Colóquio privado de cerca de 22 minutos entre o Papa e o
presidente sobre temas dos direitos humanos, luta contra a pobreza e
tráfico de drogas, justiça, paz e reconciliação social
Telam |
Vinte e dois minutos de conversa privada entre o Papa e o presidente
da República Argentina Mauricio Macri República, que desde Novembro
passado sucedeu Cristina Fernández de Kirchner. O chefe de Estado
chegou na manhã do último sábado, 27, ao Vaticano, acompanhado por sua
esposa e uma delegação de 10 pessoas. Depois de conversas com o Santo
Padre, Macri foi recebido pelo cardeal secretário de Estado, Pietro
Parolin, junto com mons. Paul Richard Gallagher, secretário para as
Relações com os Estados.
Esse não foi o primeiro encontro entre Macri e Bergoglio que se
conheciam de tempos em que o presidente era governador de Buenos Aires e
o Pontífice arcebispo da metrópole portenha. “Durante as cordiais
saudações, que manifestam o bom estado das relações bilaterais
existentes entre a Santa Sé e a República Argentina – como relata uma
nota da Sala de Imprensa da Santa Sé – foram tratados temas de mútuo
interesse, como a ajuda ao desenvolvimento integral, o respeito pelos
direitos humanos, a luta pela pobreza e o tráfico de drogas, a justiça, a
paz e a reconciliação social”.
Também reafirmou “a contribuição positiva, especialmente no âmbito da
promoção humana e da formação das novas gerações, oferecido pelo
episcopado e pelas instituições católicas na sociedade argentina,
especialmente na actual conjuntura económica”. Finalmente, declara o
comunicado, “não faltou referência a alguns temas de maior importância e
interesse em âmbito regional e mundial”.
No momento da troca de presentes, Macri deu ao Papa um poncho marrom,
uma cruz de Matara, símbolo da evangelização da América Latina, e 12 cd
de música argentina. Francisco correspondeu com uma cópia da encíclica
Laudato Si e uma da exortação apostólica Evangelii Gaudium, junto com o
medalhão da paz. “Gosto de dar este presente aos chefes de Estado”,
disse o Santo Padre, “porque existem dois ramos, e no meio algo que os
separa, mas no final a oliveira o une”.
Encontrando depois a imprensa na sede da embaixada argentina junto à
Santa Sé, Macri declarou ter convidado Francisco para visitar o seu país
de origem; porém, “neste ano não será possível – explicou – talvez no
próximo ano”. O presidente também relatou ter recebido do Papa o
conselho de “ser paciente” e “não hesitar” a enfrentar-se com os graves
problemas da Argentina, como o tráfico de droga e a corrupção.
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