Os principais patrocinadores do
casamento homossexual são grandes multinacionais e bancos de
investimento, capazes de mudar a opinião pública por interesses económicos
Roma,
30 de Junho de 2015
(ZENIT.org)
Federico Cenci
Barack Obama, que abraçou com alegria a decisão da Suprema Corte de
legalizar os casamentos entre pessoas do mesmo sexo em todo o
território dos EUA, é, na verdade, um defensor “neófito” do chamado
casamento gay.
"Deus tem que ser levado em conta", disse ele em agosto de 2008, ainda como senador democrata e candidato a presidente dos Estados Unidos, em entrevista ao pastor evangélico Rick Warren. Como cristão, explicou Obama em tom determinado, ele acreditava que o casamento é a união entre um homem e uma mulher. Mas, assim que cruzou o limiar da Casa Branca, o "primeiro presidente negro" dos Estados Unidos removeu todo matiz confessional e se tornou o "primeiro presidente gay" do país, como proclamou a revista Newsweek, em maio de 2012, ao estampá-lo na capa com um arco-íris sobre a cabeça.
A posição de Obama sobre o casamento gay foi "evoluindo", como disse o próprio, durante a campanha presidencial de 2012. Ele pode mesmo ter desenvolvido novas convicções pessoais, mas, provavelmente, também esteve de olho nas pesquisas e nos cofres do Partido Democrata.
Bom político, Obama percebeu que a sua reeleição não poderia prescindir do apoio de grandes corporações e lobbies, incluindo a dos grupos LGBT. Foi assim que, encorajado por sua equipe, em particular por seu vice Joe Biden, ele mudou de posição em função da conveniência eleitoral. O prémio dessa escolha veio nas urnas, conforme observado por David Mixner, definido pela revista Newsweek como o "gay mais poderoso da América". O ativista homossexual declarou ao jornal italiano Corriere della Sera que "a comunidade LGBT deu a Obama o maior percentual de votos depois dos afro-americanos. O voto LGBT é muito importante: pesa duas vezes mais que o judeu".
Mas surge uma pergunta. Se, em uma democracia, o resultado da eleição é expressão da maioria, como é que as eleições podem ser influenciadas por uma minoria? Uma pesquisa realizada no ano passado pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos estima que os norte-americanos pertencentes à categoria LGBT são apenas 2% da população.
A resposta está no idílio que combina instâncias de movimentos homossexuais com interesses económicos de bancos comerciais e multinacionais, os quais, com habilidade incomparável, conseguem direcionar grandes fluxos de dinheiro para os partidos políticos, mas também para os gigantes da media, condicionando assim o público.
O generalizado sentimento gay-friendly no Vale do Silício e em Wall Street é bem conhecido. Algum tempo atrás, uma notícia causou espanto no exterior: pela primeira vez na história, 379 empresas elaboraram um documento conjunto. Seu coro unânime era um apelo aos nove juízes da Suprema Corte para legalizarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos. Além dos titãs da internet e da alta tecnologia, como Google, Apple, Facebook, Twitter, Microsoft e Amazon, subscreveram o documento outros gigantes do mundo dos negócios: Coca-Cola, Pepsi, Levi’s, Nike, Groupon, Goldman Sachs e JP Morgan.
Não há nada de obscuro por trás dessa manobra. Na verdade, as empresas não têm vergonha de admitir que a sua escolha não se deve a um impulso filantrópico, mas ao lucro. Seu documento reclamou que "o atual quadro jurídico sobre os casamentos entre pessoas do mesmo sexo é disperso e confuso, envolvendo custos significativos para os empregadores e para os seus empregados e, muitas vezes, tornando difícil continuar no trabalho". Daí o pedido de estender a legalização a todos os 50 Estados.
Já em 2009, a revista Forbes avaliava que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo movimentariam no país cerca de 9,5 mil milhões de dólares. Em 2012, exatamente um ano após a sua aprovação em Nova Iorque, a Bloomberg anunciou: "O casamento gay injetou 259 milhões de dólares na economia nova-iorquina".
