setembro de 1858, o religioso
empreendeu em 1883 uma afortunada expedição no deserto de Marrocos que
lhe valeu a medalha de ouro da Sociedade de Geografia; converteu-se em
1886 e foi ordenado sacerdote em 1901 em Viviers, tendo decidido partir
para Beni-Abbès, no deserto argelino, perto da fronteira com Marrocos.
Acompanhou militares pelas montanhas do Hoggar, junto dos Tuaregues, um
povo nómada e hostil aos franceses; em 1909 regressa a Tamanrasset onde
fica até à sua morte, apesar da instabilidade provocada pela I Guerra
Mundial.
Foi sequestrado por um grupo de rebeldes e assassinado (1 de dezembro de 1916) por um grupo de tuaregues senussi.
Em Portugal, a Comissão de Arte Sacra da Diocese de Setúbal (CDASS) vai
inaugurar a exposição ‘Nazareth. Pinturas de L. Sadino no centenário da
morte de Charles de Foucauld’, pelas 17h30, a 1 de dezembro, na
Biblioteca Pública Municipal sadina.
A mostra pretende “dar a conhecer a vida, a figura e a espiritualidade” do beato francês.
Organizado pelo CDASS e a Comunidade de Setúbal da Fraternidade dos
Irmãos de Jesus, os 30 trabalhos podem ser visitados gratuitamente até 4
de janeiro de 2017, de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 19h00, e aos
sábados, das 14h00 às 19h00.
No âmbito do encerramento da exposição vai ser exibido o filme ‘Des
hommes et des Dieux’ (Dos homens e dos deuses, 2010) a partir das 18h00,
na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, e vai comentado pelo
jornalista Mário Augusto.
Charles de Foucauld ficou conhecido como o “irmão universal” pela sua
vivência como monge eremita, no deserto do Saara, em respeito pelas
outras religiões.
A sua vida deu origem a dez congregações religiosas, entre as quais as
fraternidades dos Irmãozinhos e Irmãzinhas de Jesus, criadas depois da
sua morte.
Cidade do Vaticano, 30 nov 2016 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no
Vaticano a tragédia aérea que esta terça-feira vitimou mais de 70
pessoas, na queda de um avião na Colômbia, no qual seguia a equipa
brasileira da Chapecoense.
"Também eu quero lembrar hoje a dor do povo brasileiro pela tragédia da
equipa de futebol [a Chapecoense] e rezar pelos jogadores falecidos,
pelas suas famílias", disse, no final da audiência pública semanal.
Francisco realçou que estas situações representam "tragédias duras" e
pediu orações pelas vítimas, ao saudar os peregrinos de língua
portuguesa, um dos quais levantou uma camisola da Associação Chapecoense
de Futebol.
"Na Itália, sabemos bem o que isso significa, pois lembramos o acidente
aéreo de Superga, em 1949", acrescentou o Papa, recordando o acidente
que vitimou a equipa do Torino.
Já esta terça-feira, Francisco tinha enviado uma mensagem ao bispo da
diocese colombiana de Sonsón Rionegro, D. Fidel Marín, em cujo
território se deu o acidente que matou profissionais de futebol,
elementos da tripulação e jornalistas.
"O Santo Padre, profundamente entristecido ao saber da dolorosa notícia
do grave acidente aéreo que provocou numerosas vítimas, eleva orações
para o eterno descanso dos falecidos", refere o telegrama, divulgado
pela Conferência Episcopal da Colômbia.
O documento enviado pela Secretaria de Estado do Vaticano pede ao bispo
que "transmita o sentimento de pêsames de sua santidade aos familiares e
a todos os que choram por tão sensível perda, junto com expressões de
afeto, solidariedade e consolo a todos os afetados pelo trágico
acidente".
O avião transportava a delegação do clube brasileiro, para a disputa da final da Taça Sul-Americana.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma carta
ao bispo de Chapecó, D. Odelir José Magri, para manifestar o pesar da
Igreja Católica pela tragédia a todas as famílias e comunidades desta
diocese.
