Foto Lusa - Donald Trump |
Declaração do presidente Conferência dos Bispos Católicos
Washington, 09 nov 2016 (Ecclesia) – O presidente da Conferência dos
Bispos Católicos dos Estados Unidos da América afirmou hoje que quer
trabalhar com Donald Trump para “proteger a vida humana do início mais
vulnerável ao seu fim natural”.
“Defenderemos políticas que ofereçam oportunidades a todas as pessoas,
de todas as crenças, em todas as esferas da vida. Estamos firmes na
nossa determinação de que os nossos irmãos e irmãs que são migrantes e
refugiados possam ser acolhidos humanamente sem sacrificar a nossa
segurança”, escreve D. Joseph E. Kurtz numa declaração sobre a eleição
do novo presidente.
O presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos da
América (United States Conference of Catholic Bishops , USCCB) destaca
que vão chamar a atenção para “a perseguição violenta que ameaça” os
irmãos cristãos e pessoas de outras religiões no mundo e em especial no
Oriente Médio.
Neste contexto, os bispos católicos dos EUA vão também procurar “o
compromisso da nova administração com a liberdade religiosa doméstica”
assegurando que as pessoas de fé permanecem livres para “proclamar e
moldar” as suas vidas na “verdade sobre o homem e a mulher e o vínculo
único do casamento que podem formar”.
“Cada eleição traz um novo começo”, assinala o também arcebispo de
Louisville, no Estado do Kentucky, que através da “esperança que Cristo
oferece” acredita que Deus vai dar “força para curar e unir” os EUA após
as eleições presidenciais e trabalhar-se em conjunto que se cumpra a
promessa de “uma união mais perfeita”.
O presidente da USCCB, que começa a sua declaração por felicitar “o Sr.
Trump e todos eleitos” esta terça-feira, sublinha que agora é o momento
de “avançar para a responsabilidade de governar pelo bem comum de todos
os cidadãos”.
“Não nos vejamos na luz divisória de Democrata, Republicano ou qualquer
outro partido político, mas antes vejamos o rosto de Cristo em nossos
vizinhos, especialmente, os que sofrem ou aqueles com quem discordamos”,
desenvolve D. Joseph E. Kurtz.
O prelado recorda também o discurso do Papa Francisco ao Congresso dos
Estados Unidos, em 2015: “Toda a atividade política deve servir e
promover o bem da pessoa humana e ser baseada no respeito pela sua
dignidade”.
“A responsabilidade de ajudar a fortalecer as famílias pertence a cada
um de nós”, indicou o bispo católico assinalando que esta terça-feira
“milhões de americanos” que lutam para encontrar oportunidades
económicas para suas famílias “votaram para serem ouvidos”.
No seu sítio na internet, para além da declaração sobre a eleição de Donald Trump, os bispos católicos dos EUA também publicaram uma oração para fazer depois de umas eleições onde pedem «proteção e orientação» a quem trabalha “pela justiça e pela paz”.
De recordar que o chefe da diplomacia da Santa, o secretario de Estado do Vaticano também comentou hoje as eleições norte-americanas e espera que novo presidente trabalhe “pelo bem-estar e pela paz no mundo.
CB/PR
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