Ahmed al Tayyeb disse que a guerra na Síria, Iraque e Iémene, está
sendo provocada pela divisão entre os muçulmanos schiitas e sunitas
Mapa de Indonesia (Wiki commons)
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O grande ímã,
reitor da Al-Azar University do Cairo, Ahmed Al Tayyeb, a principal
academia teológica sunita, declarou nesta semana que “o terrorismo não
faz parte do Islão”. A notícia retomado pelo jornal do Vaticano
L’Osservatore Romano e antecipada pela Agência FIDES, disse que Tayyeb
está participando de um congresso internacional organizado na Indonésia
pelo Conselho Muçulmano dos anciãos, organização com sede em Abu Dhabi,
destinada a obter uma maior tolerância diante das diferentes correntes
do Islão.
O reitor disse
que neste momento o maior desafio do mundo islâmico é que “as diferenças
entre as doutrinas não são toleradas e se transformam facilmente em
violência”.
A guerra que
destruiu a Síria, Iraque e Iémene, “está sendo causada pela divisão entre
os muçulmanos xiitas e sunitas”, esclareceu o imã que, além do mais,
disse: “Não há mal nenhum em seguir uma escola ou doutrina particular e
ninguém pode afirmar o que representa exclusivamente o verdadeiro e
autêntico Islão “.
O reitor Al
Tayyeb teve um encontro, além do mais, com o presidente da Indonésia,
Joko Widodo, que pediu ao líder sunita que defenda o rosto moderado do
Islão. Também o ex-ministro de Relações Exteriores, Alwi Shihab, pediu ao
grande Imã que “difunda a sua visão e os seus pensamentos às
comunidades islâmicas da Indonésia”.
Por outro lado,
em uma entrevista, o professor de políticas sociais da Universidade
Islâmica de Syarief Hidayatullah, disse à agência de notícias Asia News,
que a Universidade de Al-Azhar “é o ícone central dos estudos islâmicos
em todo o mundo”.
Outra fonte
académica consultada pela Asia News, Ali Mushanif, professor de
políticas sociais da Universidade Islâmica de Syarief Hidayatullah,
garante que “Al Tayyeb é a principal referência das outras nações
muçulmanas quando tem a ver disputas internas do islão, como o conflito
entre sunitas e xiitas”.
Historicamente,
continua o professor, “Al-Azhar sempre teve uma visão moderada do
conflito com os xiitas, e nunca chegou a dizer que estão fora da lei.
Mas acho que a visita é também um modo de reafirmar o predomínio dos
sunitas. Com mais de 200 milhões de muçulmanos, a Indonésia tornou-se um
país estratégico para manter a unidade do Islão, onde se pode prevenir
sintomas da rivalidade entre sunitas e xiitas” que na Indonésia são
menos de 1%.
Também para Qasim
Mathar, da Universidade Islâmica de Makassar (Sulawesi do Sul), a
viagem de Al Tayyeb é importante “não só porque a Indonésia é o país
muçulmano moderado mais populoso do mundo, mas também porque está
lutando contra o fundamentalismo e radicalismo islâmico, que não estão
em conformidade com as escolas de pensamentos difundidas por Al-Azhar”.
in
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