“Nestes momentos de tristeza e dor, renovamos, juntos, a nossa fé como
sinal de consolação e de esperança no Senhor ressuscitado”, referem os
bispos católicos.
A Regional Sul 4 (Santa Catarina) da CNBB também divulgou uma nota de
solidariedade à família da Associação Chapecoense de Futebol, na qual
“lamenta o que ocorreu e manifesta solidariedade, em especial para com
os familiares e amigos mais próximos das vítimas”.
As autoridades colombianas informaram que o avião se despenhou quando
se dirigia para o aeroporto de Medellín; o último balanço oficial aponta
para 71 mortos e seis sobreviventes.
Filme «Silêncio» aborda dramas da missionação cristã em território nipónico, no século XVII
Lisboa, 30 nov 2016 (Ecclesia) – O jesuíta português Cristóvão Ferreira
(1580-1650) está no centro no novo filme ‘Silêncio’, do realizador
Martin Scorsese, relatando os dramas da perseguição religiosa contra os
cristãos no Japão do século XVII.
“É grande a expectativa em torno deste filme que se baseia na adaptação
do livro do japonês Shusaku Edo e que conta a história de Cristóvão
Ferreira, um jesuíta português que teve uma missão importante no Japão,
bem como de outros jesuítas que foram à sua procura quando chegou à
Europa a notícia sobre a sua eventual apostasia”, explica uma nota dos
jesuítas portugueses enviada à Agência ECCLESIA.
Scorsese encontra-se hoje com o Papa, em audiência privada, depois de
ter mostrado o filme em Roma, na terça-feira, a um grupo de jesuítas,
entre os quais alguns portugueses.
A Província Portuguesa da Companhia de Jesus, em parceria com os
promotores do filme, vai promover uma série de iniciativas culturais
sobre a presença e o papel dos jesuítas no Japão.
Cristóvão Ferreira, jesuíta português protagonizado no filme ‘Silêncio’
pelo ator Liam Neeson, ficou conhecido no Japão por Sawano Chuan;
entrou na Companhia de Jesus aos 17 anos de idade e, três anos depois,
em 1600, foi enviado para trabalhar nas missões do Oriente.
Estudou Teologia em Macau e foi ordenado padre em 1608, tendo partido para o Japão em maio de 1609.
Hubert Cieslik, jesuíta e especialista na história das Missões no Japão, assinou
em 1974 o texto "The case of Christovão Ferreira" [O caso de Cristóvão
Ferreira], que apresenta o português como uma das “figuras mais
controversas” do trabalho da Companhia de Jesus no país asiático.
Num contexto de perseguição religiosa, o padre Ferreira esteve em
Nagasáqui e depois em Quioto, onde vivia escondido, saindo apenas de
noite para visitar os cristãos.
De regresso a Nagasáqui, em 1617, foi secretário do provincial,
Mattheus de Couros, cargo que o levou a viajar frequentemente pelo
Japão, tendo mais tarde assumido a administração da província nipónica,
por ser ali o jesuíta mais antigo.
Cristóvão Ferreira seria preso a 18 de outubro de 1633, juntamente com
outros religiosos, missionários estrangeiros e japoneses, aos quais foi
aplicada a “tortura da fossa”, método exclusivamente destinado aos
cristãos para que negassem a sua fé.
“Consistia em pendurar os prisioneiros de cabeça para baixo dentro de
uma fossa que era depois coberta com tábuas. Os cristãos ficavam, assim,
sem luz e sem água, fortemente amarrados, até abjurarem ou morrerem”,
explicam os jesuítas portugueses.
Cristóvão Ferreira terá cedido “ao fim de algumas horas” e a notícia da sua apostasia “chocou” a Europa.
Apesar de não se conhecerem as circunstâncias da sua morte, sabe-se que
o português passou o resto da sua vida no Japão, servindo de intérprete
para as autoridades locais.
Algumas fontes relatam que Cristóvão Ferreira se terá arrependido de
renegar a sua fé e que viria a morrer, na referida fossa, em novembro de
1650.
