Estrutura será liderada por um cardeal africano e terá o setor dos refugiados
Cidade do Vaticano, 31 dez 2016 (Ecclesia) - O novo serviço que o Papa
Francisco criou na Santa Sé para o “desenvolvimento humano integral”
vai entrar em funções a partir de 1 de janeiro de 2017.
O organismo tem uma secção para os temas ligados aos refugiados e
migrantes, que estava "colocada temporariamente sob orientação" do
próprio Papa.
O “Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral” vai
ser presidido pelo cardeal Peter Turkson, natural do Gana, atual
presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz (CPJP).
Além do CPJP, a nova estrutura integrada nos organismos de governo
central da Igreja Católica, no Vaticano, vai assimilar os conselhos
pontifícios ‘Cor Unum’ (área da ação caritativa), Pastoral da Saúde e
Migrantes/Itinerantes.
O ‘Motu Proprio’ (decreto pessoal do Papa) que institui o dicastério
foi publicado em agosto de 2016, pela sala de imprensa da Santa Sé,
juntamente com o estatuto do novo organismo.
Os documentos foram aprovados por Francisco a 17 de agosto, acolhendo a
proposta do Conselho de Cardeais, com elementos dos cinco continentes,
que aconselha o Papa na renovação da Cúria Romana.
“Em todo o seu ser e agir, a Igreja está chamada a promover o
desenvolvimento integral do homem à luz do Evangelho”, escreve o
pontífice argentino.
O Papa sublinha no decreto de constituição do dicastério que este
desenvolvimento tem lugar “mediante o cuidado dos bens incomensuráveis
da justiça, da paz e da proteção da criação”.
A nova estrutura, acrescenta, visa “atender melhor às exigências dos homens e mulheres” a que a Igreja está chamada a servir.
Francisco precisa
que este dicastério terá competências de modo particular nas áreas
relacionadas com “as migrações, com os necessitados, os enfermos e
excluídos, os marginalizados e as vítimas dos conflitos armados e
desastres naturais, os presos, os desempregados e as vítimas de qualquer
forma de escravidão e de tortura”.
OC
in
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