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quinta-feira, 6 de junho de 2013

No centro do nosso coração, o serviço aos mais pobres e necessitados

Emilio Inzaurraga, da Acção Católica Argentina, relata seu trabalho nas "periferias existenciais"


Roma, 04 de Junho de 2013


Durante a Vigília de Pentecostes, em 18 de maio, antes do encontro do papa Francisco com os movimentos, novas comunidades, associações e grupos de leigos em peregrinação ao túmulo do Apóstolo Pedro, foram dados vários depoimentos e testemunhos. Apresentamos a seguir o de Emilio Inzaurraga, da Acção Católica Argentina-Fórum Internacional AC.

Meu nome é Emilio, eu sou argentino, casado, pai de quatro filhos, engenheiro e responsável pela Acção Católica Argentina. A minha vida de fé começou em família, com mãe, pai e quatro irmãos.

Os meus pais participavam da vida da Igreja em um grupo de leigos, e, quase como em família, eu me vi no grupo da paróquia desde criança. A fé foi como um presente recebido, bem cuidado e alimentado em família, na catequese, no grupo das crianças. Depois, crescendo e amadurecendo, a fé começou a me exigir uma resposta cada vez mais íntima e pessoal.

Eu passei daquele "credo" de criança, de modo sereno, mas profundo, para os muitos questionamentos. Até aquela pergunta de Jesus ao jovem rico, em que ele me convidava a entregar mais. O encontro pessoal e vital com Jesus e a adesão à vida no grupo tiveram um papel central.

Ser amigo de Jesus, me encontrar com ele num caminho comunitário de reflexão, de oração, de formação e de evangelização, apresentar para os outros a beleza da fé em uma Pessoa e não numa ideologia, isto foi e é uma fonte inesgotável de força nos momentos difíceis, de gratidão nos momentos felizes e é um apoio na normalidade da vida quotidiana.

A experiência associativa é uma experiência de comunhão e de participação, que nos encoraja a estar juntos, a conhecer uns aos outros, a dialogar, ouvir e compartilhar, a buscar o bem comum, a ser protagonistas, a servir. Ela nos convida "a sair", não a nos fechar em nós mesmos, a ficar com as pessoas, a ir até os “subúrbios existenciais” para colocar no centro dos nossos corações e do nosso serviço os mais pobres e necessitados.

Estas foram as minhas escolhas na vida: o casamento com Claudia, a chegada dos filhos, a profissão, o crescente comprometimento na vida social e eclesial foram se configurando como uma vocação leiga, "misturada" com todos e enriquecida com o testemunho daqueles que nos precedem na jornada.

Se a fé aumenta com o ato de crer, no encontro diário com Jesus e no serviço aos irmãos, a graça de crescer juntos, em comunhão fraterna com os pastores, em diálogo com o mundo, marca a minha estrada pessoal e me leva nesta noite a agradecer ao Senhor e pedir que ele aumente a minha fé.



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