O filme de Scorsese
apresenta ainda a personagem de Sebastião Rodrigues, criada pelo livro
‘Silêncio’ de Shusaku Endo e baseada na figura do jesuíta italiano
Giuseppe Chiara, que chegou ao Japão para procurar o padre Ferreira,
integrado num grupo de dez missionários.
Todos estes missionários terão renegado a fé sob tortura, tendo-se retratado mais tarde.
Os portugueses foram definitivamente expulsos do Japão em 1639 e o
Cristianismo nipónico entrou numa vivência de clandestinidade que se
prolongou até à reabertura do império ao Ocidente, na segunda metade do
século XIX.
Os ocidentais encontraram então os ‘kakure kirishitan’, cristãos
escondidos, em grupos dispersos e isolados que se congregavam sobretudo
em áreas remotas, conservando a fé ao longo de várias gerações sem clero
nem pessoal religioso.
Este é um fenómeno muito caro ao Papa Francisco, que na sua juventude
sonhava ser missionário no Japão, algo que foi impossível devido aos
seus problemas de saúde.
La cadena de supermercados Lidl encargó su anuncio navideño a la productora neoyorquina Antidote Films, y el resultado fue Homecoming [Vover a casa], un spot dirigido por Henry Mason que condensa en un minuto todos los sentimientos tradicionalmente asociados a ese periodo del año.
Cuenta la cena de Nochebuena de una familia en ausencia de la madre,
fallecida quizá no recientemente (no hay elementos de especial
dramatismo que sugieran que se trata de la primera Navidad sin ella),
pero muy presente en el recuerdo de su marido.
Las tradiciones navideñas (árbol y belén), muy presentes en el
reencuentro de toda la familia bajo el recuerdo de lo que fueron en
tiempos en el viejo hogar, con la madre presente.
En el comercial se mezclan la alegría de la celebración y el reencuentro con la evocación y la nostalgia de pretéritas reuniones en el viejo hogar familiar.
Y con una insuperable escena final que expresa la continuidad de la familia en las nuevas generaciones:
El anuncio escoge como música todo un clásico: Have yourself a merry little Christmas, que Judy Garland interpretó en 1944 en Cita en St Louis,
uno de los mejores musicales de la historia del cine. La canción
expresa el deseo de una Nochebuena donde no haya nadie a quien echar de
menos: "Como en los viejos tiempos, como en los felices días dorados del
ayer, pronto estaremos juntos de nuevo si el cielo lo permite".
En 1989, en el tren bala de Japón, el director de cine Martin Scorsese leía “Silencio”, una novela de 1966 del escritor japonés, y católico converso, Shusaku Endo. La
novela trataba de unos jesuitas que llegan al Japón del siglo XVII a
buscar un compañero que ha apostatado y a acompañar a los cristianos
perseguidos y torturados.
El obispo episcopaliano de Nueva York, Paul Moore, era quien había hecho
llegar la novela al cineasta después del gran alboroto que había
causado su película La Última Tentación de Cristo. Veía una relación: la exploración de hasta qué punto es serio el martirio, cuán frágil es el hombre ante la tentación y como las respuestas sencillas, ciegas, pueden ser inadecuadas.
Claro que muchos críticos podrían decir que el Scorsese de los años 80
podría haber explorado estos temas sin necesidad de incluir una escena
de cama entre Jesús y María Magdalena (soñada o alucinada desde la Cruz,
y tomada de la novela homónima de Nikos Kazantzakis).
Un proyecto deseado durante 27 años
Scorsese leyó la novela de Endo sobre los jesuitas de Japón y decidió que quería llevarla al cine. Habló de ese proyecto durante décadas. Se ha demorado 27 años, pero por fin lo consiguió.
Durante 8 meses congregó un equipo de 750 personas en Taiwán para el
rodaje. La película le ha costado 46 millones de dólares. Pero a sus 74
años puede ser su gran obra.
Paul Elie, un premiado crítico literario que ha estudiado autores
cristianos como Dorothy Day, Flannery o’Connor y Thomas Merton, ha
entrevistado en profundidad a Scorsese y los actores de la película, en
un largo reportaje para el New York Times.
