Cristina testemunhou que perder a vida não lhe custava, mas a fé por nada ela perderia e defendeu-a até o martírio
Horizonte,
24 de Julho de 2015
(ZENIT.org)
Fabiano Farias de Medeiros
A tradição apresenta-nos poucos fatos
acerca da vida de Cristina. Alguns registos arqueológicos e relatos
sobre seu martírio nos trazem informações mais precisas sobre sua vida.
Cristina nasceu na Toscana (Itália), perto do lago de Bolsena, por
volta do ano 288 d.C. Era filha de um magistrado pagão, rico e poderoso
chamado Urbano que também assumia a função de oficial do exército em
Tir, na Etrúria, parte da Toscana. Urbano era um terrível perseguidor
dos cristãos, os quais, na própria casa do oficial, eram submetidos aos
mais severos julgamentos e suplícios. Ainda assim, muitos não
contrariavam sua fé ou perdiam a alegria. Tudo isso gerava no coração de
Cristina um questionamento acerca do seguimento de Cristo. A escrava de
sua casa a auxiliou no caminho de fé, preparando-lhe o batismo.
Urbano, percebendo a inclinação da filha ao cristianismo chegou a
interrogá-la sobre sua aspiração e foi aumentando a perseguição à jovem.
Cristina, não obstante a imposição do pai, continuava sua participação
na celebração da Eucaristia, ainda que as escondidas. Visitava e acolhia
os pobres e encarcerados. Urbano, tentando persuadir a filha, ordenou
que ela prestasse culto aos ídolos, mas foi em vão. Cristina desfez-se
das imagens dos ídolos de seu pai incitando sua fúria. Urbano então
empreendeu terríveis sofrimentos à própria filha afim de que ela
renunciasse sua fé.
Mandou chicoteá-la e a prendeu no calabouço. Não satisfeito com a
firmeza de sua filha na fé, ordenou que tivesse seu corpo dilacerado por
ganchos de ferro e depois queimado em uma chapa incandescente. Por fim
mandou amarrar uma pedra em seu pescoço e lançou-a no lago de Balsena,
mas um anjo a salvou, fato que fez com que seu pai morresse de colapso.
Dion, o juiz que sucedeu Urbano, continuou a trajetória de suplícios à
jovem, porém sem sucesso.
Cristina foi martirizada por flechas na cidade de Tyro, que ficava em
uma ilha no lago de Balsena na Itália. Suas relíquias estão em Palermo,
na Sicília e em Toffia, na Província de Rieti.
(24 de Julho de 2015) © Innovative Media Inc.
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