Foto: Agência ECCLESIA/LFS |
Bispo diocesano presidiu a Missa que marcou despedida do seu predecessor
Beja, 14 nov 2016 (Ecclesia) – O bispo de Beja alertou este domingo aos
cristãos daquela diocese, no encerramento da porta jubilar da
misericórdia, para a necessidade de professar a fé “em meio adverso”.
Na celebração, que decorreu na Sé de Beja e serviu também para os
cristãos daquela diocese se despedirem oficialmente de D. António
Vitalino, bispo emérito, D. João Marcos referiu “que não é difícil
professar a fé” na Igreja e repetir “maquinalmente” o Credo.
“Difícil, porque supõe aquele amor que se traduz em perder a vida,
difícil mas necessário e indeclinável, é professa-la em meio adverso”,
disse, na homilia da Missa.
Na celebração, o responsável diocesano agradeceu também os 17 anos de
trabalho do seu antecessor como bispo de Beja, que qualifica como labor
“persistente para renovar e fazer avançar a Igreja”, segundo as
“orientações do Concílio”.
A Eucaristia “não é apenas não é apenas memória do passado”, mas “o
lugar da manifestação da luz do oitavo dia” e os cristãos necessitam
“dessa luz para não andarem desorientados e para viverem bem a vida
presente”, sublinhou o D. João Marcos.
Fazendo referência à passagem do Evangelho lida nas igrejas de todo o
mundo, este domingo, o sucessor de D. António Vitalino recordou uma
“evidência difícil de enfrentar, difícil de enfrentar com serenidade:
tudo passa”
A vida é passageira, “as tristezas e alegrias, os sucessos e
insucessos, a juventude e a velhice, a riqueza e a miséria, tudo passa”,
insistiu.
Perante este dado, D. João Marcos questionou: “Que ficará desta nossa
sociedade egoísta e sem horizontes, sem raiz nem ramos? Que ficará desta
Europa sem raízes porque as despreza e renega e, consequentemente, sem
ramos por onde crescer e sem braços para acolher?”.
D João Marcos sucedeu no último dia 3 de novembro a D. António Vitalino
como bispo da Diocese de Beja, após o Papa ter aceitado a renúncia
deste último, que completou 75 anos de idade.
O novo bispo de Beja tinha sido nomeado por Francisco como coadjutor da
diocese alentejana a 10 de outubro de 2014, com direito de sucessão.
LFS/OC
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