Encontro com 25 representantes da Santa Sé e o Núncio Apostólico na Síria
Roma, 07 de Junho de 2013
O Vaticano está muito preocupado com o agravamento da guerra
civil que está a destruir a Síria, que atingiu proporções
“inqualificáveis” de violência, e das suas consequências a nível
humanitário.
O Conselho Pontifício “Cor Unum”, que é responsável pela
coordenação das organizações caritativas da Igreja Católica, e de que
faz parte a Fundação AIS através
do seu presidente-executivo, Johannes Freiherr von Heereman Zuydtwyck,
esteve reunido na passada terça e quarta-feira para debater precisamente
a crise na Síria.
No encontro participaram 25 representantes da Santa Sé, das Igrejas
locais, dos organismos caritativos, benfeitores de instituições do mundo
católico e o Núncio Apostólico na Síria. No comunicado final ficou
expressa a mais profunda preocupação pelo evoluir dos acontecimentos na
Síria, registando-se o alerta para “o agravamento das condições de vida
da população, por causa da aproximação do Verão”, com o aumento dos
riscos “de epidemias, de falta de medicamentos e de assistência para a
população”, especialmente as “grávidas, crianças, idosos e os
deficientes”.
Os conselheiros sublinham que a guerra civil na Síria transformou-se
num dos “conflitos armados mais letais, com mais vítimas civis em
relação aos militares, com o maior número de deslocados e refugiados”, e
que a “violência e todos os tipos de abuso atingiram níveis
inqualificáveis, sem qualquer consideração pela dignidade humana”.
Os representantes das mais de 25 instituições presentes no encontro
revelaram que a Igreja Católica oferece ajuda regular a “mais de 400 mil
pessoas”, num total de mais de 25 milhões de euros, esforço financeiro
que traduz também o trabalho e o apoio dos benfeitores e amigos da
Fundação AIS em Portugal e no resto do mundo.
Um esforço que necessita ser continuado já que, segundo dados
revelados no comunicado final do Conselho Pontifício “Cor Unum”, ao fim
dos dois anos de conflito na Síria há, neste momento, cerca de 7 milhões
de pessoas que precisam de ajuda humanitária, registando-se mais de
quatro milhões e meio de deslocados internos e um número crescente de
pessoas que querem sair do país em busca de segurança.
Em resposta aos apelos recebidos directamente da Igreja na Síria, a
Fundação AIS aprovou ontem, quinta-feira, dia 6, o envio de 30 mil euros
de ajuda de emergência para algumas dioceses na região de Homs. Esta
verba destina-se essencialmente à compra de alimentos e de outras
necessidades básicas para a comunidade cristã que ainda permanece no
país e que, em muitos casos, estão praticamente isolados e abandonados à
sua sorte.
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