O governo de Netanyahu aprovou a criação de uma área de oração comum
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Pixabay - CC0 |
Mulheres e homens poderão rezar juntos no Muro Ocidental, mais
conhecido como o Muro das Lamentações, em Jerusalém. O governo de
Benjamin Netanyahu aprovou no último sábado, com 5 votos contra e 15 a
favor, um projecto que prevê uma secção mista para a oração.
Resolve-se assim uma situação que nos últimos anos tem causado polémicas e manifestações públicas em Israel: por um lado, os seguidores
da ortodoxia judaica, que separam homens e mulheres na oração; por
outro, um grupo de judias reformadas e “conservadoras”, em grande parte
norte-americanas e conhecidas como as “Mulheres do Muro”, que há muito
exigiam o espaço compartilhado e a possibilidade de rezar mediante
práticas religiosas diferentes da lei judaica codificada (Halachá).
Essas mulheres consideraram “histórica” a decisão do governo
israelita, enquanto os judeus ortodoxos se opuseram a ela ao máximo.
A nova área, de cerca de 900 metros quadrados, ficará acessível nos
próximos meses após a conclusão de algumas obras que alargarão a parte
sul da área em frente ao muro. A actual plataforma temporária, construída
no local há dois anos pelo ex-ministro de Assuntos Religiosos, Naftali
Bennett, hoje encarregado da educação, será removida para dar espaço à
nova estrutura, que contará com uma entrada comum para homens e
mulheres.
A decisão do governo foi precedida por um acordo assinado pelas
“Mulheres do Muro” e pela fundação que administra o lugar sagrado para o
judaísmo. A garantia do governo é que “o Muro das Lamentações estará
aberto e acessível a todos os judeus que quiserem orar de acordo com a
sua identidade e credo”. O responsável pela nova secção não será o
rabinato oficial, que mantém a sua autoridade sobre as duas áreas
tradicionais.
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