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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Amoris Laetitia. Dom Paglia: “Um texto extremamente social e político”

Falando na apresentação da Exortação Apostólica ao corpo diplomático, o chefe do dicastério identifica a “maternidade” da Igreja, inerente no documento

  Igreja e Religião

Foto: ZENIT
O ciclo de apresentações da exortação apostólica Amoris Laetitia continua com os membros do corpo diplomático credenciados junto à Santa Sé e com os líderes de ONGs internacionais. Com relação a estes últimos o documento foi apresentado na ocasião de um congresso promovido ontem no Vaticano pelo fórum das organizações católicas com sede em Genebra.

Em seu discurso, Dom Vincenzo Paglia, presidente do Conselho Pontifício para a Família, sublinhou a dupla e espectacular tarefa da Igreja: por um lado, “não ser reticente ao anunciar o ideal pleno do matrimónio”, por outro comunicar o “Evangelho da Família”, de modo que os jovens casais se abram à sociedade e não fiquem só com uma “visão meramente romântica do amor”, embora, por outro lado, haja o risco da ausência de sonhos” da parte deles.

Mons Ivan Jurkovic, observador permanente da Santa Sé na ONU de Genebra, disse que o carácter universal da família natural, que a Igreja continua a defender contra todas as tentativas de revisão ideológica avançadas pelos tratados internacionais.

As novas categorias “antropológicas” são “em grande parte ou completamente inaceitáveis para a Igreja Católica”. “Nós, como estrutura diplomática da Santa Sé temos essa vantagem de propor ideias também em nome de muitos outros”, declarou monsenhor Jurkovic. “Embora, às vezes, sejamos considerados impertinentes, seguimos adiante e repetimos a nossa mensagem”, acrescentou.

“Eu acho que isso é muito apreciado, talvez até mesmo por outros estados que não compartilham plenamente a nossa posição, mas estão perto em termos de antropológica tradicional ou “visão natural”, como se costuma dizer”, concluiu o observador permanente.


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