A família é o grupo
social mais básico presente na sociedade e que faz parte das
relações humanas. É redundante e elementar recordar todas as referências à
Família. Parece que nada mais há a acrescentar ao que já todos, sobejamente,
sabemos de forma firme, credível e consensual. Porém, é sempre bom comemorar
esta data que nos impele a recordar e salientar a importância da FAMÍLIA, o seu
valor humano, afetivo, caloroso, acolhedor e único.
Para nos ajudar a refletir sobre o tema recorri a
algumas passagens de especialistas na área, tendo por base um livro que li e
reli, sempre descobrindo novos pontos e passagens que me obrigaram a parar e
pensar, na certeza de que a colaboração de todos é indispensável e preciosa
para alavancar a sociedade:
«Recorrentemente, a família é tema e problema. Já este
facto confirma a sua importância e atualidade. Tema sempre foi, problema é-o
especialmente hoje».
«Há famílias distorcidas, relações feridas, sofridas
por acidentes de várias ordens, por morte, por abandonos, doenças, fraquezas,
etc. mas são, precisamente, as dificuldades que, reconhecidas como fazendo
parte da natureza, fazem crescer com realismo e desabrochar uma identidade
madura».
«Observando a realidade, temos de reconhecer que a
esfera política (o Estado) e a economia (o mercado) usurparam duas das funções
básicas da Família – educação e economia – e dificultaram fortemente a terceira
– intimidade. O Estado e o mercado estrangulam a instituição da qual, no
entanto, têm de viver – a Família».
«As ideologias totalitárias e as de género, de modos
opostos, comprimem e reduzem as famílias: não serão árvores da vida, nem sequer
árvores genealógicas, nem tão pouco células base sobre as quais assenta a
sociedade. Se um dia a cultura resvalasse para um individualismo consumista em
busca da satisfação como um direito, seja a modo - `comunitarista ‘ou
`libertário´, entraríamos em autodestruição».
«A verdade, porém, é que os seres humanos, dentro de
si, estão exatamente iguais ao que sempre foram; e nada daquilo que o exterior
nos possa dar consegue substituir o amor, o calor, o conforto da família. A
família não precisa de defesa, porque ela é nuclear, indispensável,
insubstituível. Aquilo que temos de nos esforçar por defender é a sanidade e
equilíbrio de tantos dos nossos que, deslumbrados pela ilusão urbana, destroem
o seu coração. Quem precisa da nossa ajuda são, não as famílias, mas os pobres tontos
que lutam contra ela e, por isso, contra si mesmos».
Nada mais havendo a acrescentar, resta-me referir que
o livro em questão se chama (IDENTIDADE E FAMÍLIA), tem a chancela da OFICINA
DO LIVRO, os seus autores excedem as duas dezenas, não sendo conservadores, a
sua intenção direta é desconstruir e não conservar o status quo das últimas
sessenta décadas. Também rejeitam adoptar o novo acordo ortográfico, o que mais
uma vez denota a sua vertente não conservadora do passado/presente.
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