Elie llevó a Scorsese a la antigua catedral de Nueva York donde había
sido monaguillo. ¿Qué conexión veía entre “Silencio”, la película, y
aquella época? “La conexión es que nunca se ha interrumpido, nunca se
fue, es continuo. En mi mente estoy aquí cada día”, responde el
cineasta. Se refiere a la fe, a las incertidumbres en la fe y a la necesidad de Dios.
Los hechos reales
La novela de Shusaku Endo se basa en unos hechos reales que acontecieron
en el siglo XVII. San Francisco Javier fue el primer misionero católico
en llegar al país en 1549, y en apenas 60 años Japón ya contaba con unos 300.000 católicos, la mayor comunidad católica del mundo bajo gobiernos no europeos. En 1600 había unos 95 jesuitas extranjeros en el país y unos 70 hermanos jesuitas japoneses. Se sabe que 86 señores feudales se bautizaron oficialmente, y muchos más simpatizaban con el cristianismo.
Pero en 1614 empezaron las persecuciones fuertes del Estado contra los cristianos. Unos mil católicos murieron mártires de forma directa, en ejecuciones. Varios miles más murieron de enfermedad y pobreza al serles confiscados sus medios de vida.
Cronistas holandeses -hostiles al catolicismo- que estaban en Japón en esos años explican que las autoridades japonesas inventaron en esta época una tortura novedosa que antes no se aplicaba en el país: la fosa.
Estaba diseñada para lograr mucho sufrimiento con poco daño físico
inmediato, alargar la vida de la víctima y lograr que renunciase al
cristianismo. Las autoridades buscaban desesperadamente recusantes, es decir, apóstatas:
cristianos que renunciasen públicamente a la fe y anunciasen que era
absurda y dañina. Y lo que más deseaban es que algún sacerdote europeo
cediese.
La fosa consistía en colgar boca abajo, por los pies, al preso, pero ceñido muy fuertemente por cuerdas, lo que impedía que la sangre bajase de golpe
hacia la cabeza. Se tardaba unos 10 o 12 días en morir, pero un par de
días podían bastar para que el preso, ya con las facultades mentales
claramente mermadas, renunciase a la fe cristiana.
El
jesuita japonés Julián Nakaúra en la fosa en 1633; él perseveró hasta
el final y es mártir y beato; a su lado estaba su superior, Cristóbal
Ferreira, que apostató a las 5 horas... Ferreira inspira "Silencio"
Cuando un clérigo apostataba, se le liberaba y se le afiliaba a un templo pagano japonés (sintoísta, budista o confuciano). Si era clérigo, se le obligaba a casarse con una mujer de la clase social más despreciada: la viuda de algún criminal ejecutado. Por supuesto, permanecía bajo vigilancia.
La persecución de cristianos de esta época era absolutamente profesional y sistemática y empleaba infiltrados, agentes secretos, policía especializada, pasquines, recompensas, delatores, sobornos... todas las herramientas de un Estado moderno y casi policial.
El caso de Cristóbal Ferreira
En 1633 pasó algo que conmocionó a los misioneros cristianos de todo el
mundo. Cristóbal Ferreira, jesuita portugués, que había quedado como
superior de los jesuitas en Japón tras el martirio de sus predecesores, apostató tras 5 horas de tortura en la fosa de Nagasaki. (El caso lo explica con detalle y fuentes en un estudio de 1974 el historiador jesuita experto en Japón Hubert Cieslik, aquí, en inglés).
Ferreira abandonaba a compañeros en la misma fosa como el jesuita beato
japonés Julián Nakaúra, que de adolescente había visitado Roma y ahora
tenía ya más de 60 años. "Hasta vuestro superior os abandona, ¡apostatad!", señalaban los verdugos. Pero casi todos los demás clérigos de ese grupo perseveraron.
