Papa Francisco com o presidente da Federação Luterana Mundial |
Celebrações apresentam «reconciliação» como tema central
Cidade do Vaticano, 03 jan 2017 (Ecclesia) - A Semana de Oração pela
Unidade dos Cristãos de 2017, que no hemisfério norte se celebra de 18 a
25 de janeiro, vai evocar os 500 anos da reforma protestante, iniciada
por Martinho Lutero.
O documento de reflexão preparado e publicado em conjunto pelo Conselho
Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (Santa Sé) e a
Comissão Fé e Constituição (Conselho Mundial de Igrejas) tem como tema
central a “reconciliação”.
“Que pessoas e Igrejas possam ser impelidas pelo amor de Cristo a viver
vidas reconciliadas e a derrubar as paredes da divisão”, pode ler-se.
A proposta deste ano surgiu pela mão do Conselho de Igrejas na Alemanha
(ACK), a convite do Conselho Mundial de Igrejas, o qual assinala que a
reforma de Lutero “tem sido tema de controvérsia na história das
relações intereclesiais”.
Em 1517 Martinho Lutero publicou as suas “95 teses”, provocando uma
rutura entre várias comunidades cristãs, até então ligadas à Igreja
Católica, apresentada no documento como “dolorosa divisão”.
As Igrejas cristãs na Alemanha propõem que, 500 anos depois, se reflita sobre a “reconciliação como centro da fé”.
O tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2017 inspira-se
numa passagem da segunda carta de São Paulo aos Coríntios:
‘Reconciliação: é o amor de Cristo que nos impele’.
“Como embaixadoras de reconciliação, as Igrejas ativamente prestaram
assistência aos refugiados na busca de novos lares, enquanto, ao mesmo
tempo, tentavam melhorar as condições de vida nos países que eles tinham
deixado para trás”, refere o documento de reflexão.
A 31 de outubro de 2016, o Papa e o presidente da Federação Luterana Mundial (LWF, siga em inglês), assinaram na Suécia uma declaração comum, por ocasião da comemoração conjunta católico-luterana dos 500 anos da reforma protestante.
“Pedimos a Deus inspiração, ânimo e força para podermos continuar
juntos no serviço, defendendo a dignidade e os direitos humanos,
especialmente dos pobres, trabalhando pela justiça e rejeitando todas as
formas de violência”, refere o texto, firmado por Francisco e por Munib
Yunan na catedral luterana de Lund, após uma oração ecuménica.
OC
in
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