Mais que os direitos civis, são os negócios o verdadeiro motor da democracia norte-americana. E é em nome do mesmo princípio que Barack Obama entregará em breve a bandeira do arco-íris nas mãos da próxima candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, a quem o ativista homossexual Mixner aclama como "muito popular na comunidade LGBT".
"Deus tem que ser levado em conta", disse ele em agosto de 2008, ainda como senador democrata e candidato a presidente dos Estados Unidos, em entrevista ao pastor evangélico Rick Warren. Como cristão, explicou Obama em tom determinado, ele acreditava que o casamento é a união entre um homem e uma mulher. Mas, assim que cruzou o limiar da Casa Branca, o "primeiro presidente negro" dos Estados Unidos removeu todo matiz confessional e se tornou o "primeiro presidente gay" do país, como proclamou a revista Newsweek, em maio de 2012, ao estampá-lo na capa com um arco-íris sobre a cabeça.
A posição de Obama sobre o casamento gay foi "evoluindo", como disse o próprio, durante a campanha presidencial de 2012. Ele pode mesmo ter desenvolvido novas convicções pessoais, mas, provavelmente, também esteve de olho nas pesquisas e nos cofres do Partido Democrata.
Bom político, Obama percebeu que a sua reeleição não poderia prescindir do apoio de grandes corporações e lobbies, incluindo a dos grupos LGBT. Foi assim que, encorajado por sua equipe, em particular por seu vice Joe Biden, ele mudou de posição em função da conveniência eleitoral. O prémio dessa escolha veio nas urnas, conforme observado por David Mixner, definido pela revista Newsweek como o "gay mais poderoso da América". O ativista homossexual declarou ao jornal italiano Corriere della Sera que "a comunidade LGBT deu a Obama o maior percentual de votos depois dos afro-americanos. O voto LGBT é muito importante: pesa duas vezes mais que o judeu".
Mas surge uma pergunta. Se, em uma democracia, o resultado da eleição é expressão da maioria, como é que as eleições podem ser influenciadas por uma minoria? Uma pesquisa realizada no ano passado pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos estima que os norte-americanos pertencentes à categoria LGBT são apenas 2% da população.
A resposta está no idílio que combina instâncias de movimentos homossexuais com interesses económicos de bancos comerciais e multinacionais, os quais, com habilidade incomparável, conseguem direcionar grandes fluxos de dinheiro para os partidos políticos, mas também para os gigantes da media, condicionando assim o público.
O generalizado sentimento gay-friendly no Vale do Silício e em Wall Street é bem conhecido. Algum tempo atrás, uma notícia causou espanto no exterior: pela primeira vez na história, 379 empresas elaboraram um documento conjunto. Seu coro unânime era um apelo aos nove juízes da Suprema Corte para legalizarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos. Além dos titãs da internet e da alta tecnologia, como Google, Apple, Facebook, Twitter, Microsoft e Amazon, subscreveram o documento outros gigantes do mundo dos negócios: Coca-Cola, Pepsi, Levi’s, Nike, Groupon, Goldman Sachs e JP Morgan.
Não há nada de obscuro por trás dessa manobra. Na verdade, as empresas não têm vergonha de admitir que a sua escolha não se deve a um impulso filantrópico, mas ao lucro. Seu documento reclamou que "o atual quadro jurídico sobre os casamentos entre pessoas do mesmo sexo é disperso e confuso, envolvendo custos significativos para os empregadores e para os seus empregados e, muitas vezes, tornando difícil continuar no trabalho". Daí o pedido de estender a legalização a todos os 50 Estados.
Já em 2009, a revista Forbes avaliava que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo movimentariam no país cerca de 9,5 mil milhões de dólares. Em 2012, exatamente um ano após a sua aprovação em Nova Iorque, a Bloomberg anunciou: "O casamento gay injetou 259 milhões de dólares na economia nova-iorquina".
Mais que os direitos civis, são os negócios o verdadeiro motor da democracia norte-americana. E é em nome do mesmo princípio que Barack Obama entregará em breve a bandeira do arco-íris nas mãos da próxima candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, a quem o ativista homossexual Mixner aclama como "muito popular na comunidade LGBT".
(30 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.
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