Proposta de candidatura a património humanidade quer marcar ano santo extraordinário
Lisboa, 11 abr 2016 (Ecclesia) - A União das Misericórdias Portuguesas
(UMP) vai apresentar ao Papa o trabalho desenvolvido com os refugiados,
durante um encontro marcado para quarta-feira, no Vaticano.
Manuel de Lemos, presidente da UMP, confessa à Agência ECCLESIA a
“grande emoção” por este encontro, “breve”, em que quer falar do
“trabalho sério e dedicado que as Misericórdias têm feito”.
A delegação será constituída por Manuel de Lemos e pelo presidente da
Mesa da Assembleia Geral da UMP, José Silva Peneda, que esta terça-feira
se vão encontrar com o cardeal Antonio Maria Vegliò, presidente do
Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (Santa
Sé).
“Nós hoje temos uma experiência já acrescida, recebemos mais de uma
centena de refugiados, grande parte dos que vieram têm sido entregues às
Misericórdias”, explica o presidente da UMP.
Esta experiência mostrou “problemas novos” e ajudou a compreender melhor o “drama” dos refugiados, acrescenta.
Assembleia geral da União das Misericórdias Portuguesas reuniu-se este
sábado em Fátima e lançou a proposta de candidatura a património da
humanidade, como forma de assinalar o ano santo extraordinário convocado
pelo Papa Francisco, o Jubileu da Misericórdia.
“A ideia da misericórdia é uma ideia da humanidade, atravessa toda a
história humanidade. A misericórdia dos homens, de Deus e dos homens
como intérpretes da misericórdia de Deus. Em todas as religiões a ideia
das misericórdias está presente”, refere Manuel de Lemos.
A proposta será depois apresentada à Confederação Internacional das
Misericórdias, que reúne hoje cerca de 4200 instituições de 24 países.
“É muito interessante que seja a União das Misericórdias Portuguesas a
lançar às suas congéneres do mundo esta ideia de apresentar a
candidatura da Misericórdia, do património imaterial das Misericórdias, a
património da humanidade”, assinala o presidente da UMP.
A iniciativa vai estar em debate no próximo congresso da UMP (2-4 de Junho).
JCP/OC
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