Monsenhor Stanislaw Gadecki saiu de Damasco pouco antes do atentado terrorista
(Wikimedia Commons. Foto: VOA / Elizabeth Arrott) |
Monsenhor Stanislaw Gadecki, presidente da Conferência Episcopal
Polaca (CEP), saiu de Damasco pouco antes do atentado terrorista no qual
80 pessoas perderam suas vidas e muitas outras sofreram ferimentos.
Esta foi uma das mais perigosas, mas também mais importantes viagens do
Presidente dos Bispos polacos, afirma nota enviada à ZENITi pelo
porta-voz da CEP.
Após a visita ao Oriente Médio ocorrida do 17 ao 22 de Fevereiro
passado, monsenhor Stanislaw Gadecki disse: “O objectivo da nossa visita
foi de carácter eclesial. Não queremos ligar aquela visita à política e
nem sequer somente a ajudas humanitárias. O nosso entendimento, segundo
as palavras de São Paulo: “Portanto, se um membro sofre, todos os
membros sofrem junto” (1 Cor 12, 26) ” foi, portanto, o de confiar a
Deus os nossos irmãos cristãos e reforçar-lhes a esperança. Vimos
imagens de guerra muito tristes, mas apesar da tragédia vimos também o
grande entusiasmo da fé. Rezamos pelos que perderam a vida e por aqueles
que sofrem”.
O Presidente dos Bispos polacos visitou a Síria e o Líbano com dom
Waldemar číslo, director da secção polaca da Fundação de Direito
Pontifício Kirche im Not (Ajuda à Igreja que Sofre). Desde 2009 junto
com a Fundação os bispos polacos promovem nas próprias dioceses recolhas de fundos para ajudar os necessitados, entre outros na Índia,
Sudão, Nigéria, Egipto, Líbano e Síria. Ao longo dos últimos dois anos,
os fundos levantados nas paróquias foram destinados aos sírios. A
generosidade dos católicos polacos permitiu alocar este objectivo para
quase 10mlm de zloty. Várias pessoas se beneficiam, não só cristãos.
Pelo menos 140 mortos em uma onda de ataques na Síria
O grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh, por sua sigla em árabe)
reconheceu domingo neste domingo a autoria de uma onda de atentados com
carros bomba que causou pelo menos 140 mortes em um bairro do sul de
Damasco e na cidade síria de Homs, a terceira do país asiático. Os
ataques coincidiram com o anúncio de um começo de acordo entre Rússia e
Estados Unidos para um cessar fogo provisório na Síria depois de quase 5
anos de conflito.
Um duplo atentado com carro bomba deixou pelo menos 57 mortos e
dezenas de feridos em um bairro de Homs onde o ramo Alauí do Islão, o
mesmo que professa o presidente Bashar al-Assad, é maioria. Horas mais
tarde, 83 pessoas foram mortas e cerca de 180 ficaram feridas em um
bairro localizado a cerca de 10 quilómetros do centro da capital, depois
que quatro explosões ocorreram. É possível que aumente o número de
vítimas devido à gravidade dos feridos, segundo informou o Observatório
Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Daesh assumiu a responsabilidade pelos
actos terroristas via Twitter.
A situação no país é cada vez mais insustentável. Aos combatentes, os
bombardeamentos, a criminalidade e a dolorosa destruição dos serviços
básicos, como o acesso à água potável e electricidade, provocados pela
guerra, soma-se o pânico pelos atentados.
De acordo com dados da ONU, no conflito sírio morreram mais de 260
mil pessoas e 13,5 milhões precisam de assistência humanitária urgente.
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