Ferreira tenía 53 años, era jesuita desde hacía 37 y había sido un misionero clandestino durante 19 años. Había vivido dos décadas de persecución y peligros. Él era quien enviaba a Europa crónicas de los martirios de sus feligreses y compañeros. Y ahora cedía en cinco horas. Por eso los historiadores hablan de "el enigma Ferreira".
Lo casaron con la viuda de un criminal extranjero
ajusticiado y durante unos años vivió en gran pobreza. Usaba nombre
japonés y ropas japonesas y se le asignó un templo budista. Después, las autoridades empezaron a contratarlo como traductor de español, portugués, latín... y para juicios e interrogatorios de misioneros capturados. Más tarde tradujo obras de matemáticas y astronomía.
A Ferreira incluso se le atribuye un libro anticristiano en japonés de 1936 titulado "La superchería desvelada",
de propaganda budista-confuciana, que busca refutar las enseñanzas
cristianas. Pero sólo hay una copia, manuscrita, y es extraño que las
autoridades no lo imprimiesen y divulgasen. Muchos historiadores dudan
de su autoría, aunque quizá participó parcialmente.
Al principio, algunos comerciantes portugueses lograron llegar a casa de Ferreira y hablar con él. Ellos explicaban después a los jesuitas que él vivía muy avergonzado, que no tenía relación con su esposa más que dejar que le hiciera la comida.
Los comerciantes le animaban a volver a la Iglesia clandestina, lo que
implicaría pronto morir mártir. Él escuchaba y no respondía. Luego los
contactos fueron escasos.
Rescatar al apóstata Ferreira
Por todo el mundo, novicios jesuitas se ofrecían para morir mártires donde la Compañía decidiese y expiar la apostasía de Ferreira.
Además, al menos tres expediciones de jesuitas llegaron a Japón con el objetivo de devolverlo a la Iglesia. El primero, Marcello Mastrilli, llegó en 1637, lo detectaron, le torturaron 3 días en la fosa y luego lo decapitaron. El segundo grupo, con Pedro Kibe a la cabeza, llegó en 1639: atrapado el líder, murió mártir en la fosa. El
tercer grupo, el de Antonio Rubino, fue atrapado en 1642. A su juicio
acudió el mismo Ferreira como traductor y al parecer, tras 9 años como
apóstata, animó a los jesuitas a ceder también ellos y salvar su vida,
cosa que hicieron.
Los historiadores no pueden establecer hasta qué punto Ferreira mantenía algo de fe cristiana en su interior,
contradictoria, vergonzosa, quizá acomodaticia... o hasta qué punto
asumió con los años la mera sumisión al sistema político imperante.
Los novelistas, como Shusaku Endo, o cineastas como Martin Scorsese, han de decidir basados en su creatividad.
Estela en la tumba del apóstata Ferreira, con su nombre budista,
Chuan Joko Sensei, enterrado en 1650, en el templo budista de Zuirinji,
Tokio. Pero eso no es prueba definitiva de que hubiera abandonado
sinceramente la fe cristiana.
¿Sería justo presentar al apóstata Ferreira como un creyente "razonable"
y a los jesuitas mártires -los que acudíana intentar salvar su alma
arriesgando sus propias vidas- como fanáticos?
Los feligreses como rehenes
En la novela de Shusaku Endo y en la película de Scorsese se ofrece una "alternativa del diablo": los japoneses torturan cruelmente a los feligreses de a pie, y dicen a sus prisioneros jesuitas que si ellos, como clérigos, apostatan, dejarán de torturar a sus feligreses. Sobre
este dilema pivota la novela y la película. ¿Salva su alma un pastor
que renuncia a Cristo por salvar la vida -quizá también el alma- de las
ovejas que Cristo le encomendó? Y aunque no salve su alma el jesuita, ¿no vale la pena perder el alma propia si así salvas la de las ovejas?
No está claro que este caso de "alternativa del diablo" se plantease
históricamente así, aunque en el juicio a Rubino y sus compañeros -en el
que estuvo Ferreira- las autoridades les insistían en que los cristianos japoneses, gente pobre, de a pie, sufrían torturas por culpa del fanatismo o las ideas que ellos, extranjeros, les habían implantado.
