Elaborado por vários líderes religiosos
do país, documento em vista da Conferência das Partes foi entregue
ontem ao presidente Hollande
Roma,
03 de Julho de 2015
(ZENIT.org)
Cinco meses antes da grande chance de evitar um desastre global e
irreversível, líderes religiosos da França lançam um apelo ao presidente
François Hollande, tendo em vista a Conferência das Partes sobre
Mudanças Climáticas (Cop21) prevista para dezembro, em Paris.
Em um documento conjunto, preparado em maio e entregue na
quarta-feira, 1 de julho, os principais representantes religiosos do
país, católicos, protestantes, ortodoxos, muçulmanos, judeus e budistas,
elaboraram uma lista de exigências: sair da era dos combustíveis
fósseis e aplicar medidas que não excedam um aquecimento global de mais
de 2 graus centígrados; proteger as populações mais vulneráveis dos
impactos climáticos; promover um desenvolvimento ambientalmente
responsável e lutar contra a pobreza.
O objetivo é que, por ocasião da Cop21, os governos do mundo adotem
um acordo vinculado a pelo menos alguns postos-chaves no que diz
respeito a utilização de fontes de energia alternativas aos combustíveis
fósseis, a contenção do aquecimento global e apoiem o desenvolvimento
das populações mais pobres.
Os líderes religiosos – informa o jornal L'Osservatore Romano - para a
ocasião, aderiram ao #fastfortheclimate, movimento iniciado em 2013 por
iniciativa do comissário filipino para o clima, Yeb Sano, que se tornou
global e consiste em abster-se de comida no dia primeiro de cada mês.
No texto da declaração conjunta, os signatários afirmam que a crise
climática é "um desafio moral e espiritual". Nesta perspectiva, "está em
jogo, acima de tudo a nossa relação com a criação, entendida como um
dom de Deus". Na verdade, "destruindo o meio ambiente, a humanidade
destrói a si mesma. Preservando, no entanto, preservarmos a nós, nosso
próximo e as futuras gerações". Os líderes religiosos chamam a ação para
a proteção do meio ambiente e do clima através de uma reformulação de
valores e comportamento. "Nós rejeitamos a indiferença e a ganância”,
escrevem os líderes religiosos. “Estejamos abertos à compaixão e à
fraternidade. Saiamos do nosso egoísmo. Sejamos solidários e tomemos
como bússola o bem comum".
Os representantes das diferentes religiões que estiveram no Palácio
Elysee foram: o Arcebispo Georges Pontier de Marselha, presidente do
episcopado católico; o Metropolita Ortodoxa Emmanuel; o Presidente da
Federação Protestante da França, François Clavairoly; o Rabino-chefe da
França, Haïm Korsia; o Presidente do Conselho Francês do Culto
Muçulmano, Anouar Kbibech.
(03 de Julho de 2015) © Innovative Media Inc.
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