Na mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais, convida todas as pessoas a redescobrirem o poder que a misericórdia tem de curar feridas e restaurar a paz e a harmonia entre pessoas, famílias, grupos sociais e povos.
Menciona também que comunicar significa partilhar, que exige a escuta, o acolhimento e o diálogo. Diálogo gera amor. Diálogo é comunicação interior, tão necessária em todas as famílias.
Todavia, por mais graves que sejam as pressões que o meio cultural e social exerça sobre a família, esta será capaz de resistir e de avançar na medida em que saiba conservar viva a sua capacidade para dialogar.
O diálogo é o que alimenta ou “ rega “ o amor. Sem ele o amor morre.
Uma família que dialoga, é capaz de arrancar da sua unidade interior forças necessárias para enfrentar os maiores desafios. Claro que que esta comunicação obedece a condições, sendo uma delas, dar- se entre todos os elementos da família; entre pais, filhos, irmãos etc. É necessário que se trate de um diálogo realmente pessoal.
O diálogo a que me refiro consiste em abrir o coração e compartilhar com os demais, o mais íntimo de nós mesmos, as nossas alegrias, penas, e esperanças. Só este diálogo alimenta amor, porque não é contar ou dar “ coisas” aos outros, mas dar-se a si mesmo.
Ao dialogar assim, estamo-nos assemelhando a Cristo, que se deu á Igreja com o coração aberto pela lança, como sinal de que nada guardava para si.
Um dos fatores anti- diálogo é a nossa permanente falta de tempo.
Impelida pela sua frenética ânsia de produzir para possuir , a cultura moderna impôs-nos um ritmo de vida esgotante.
O diálogo exige tempo, o que implica sacrifício.
Além disso há que ultrapassar barreiras interiores, isto é, “ abrir-se”, passar por cima de feridas e rancores, oferecer confiança.
O diálogo para ser fecundo exige mais; ser sistemático. Os espaços isolados não bastam para manter a unidade e a intimidade.
Diz o Papa Francisco: “Só palavras pronunciadas com amor e acompanhadas por mansidão e misericórdia tocam os nossos corações de pecadores”.
“Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). É um programa de vida tão empenhador como rico de alegria e paz.
Luisa Loureiro
Sem comentários:
Enviar um comentário