Evidentemente, la realidad es que sufrían torturas porque las
autoridades ordenaban torturarles. ¿No es dar la razón a los verdugos
decir que la culpa es de las víctimas por empeñarse en ser libres y
servir a lo que creen que es el bien? Debería quedar claro quién es la víctima y quién el verdugo injusto y tiránico, cuya argumentación real se basa en la violencia.
En la vida real, al menos mil cristianos japoneses murieron mártires en
las torturas, firmes, sin apostatar. El apóstata Ferreira en la novela
dice: "Adoran al dios del Sol, no al hijo de Dios. Esos mártires en la
fosa no murieron por Cristo, murieron por vosotros, los jesuitas". Pero, claro, esa es la propaganda de los torturadores.
Habría que preguntar a los verdaderos mártires qué les lleva a dejarse matar pudiendo salvar la vida.
La conexión con "La Última Tentación"
Según escribe Paul Elie en su artículo del New York Times, "como en la novela, la película pone en cuestión la idea misma del martirio cristiano,
al proponer que hay casos en que el martirio -que el creyente se agarre
a Cristo hasta el terrible final- no es santo, ni siquiera correcto".
Paul Elie cree que Scorsese está intentando decir lo mismo que cuando estalló la polémica sobre La Última Tentación de Cristo.
Él se creía con derecho a hacer algo "blasfemo" (una escena de sexo de
Cristo y María Magdalena) porque tenía una buena intención: mostrar el
lado humano de Cristo, mostrar fe y amor por esta dimensión de Cristo.
Un acto "malo" para lograr un fin "bueno". Pero la tradición cristiana
dice que el fin no justifica los medios.
Pero luego, más allá de la moral, entra la mística. El jesuita que en la
novela acude a rescatar al compañero apóstata, estando en la cárcel ya
preso y escuchando cómo torturan a los feligreses, oye una voz que siente que es la de Jesucristo. Las autoridades piden a los cristianos apostatar pisando el "fumie", una imagen de metal de Cristo y la Virgen. La voz mística dice al jesuita: "¡Pisa! Porque para ser pisoteado por los hombres nací en este mundo".
Al final, en la novela, el jesuita pisará el "fumie", y lo hará por
salvar a sus feligreses: sentirá que él se pierde, pero salva a otros.
Eso se presenta como algo sacrificial, cristiano.
La espiritualidad de la novela
El escritor Juan Manuel de Prada, en un artículo para la Revista Magníficat, comenta la compleja novela
de Shusaku Endo desde su enfoque espiritual. El jesuita Rodrigues
decide pisar el fiume movido por el amor a los fieles. Antes, ha pensado
sobre Kichijiro, un cristiano que le ha delatado
«Cristo, en la Última Cena, le dijo a Judas: “Sal, ve y haz lo que
tengas que hacer”. Ni aun ahora que soy sacerdote he podido captar bien
el sentido de esas palabras. ¿Qué sentiría Cristo al lanzar a la cara
del hombre que le iba a vender por treinta piezas de plata esas
palabras? ¿Las diría con ira y odio? ¿O serían más bien palabras nacidas
del amor? Si eran palabras de ira, Cristo en ese momento estaba negando
la salvación a este solo hombre entre todos los hombres del mundo.
Judas habría recibido de lleno el ramalazo de la ira de Cristo y no se
habría salvado; y el Señor habría abandonado a su suerte a un hombre
caído para siempre en el pecado. Pero eso no podía ser. Cristo trató de salvar incluso a Judas. De no ser así, no tiene sentido que le hiciera uno de sus discípulos».
Añade Juan Manuel de Prada: "El padre Rodrigues acabará encontrando
la respuesta a este dilema en su propia vida. Nunca sabrá del todo si
cedió en su resistencia a los suplicios por compasión hacia los
campesinos que estaban siendo atormentados, o si lo hizo para justificar
su debilidad; pero sabrá, en cambio, con certeza plena que Cristo lo sigue amando, como sin duda amó a Judas
hasta el final. El padre Rodrigues arrastrará, bajo el nombre de Okada
Sanemon, una vida humillada e insulsa, una vida anónima y sin
entusiasmo, en apariencia alejada de la fe".
