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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Num manto imaculado de açucenas…

Já em pleno Dezembro, vivemos o Advento que é o tempo de preparação para a vinda do Senhor. Dizia um sacerdote que esta vinda de Jesus deve ser desejada por cada um de nós mas que não se deve ter apenas o desejo, mas sim, viver segundo os Seus ensinamentos, ou seja o Seu Evangelho. Não é um caminho fácil, Ele mesmo disse que era a porta estreita mas a porta da verdadeira felicidade.

Embora os tempos sejam difíceis, impere o dinheiro, o materialismo, as injustiças, as desonestidades, como diz o Papa Francisco, seguir o Evangelho é viver e transmitir alegria. Sigamos o exemplo de S Paulo, que tanto soube viver na pobreza como na abundância, que quando estava fraco é que era forte e tudo podia Naquele em que acreditava.

Sempre, mas principalmente neste período do ano era bom que vivêssemos em paz e harmonia, com respeito por todos e espirito de solidariedade. Tenho aprendido ao longo dos anos que não há ninguém que não tenha problemas, uns maiores e outros menores, e que esta vida na Terra é apenas uma passagem para prepararmos a vida eterna. As luzes de Natal com que se iluminam as casas e as ruas, podem ser um prenúncio do brilho e da felicidade que nos espera no paraíso, se o merecermos.

Já em tempo de Advento celebra-se a Imaculada Conceição e não resisto em transcrever a letra de um fado que lembra a protecção da Senhora e o valor da oração do terço:  “Pousando levemente no andor, os pés da Virgem Mãe lembram apenas, as pombas tão amadas do Senhor, num manto imaculado de açucenas.
 
E vão pelo mundo fora caminhando, nessa doce missão de proteger, quem vive tristemente procurando a forma mais humana de viver.
 
Senhora teu sorriso magoado, acorda a nossa alma adormecida, a faz sentir a dor de ter pecado, de todas, a maior da nossa vida.

E todo-protecção e caridade, seu rosto vai sorrindo a quem o vê, num gesto de carinho e de bondade, tocando mesmo aquele que não crê.
 
E leves vão batendo tuas contas, ao doce caminhar do teu andor, em cada uma delas tu descontas, as contas que devemos ao Senhor.”

Como nos ensina S José Maria só nós, com a ajuda de Deus, podemos transformar em poesia, a prosa, por vezes amarga, das nossas vidas. Como diz o fado, a única verdadeira dor é a do pecado pois bem-aventurados os que choram porque serão consolados. Maria é a consoladora dos aflitos, a saúde dos enfermos, o refúgio dos pecadores.

Maria Teresa Conceição
professora aposentada









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