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sexta-feira, 29 de abril de 2016

São Luís Maria Grignion de Montfort

“Maria é um lugar Santo, o Santo dos Santos, em que se formam e modelam os Santos”


Foto: Wikipedia
A vida de São Luís Maria Grignion de Montfort é daquelas que você para, olha e pensa: Uau! Que homem foi este!? Que doutrina foi esta!? Que vida extraordinária, meu Deus do céu!!!

Este foi Luís Maria Grignion de Montfort, nascido na cidade de Montfort, França, em 1673. De uma família extremamente católica, origens simples e de corações devotos a Nossa Senhora. Foi por esta devoção que ao ser crismado acrescentou ao seu prenome o nome de Maria. Porém, essa devoção que permeou toda sua vida levou-o a uma vida missionária extraordinária. Assumiu sua missão com uma maestria esplêndida! Pregou com coragem! E tomou sua cruz como um escravo… Um escravo do amor. “Tome a sua cruz! E não deverá arrastá-la, sacudi-la, reduzi-la ou escondê-la. Pelo contrário, leve-a sem murmurações… Enfim sem qualquer vergonha ou respeito humano, tome a sua cruz!” São Luís Maria Grignion de Montfort.

Aos 27 anos de idade foi ordenado sacerdote. No mais íntimo do seu coração, um sonho: O sonho de ser um pobre padre missionário. Ao ser ordenado, inicialmente, pensou em ir evangelizar no Canadá, mas aconselhado pelo director espiritual decidiu permanecer na França, que especialmente, a região em que pregava, 80 anos depois da sua morte, de forma extraordinária enfrentou com resistência a Revolução Francesa, que propagou os ideais iluministas que incluíam um sentimento anticlerical e anti-religioso, como também exerceu na prática esses ideais, muitas vezes de forma violenta, matando só na região de São Luís Maria Grignion de Montfort mais de cem mil mártires.

Em Roma recebeu do Papa Clemente XI o título de pregador apostólico e assim partiu, a pé, com sua batina surrada, um cordão amarrado na cintura com o rosário pendurado, um crucifixo que havia recebido do papa com indulgências, chapéu de feltro… E lá se ia o “andarilho de Deus” pela França a fora, com o rosário em mãos, vivendo o seu sonho, “Ó Virgem fiel, tornai-me em todas as coisas um perfeito discípulo, imitador e escravo da Sabedoria encarnada, Jesus Cristo, vosso Filho.” São Luís Maria Grignion de Montfort.

Sua eloquência, seu carisma e sua capacidade incrível de evangelizar, geravam nas pessoas por onde passava um grande entusiasmo, que só de saberem o local em que São Luís estava evangelizando, iam correndo de encontro ao pobre padre missionário para ouvirem suas palavras… Que os despertavam para uma profunda conversão e um corte total com toda a mentalidade mundana.

Entre tantos factos que comprovam a vida extraordinária deste santo, relato-vos um:

Estava São Luís em uma ocasião pregando para o exército. Ao ouvirem suas palavras, os soldados caíram em prantos, a começar pelo oficial encarregado, sendo ele o primeiro a sentir-se arrependido de seus pecados. De pé e deslaço, com o estandarte do exército na frente, liderou uma comovente procissão em penitência com seus soldados… Imagina você, testemunhando uma cena desta?
Onde quer que passasse, São Luís Maria Grignion de Montfort revelava sua principal arma para se chegar até Deus e a salvação, “Ser vosso devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de Salvação que Deus dá, àqueles que quer salvar”.

Sem dúvidas, ele foi uns dos maiores apóstolo da Virgem Maria, levando verdadeiramente os corações dos homens a Deus por mãos da Virgem. “Reconhecerão que Ela [A Virgem Maria] é o meio mais seguro, mais fácil, mais rápido e mais perfeito de chegar a Jesus Cristo, e se lhe entregarão de corpo e alma, sem restrições, para assim também pertencerem a Jesus Cristo.” São Luís Maria Grignion de Montfort.

Foi ele quem escreveu um livro no qual explicou, com piedade e clareza impressionantes, em que consiste o verdadeiro amor à Mãe de Deus. O hoje conhecido “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, que é uma verdadeira escola de espiritualidade e de santidade. Cuja doutrina sobre a Santíssima Virgem influenciou papas como Leão XIII, São Pio X, Pio XII e São João Paulo II que tomou como lema a expressão Totus Tuus Mariae, “Sou todo teu, ó Maria”.

São Luís encerrou sua vida de pregação e de missão no dia 28 de abril de 1716, com 43 anos de idade.

Ele que viveu sua vontade feroz de ser um simples pobre padre missionário. Ele que viveu com fidelidade absoluta o Evangelho de Cristo. Ele, um exemplo de sacerdote que tanto irritava uma parte do clero daquela época que ainda insistiam a viver uma fé e evangelização superficial. Ele que combateu com valentia os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor. Ele que encontrou no Rosário de Maria sua arma que fez tremer o inferno com seus demónios. Ele que enxergou na cruz o único caminho para a salvação.

Ele, cuja festa celebramos hoje, que nos ajude a amar. E com o auxílio da Virgem Maria, a encontrarmos em Deus a verdadeira ternura e o verdadeiro sustentáculo, pois Nele está todo o bem e riqueza de nossas vidas.

São Luís Maria Grignion de Montfort, rogai por nós!


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