“O que mexeu comigo, por eu ser essa pessoa tão racional… foi a
veracidade dos factos. Ir à exposição e ler os relatos nos jornais da
época… fez tudo ser muito real. E o milagre de Nossa Senhora de Fátima
fez isso… Impactou os realistas!”, relata uma peregrina.
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São tantas coisas em meu coração a serem descritas neste artigo sobre
os Beatos Francisco e Jacinta que me deixaram um pouco tanto atordoada
com o quê escrever num pouco espaço de linhas…
Resolvi então perguntar para uma amiga que esteve em Fátima há pouco
tempo como foi a experiência lá. E a resposta dela que vos relato em
seguida inspirou-me neste artigo.
“O que mexeu comigo, por eu ser essa pessoa tão racional…
foi a veracidade dos fatos. Ir à exposição e ler os relatos nos jornais
da época… fez tudo ser muito real. E o milagre de Nossa Senhora de
Fátima fez isso… Impactou os realistas!”
De maio a Outubro de 1917, em pleno desenrolar da primeira guerra
mundial e da Revolução Russa, a Virgem Maria apareceu a três crianças.
Lúcia, Francisco e Jacinta, em Fátima, Portugal. Lúcia tinha 10 anos,
Francisco 9, e Jacinta 6 anos.
O contexto em que as aparições em Fátima aconteceram, era a de um
grande deslocamento cultural. Uma guerra mundial acontecia; doenças
começaram a se espalhar; países reduzidos à fome e a pobreza; a vida era
dura e muito difícil; havia incertezas políticas e militares; milhões
de vidas devastadas pela guerra… E quem veio para este mundo? Maria, a
Mãe de Deus!
Para começar a relatar um pouco desta história, voltamos um ano
antes, em 1916, quando um Anjo enviado por Deus apareceu-lhes pela
primeira vez. E isso aconteceu três vezes.
O Anjo pediu às crianças que rezassem muito e disse-lhes que ele era o
Anjo da Paz. A mensagem do Anjo aos três pastorinhos foi: Deus
existe. Deus é bom. E Deus está ofendido com os pecados da humanidade. E
que devemos adorar a Deus profundamente e fazermos penitência pela
conversão dos pecadores.
No ano seguinte foi a própria Mãe de Deus que desceu do céu, para as
crianças, entre os segredos revelados, vos pediu que rezassem o rosário,
fossem devotos ao seu Imaculado Coração, e que fizessem penitência pela
conversão e salvação dos pecadores.
Francisco e Jacinta juntamente com Lúcia foram crianças humildes,
traziam em si uma simplicidade e pureza de coração que encantavam a
todos. Devotos desde pequeninos; mantiveram-se fiéis mesmo diante de
ameaças e longos interrogatórios; não editaram nada; não adicionaram
nada e não tiveram medo de dizer a verdade. Sim, eles foram dignos de
serem portadores de uns dos acontecimentos mais importantes da história
humana desde o Advento de Nosso Senhor Jesus Cristo… Impactando assim,
os realistas! “O que a razão compreende? Quase nada; mas a fé abraça o infinito.” Imitação de Cristo.
E o que essas pequenas crianças, mas grande na fé e no amor a Deus e a
Virgem podem nos ensinar nos tempos em que vivemos hoje? Onde
facilmente somos seduzidos por uma sociedade secularizada em que muitos
perderam a noção de Deus? Estamos em um mundo mergulhado no puro
materialismo, onde a moda é dizer: “tudo é relativo”, e vemos o certo
que virou errado e o errado que virou certo, em que cada um escolhe suas
regras como querem e as colocam acima das regras de Deus… O que extrair
dessas crianças? Na verdade, qual a mensagem deixada pela Virgem de
Fátima para cada um de nós por meio delas? Será um apelo à conversão? Uma alerta para humanidade que insisti em caminhar como se Deus não existisse? Reflita…
O
Papa São João Paulo II, no dia 13 de maio de 2000, na cerimónia de
beatificação de Francisco e Jacinta, em sua homilia relatou-nos um fato
da vida dos dois que nos remetem a uma reflexão ainda mais profunda:
“Certa noite, seu pai ouviu-o soluçar e perguntou-lhe porque chorava; o
filho respondeu: Pensava em Jesus que está tão triste por causa dos pecados que se cometem contra Ele. E
Jacinta sua irmã, quase dois anos mais nova que ele, vivia animada
pelos mesmos sentimentos. A pequena Jacinta um dia – já quando ela e
Francisco tinham contraído a doença que os obrigava a estar na cama – a
Virgem Maria veio visitá-los em casa, como conta a pequenita:
Nossa Senhora veio-nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito breve
para o Céu. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais
pecadores. Disse-lhe que sim. E ao aproximar-se o momento da partida do Francisco, Jacinta recomenda-lhe: Dá
muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes que
sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores”.
Francisco faleceu com 11 anos de idade a 04 de Abril de 1919. E Jacinta faleceu com 10 anos a 20 de Fevereiro de 1920.
Pedimos ao Senhor pela intersecção dos Beatos Francisco e Jacinta e da
Virgem de Fátima, que tenhamos uma conversão profunda neste período
quaresmal, que não seja apenas uma reacção emocional e temporária. Mas
uma conversão impactante e permanente!
Beatos Francisco e Jacinta, rogai por nós!
in
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