Pero para De Prada (y para Shusaku Endo) "en medio de esa vida sin alicientes, Rodrigues podrá comprobar que Cristo no lo ha abandonado nunca: tendrá ocasión de escuchar en confesión a Kichijiro, su delator, y de perdonarle sus pecados; tendrá ocasión de rememorar muchas veces el martirio de tantos y tantos campesinos, que en su día le había parecido poco memorable; tendrá ocasión de transmitir la fe de forma clandestina a los vigilantesque se encargan de su custodia. A la postre, descubrimos con Rodrigues que «no existen fuertes y débiles, pues… ¿quién puede asegurar que los débiles hayan sufrido menos que los fuertes?»
La novela se llama Silencio porque Dios parece estar en
silencio mientras matan a los mártires durante décadas. Pero el jesuita
Rodrigues constata que no está en silencio: Cristo habla también a
través de su vida
Esta es la dimensión de fe esperanzada de la novela que no está claro si Scorsese va a reflejar en la película.
Cuando a la fe no se le deja ser católica
Otro tema de la película es el de la inculturación. Como hemos dicho,
los misioneros, en apenas 60 años y sin tener poder político real,
lograron una comunidad cristiana japonesa de 300.000 personas. Pero
tanto el novelista Endo como el cineasta Scorsese creen que no lograban
inculturar la fe. Scorsese, en la película, parece decir, según Paul
Elie, que la opción de Ferreira, una fe interna, disimulada, camuflada, que pacta con el poder, es una forma de inculturación, eficaz y aceptable.
Pero la realidad es que cuando Japón se cerró al mundo y murió el último
sacerdote clandestino, los Kakure Kirishitan -cristianos escondidos- intentaron mantener la fe sin sacerdotes, escondidos y aislados, durante 240 años. Cuando en 1873 llegó la libertad religiosa, se vio que quedaban unos 30.000 en todo el país.
Pero había grupos que ya habían perdido conciencia de la humanidad o
divinidad de Cristo, de la Trinidad, del papel de los sacramentos.
Algunos practicaban un culto a los antepasados donde Cristo o la Virgen
eran, simplemente, unos antepasados más. Con la libertad religiosa la mayoría se reintegró en la Iglesia Católica,
pero algunos perseveraron como una religión distinta, para extinguirse
en un siglo. La fe católica necesita ser católica, universal, abierta y
pública. Si no, tiende a diluirse en el poder, o se concentra, aislada,
en grupos sectarios.
Queda la valoración de "Silencio", la película de Scorsese, como una
inculturación en sí misma: un católico más bien heterodoxo,
italo-americano, que adapta la novela de un católico japonés, sobre
jesuitas portugueses, aplicada al arte norteamericano por excelencia, el
cine.
Scorsese, el 31 de noviembre, le habla de su película al Papa Francisco, que es jesuita y ha leído la novela
Tráiler de "Silencio", la película de Martin Scorsese
Entre
1 e 23 de dezembro, o Teatro Nacional de São Carlos apresenta um
Festival de Natal que decorre em três espaços e que inclui 13 concertos
para toda a família e atividades para os mais jovens, a maioria de
entrada gratuita.
Centrado em três eixos principais — Concertos
Corais, Concertos e Oficinas para Crianças e Jovens e Concertos
Sinfónicos para Famílias — o Festival de Natal organizado pelo Teatro
Nacional de São Carlos decorre entre 1 e 23 de dezembro de 2016, em três
locais: [TNSC] Teatro Nacional de São Carlos (Sala Principal, Foyer,
cenografia), [CCB] Centro Cultural de Belém (Grande Auditório) e [EVC]
Estúdios Victor Córdon — Centro Educativo.
Com a conceção deste
Festival de Natal, o Diretor Artístico do Teatro Nacional de São Carlos,
Patrick Dickie, pretende “que o nosso trabalho possa chegar a mais
crianças e famílias, tornando o seu Natal mais especial e pleno de
música”.
