Semana Temática da LOC/MTC
A 11ª Semana Temática da LOC/MTC (Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos) em Braga terminou com a realização de um encontro presencial deste núcleo diocesano em Barcelos no passado dia 30 de abril. Neste, os presentes puderam discutir e debater o tema “Dignificar o Trabalho, cuidar da Casa Comum, e perceber de que forma o mundo do trabalho tem impacto na vida de cada um.
Sobre as conclusões, enviadas em comunicado ao 7MARGENS, o núcleo diocesano considera que “as injustiças e degradação social, são fatores que contribuem para a destruição conjunta do ser humano e da sua «Casa Comum»”, e que vale tudo para “dizimar a pessoa humana”, afirmando que o aumento do custo de vida provocado desde logo pela inflação pode “aumentar as suas [dos trabalhadores] fragilidades e dependências”. “As consequências desta situação não se fazem esperar: aumentam os tempos de trabalho, mal remunerados e sem condições sanitárias, a pressão sistemática sobre as famílias, os abortos, a redução dos números de nascimentos, a perda de contacto com os restantes trabalhadores e retiram as pessoas dos encontros formativos enquadrados no tecido associativo”, refere o comunicado.
O comunicado acusa também os empresários de oferecerem “horários longos, salários ridículos e condições péssimas”, e depois queixarem-se de “falta de mão de obra”, o que para este grupo de pessoas é estranho, já que “as desculpas de maltratar os nossos irmãos, cada vez têm menos sentido, porque se há melhores condições e vencimentos chorudos, apenas para os exploradores, porque não há para os que estão no «fim da fila»”?
Neste sentido, os participantes exortam a que “saibamos estar próximos, perto, dos que sofrem, capazes de lhes «ligar as feridas», dos que ainda não descobriram a sua dignidade de filhos e filhas de Deus”. “Os justiceiros não podemos ser nós, mas que alguém puna as barbaridades cometidas”, pedem, explicando que a sua missão agora é “levar de casa em casa o nosso jornal Voz do Trabalho, utilizar os meios digitais que possuímos para registar (fotografar) os locais dos atentados à Casa Comum e à dignidade de quem trabalha”.
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