Páginas

quarta-feira, 20 de abril de 2016

O Diálogo

Na mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais, convida todas as pessoas a redescobrirem o poder que a misericórdia tem de curar feridas e restaurar a paz e a harmonia entre pessoas, famílias, grupos sociais e povos.

Menciona também que comunicar significa partilhar, que exige a escuta, o acolhimento e o diálogo. Diálogo gera amor. Diálogo é comunicação interior, tão necessária em todas as famílias.

Todavia, por mais graves que sejam as pressões que o meio cultural e social exerça sobre a família, esta será capaz de resistir e de avançar na medida em que saiba conservar viva a sua capacidade para dialogar. 

O diálogo é o que alimenta ou “ rega “ o amor. Sem ele o amor morre.

Uma família que dialoga, é capaz de arrancar da sua unidade interior forças necessárias para enfrentar os maiores desafios. Claro que que esta comunicação obedece a condições, sendo uma delas, dar- se entre todos os elementos da família; entre pais, filhos, irmãos etc. É necessário que se trate de um diálogo realmente pessoal.

O diálogo a que me refiro consiste em abrir o coração e compartilhar com os demais, o mais íntimo de nós mesmos, as nossas alegrias, penas, e esperanças. Só este diálogo alimenta amor, porque não é contar ou dar “ coisas” aos outros, mas dar-se a si mesmo.

Ao dialogar assim, estamo-nos assemelhando a Cristo, que se deu á Igreja com o coração aberto pela lança, como sinal de que nada guardava para si.

Um dos fatores anti- diálogo é a nossa permanente falta de tempo.

Impelida pela sua frenética ânsia de produzir para possuir , a cultura moderna impôs-nos um ritmo de vida esgotante.

O diálogo exige tempo, o que implica sacrifício. 

Além disso há que ultrapassar barreiras interiores, isto é, “ abrir-se”, passar por cima de feridas e rancores, oferecer confiança.

O diálogo para ser fecundo exige mais; ser sistemático. Os espaços isolados não bastam para manter a unidade e a intimidade.

Diz o Papa Francisco: “Só palavras pronunciadas com amor e acompanhadas por mansidão e misericórdia tocam os nossos corações de pecadores”.

“Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). É um programa de vida tão empenhador como rico de alegria e paz.






Luisa Loureiro





Sem comentários:

Enviar um comentário