FESTIVAL DE NATAL CONCERTO FAMÍLIAS Teatro Nacional São Carlos 3 de dezembro, 16h
Benjamin Britten The Young Person’s Guide to the Orchestra, op. 34
“Uma
receção pouco auspiciosa, com pouco público e que não atraiu quase
nenhuma atenção…”, eis o que Sergei Prokofiev escreveu no seu diário no
dia a seguir à primeira audição em 2 de maio de 1936 de Pedro e o Lobo,
op.67, obra que lhe fora encomendada por Natalya Sats e pelo Teatro
Central para Crianças de Moscovo e cujo propósito era o de cultivar o
gosto musical das crianças logo …no primeiro ano escolar.
Entusiasmado
com a encomenda, Prokofiev completou a partitura em apenas 2 semanas,
dela resultando uma obra musical muito divertida, construída como uma
introdução da criança à orquestra, e onde cada personagem da história é
representada por um instrumento diferente ou por um grupo de
instrumentos.
Outra obra com objetivos pedagógicos é The Young Person’s Guide to the Orchestra, op. 34 escrita por Benjamin Britten a pedido do Ministério da Educação para ilustrar a curta-metragem educacional Instruments of the Orchestra, e cuja versão sinfónica foi estreada mais tarde em Liverpool, em outubro de 1946. A obra é sub-titulada Variations and Fugue on a theme by Purcell,
uma vez que Britten se inspirou no majestoso rondeau de Abdelazer, obra
dramática deste compositor dos finais do século XVII, como tema para um
conjunto de variações onde os temas são por toda a orquestra e
posteriormente reexpostos pelos diferentes naipes da orquestra. Ao fazer
isto, Britten evidencia os diferentes timbres dos diferentes naipes da
orquestra.
O espetáculo A Minha Mão Ganso
nasce da vontade de oferecer uma viagem pela música de Ravel,
embrulhada nestas pequenas histórias e em imagens projetadas que nos
transportam para este universo. Para compor a obra Ma mère l’Oye, Maurice Ravel inspirou-se no livro de contos de Charles Perrault com o mesmo nome.
Coordenação artística de Projeto Madalena Wallenstein, Katharine Rawdon
Robert Shaw The Many Moods of Christmas Suite n.º 1
Piotr Ilitch Tchaikovski Concerto para piano e orquestra n.º 1 em Si bemol menor, op. 23
Originalmente
concebida por Maurice Ravel como uma peça para piano para quatro mãos
escrita para duas crianças de uma família amiga, a Suite Ma mère l’oye
foi publicada em 1910. Inspirada em contos de fadas e do imaginário
infantil de variados autores, entres ele Charles Perrault e Condessa
D’Aulnoy, a suite constituída por cinco peças, foi orquestrada por Ravel
um ano mais tarde na forma tal como é hoje ouvida.
The Many Moods of Christmas,
Suite n.º 1, pertence a uma coletânea de 4 suites de canções de Natal
compiladas no início dos anos Sessenta pelo maestro de coro
norte-americano Robert Shaw e pelo conhecido compositor e orquestrador
da Broadway Robert Russell Bennett. A suite que ouviremos neste concerto
é composta por temas tradicionais e canções natalícias escritas por
John Francis Wade e Franz Grüber.
O Concerto para Piano
Nº 1 em Si bemol maior, op. 23 de Piotr Ilitch Tchaikovsky é uma das
obras mais conhecidas deste compositor e certamente uma das mais
populares entre todos os concertos de piano. Escrito entre 1874 e
inícios de 1875, com uma orquestração viva e colorida muito ao sabor
russo, o concerto com três andamentos foi sujeito a várias revisões
antes de ser estreado em Boston, em Outubro de 1875, interpretado,
curiosamente, pelo pianista Hans von Bülow.
Piano Simon Trpceski
Direção Musical Pedro Neves
CORO DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS Maestro titular Giovanni Andreoli