As palavras do padre
Vyacheslav Grynevych, diretor da Caritas-Spes, na Ucrânia, exprimem o que os
olhos veem e o coração vai sentindo: a falta de esperança de um povo que
parece num beco sem saída. “Na minha opinião, as
sanções têm consequências para as pessoas simples na Rússia e as armas matam.
Se houvesse sanções que mudassem a cabeça de Vladimir Putin seria melhor do
que as armas porque nós queremos proteger as pessoas. É muito difícil perceber
como fazer. Há muitas perguntas e poucas respostas”, lamentou o sacerdote
católico. O responsável fala da
esperança que os esforços do Papa Francisco tem feito e do que isso
representa mas alerta também para o facto de que gestos de encontro
com Putin podem ser entendidos como um sinal de apoio à guerra e o encontro
ser “mal-entendido”. Foi uma conversa de
meia hora entrecortada pelas dificuldades da ligação mas também porque a cada
20 quilómetros havia uma operação stop com soldados, para verificação de
documentos: do outro lado da linha ouço silêncio e algumas palavras que
desconheço até que retomamos a conversa. Enquanto as
conversações decorrem em salas e telefonemas com boas ligações, a vida dos
cidadãos ucranianos corre no fio da imprevisibilidade, aquela que sabem pode
mudar não do dia para a noite, mas de um momento para o outro. E para além das
necessidades imediatas a quem tudo escasseia, começam a relevar-se os traumas
da guerra que mostra que não basta colocar as pessoas num local seguro. Quando um relato
assim nos chega, parece que tudo à volta perde importância. Encontra outras
notícias que marcam a atualidade informativa em agencia.ecclesia.pt Tenha um excelente
dia! |
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