A prática do espiritismo pode levar ao caminho da escravidão e da dependência
Roma, 07 de Junho de 2013
O drama da supremacia do mais forte sobre o mais fraco é a
base da maioria dos problemas da história da humanidade: guerras,
injustiças, desigualdade social, fome e pobreza. É o mesmo mecanismo que
caracteriza um dos fenómenos mais inquietantes dos últimos tempos: o
aumento do interesse pelo esoterismo e pela superstição.
O que é o esoterismo? Com esta palavra, engloba-se tudo o que é
reservado apenas ao conhecimento de um pequeno círculo de pessoas. Por
exemplo, um particular tipo de magia ou as técnicas para a leitura da
mão ou das cartas.
O esoterismo é algo misterioso, secreto, oculto. Por isso, ele pode
também se tornar uma forma de exercer poder sobre quem está passando por
um momento de fraqueza ou de dificuldade.
Uma das formas mais perigosas do esoterismo é o espiritismo, que hoje
se manifesta sob várias máscaras: desde as clássicas sessões de
"comunicação" com os mortos até os fenómenos da "psicografia", através
do qual os mortos viriam a ditar palavras ou frases. Há também quem
afirme livrar as casas de "espíritos" e quem garanta gravar as "vozes"
dos mortos ou tirar "instantâneas" de "entidades" misteriosas. E não
faltam, naturalmente, os jovens que se divertem improvisando sessões
espíritas “por brincadeira”, com base naquilo que vêem nos filmes.
O mais grave neste fenómeno é a exploração da dor. Certos espíritas, à
procura de dinheiro fácil, se aproveitam dos momentos de fragilidade
das pessoas que sofrem a perda de um ente querido. Eles propõem um
caminho que, à primeira vista, parece dar alívio. Mas, com o tempo, pode
se tornar uma forma de escravidão e levar para o campo da dependência e
da alienação.
Historicamente, o esoterismo sempre esteve em desacordo com o
cristianismo. Jesus é o anti-esotérico por excelência. É o homem que
combate os rituais vazios, os comerciantes do sagrado e o desperdício de
palavras. É um Deus que simplifica tudo e que se declara presente onde
quer que haja pessoas reunidas em seu nome.
É na simplicidade da mensagem do Evangelho que podemos encontrar as
respostas para as questões da vida. Não no escapismo oferecido por
certos espíritas. Observemos com atenção o rosto sorridente e amigável
de quem finge aliviar a dor das pessoas: podem ser rostos de lobos
disfarçados de cordeiros.
in
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