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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A Igreja serve 500 leprosarias, 5.000 hospitais, 10.000 orfanatos, 200.000 colégios

Um milhão de consagrados expandem a fé 

A todos, em todas as partes, em todo o momento.
Actualizado 20 de Outubro de 2013

ReL

Por causa da Jornada Missionária Mundial, do domingo 20 de Outubro, a Agência Fides apresenta algumas estatísticas escolhidas para oferecer um quadro panorâmico da Igreja missionária no mundo. As tabelas extraíram-se do último Anuário Estatístico da Igreja publicado (actualizado ao dia 31 de Dezembro de 2011) e concernem aos membros da Igreja, suas estruturas pastorais, as actividades no campo sanitário, assistencial e educativo.

Dados optimistas
Para uma população mundial de 6.933.310.000 de pessoas, que aumenta em 84.760.000 unidades em relação ao ano anterior (+1,22%), o número de católicos é de 1.213.591.000 (17,5% da população mundial), que cresceu em 17.920.000 pessoas (1,48%).

Quer dizer, o número de católicos cresce percentualmente por cima do número de pessoas, e o crescimento de católicos supõe 21,14% do crescimento populacional geral. São duas cifras que convidam ao optimismo.

Estrutura da Igreja
O número de habitantes do mundo por sacerdote é de 13.394, e o número de católicos por sacerdote é de 2.936.

No mundo há 5.132 bispos (3.906 diocesanos, 1.226 religiosos), 2.979 circunscrições eclesiásticas (1.108 dependentes da Congregação para a Evangelização dos Povos), 1.782 missões com sacerdote residente e 131.543 missões sem sacerdote residente.

Mais diocesanos, menos religiosos
O número total de sacerdotes no mundo aumentou 1.182 unidades em relação ao ano anterior, alcançando uma quota de 413.418. Assinala-se uma vez mais uma diminuição notável na Europa (-2.286) e numa medida mais leve na Oceânia (-11), enquanto os aumentos se dão em África (+1.530), América (+407) e Ásia (+1.542).

Os sacerdotes diocesanos aumentaram globalmente 1.337 unidades, alcançando o número de 278.346, com aumentos em África (+1.152), América (+564) e Ásia (+817), e diminuição na Europa (-1.162) e Oceânia (-34).

Os sacerdotes religiosos diminuíram no total em 155 unidades e são 135.072. Assinalam um aumento, consolidando a tendência dos últimos anos, África (+378) e Ásia (+725), aos quais se une este ano também a Oceânia (+23), enquanto as diminuições afectam a América (-157) e Europa (-1.124).

Os diáconos permanentes no mundo aumentaram em 1.350 unidades, alcançando o número de 40.914. O aumento mais consistente confirma-se uma vez mais na América (+879) e na Europa (+368), seguidas pela Ásia (+43), Oceânia (+40) e África (+20).

Os religiosos não sacerdotes diminuíram globalmente 420 unidades chegando ao número de 55.085. Os aumentos registaram-se em África (+28) e Ásia (+1.089); enquanto diminuem na América (-398), Europa (-232) e Oceânia (-67).

Este ano também se confirma a tendência para a diminuição global das religiosas (–8.729) que são globalmente 713.206. Os aumentos são, outra vez, na África (+1.488) e Ásia (+2.115), as diminuições na América (–4.515), Europa (-7.459) e Oceânia (–358).

Os membros dos Institutos seculares masculinos são no total 713, com uma diminuição global de 34 unidades. Os membros dos Institutos seculares femininos por outro lado diminuíram também este ano, globalmente 1.489 unidades, para um total de 24.564 membros.

O número de missionários laicos no mundo é de 381.722 unidades, com um aumento global de 46.220 unidades (um impressionante aumento de 13,4%) e aumentos por continentes em África (+1.401), América (+35.479), Ásia (+9.294) e Europa (+51). A única diminuição foi na Oceânia (-5).

Os catequistas diminuíram no total 35.393 unidades, chegando à cifra de 3.125.235.

O número de seminaristas maiores, diocesanos e religiosos, também aumentou este ano globalmente 1.626 candidatos ao sacerdócio, que alcançaram o número de 120.616. Os aumentos, como já ocorreu nos anos anteriores, registaram-se na África (+559) e na Ásia (+1.326), aos quais este ano acrescenta-se a Oceânia (+15), enquanto diminuem levemente na América (-6) e uma vez mais na Europa (-268).

Os seminaristas maiores diocesanos são 72.277 (+303 em relação ao ano anterior) e os religiosos 48.339 (+1.323).

Os seminaristas religiosos aumentam em África (+289), Ásia (+295) e Oceânia (+34), as diminuições são na Europa (-241) e América (-74).

Os seminaristas maiores religiosos aumentam em África (+270), América (+68) e Ásia (+1.031), enquanto diminuem na Europa (-27) e na Oceânia (-19).

O número total de seminaristas menores, diocesanos e religiosos, aumentou em 222 unidades, alcançando o número de 102.530. Aumentaram globalmente em África (+1.106) e Oceânia (+4), enquanto diminuíram na América (-124), Ásia (-246) e Europa (-518).

Somam pois no total cerca de um milhão de pessoas consagradas à expansão da fé da Igreja no mundo.

Uma impressionante obra social
No campo da instrução e da educação a Igreja administra no mundo 71.482 escolas infantis frequentadas por 6.720.545 alunos; 94.411 escolas primárias com 31.939.415 alunos; 43.777 institutos secundários com 18.952.976 alunos. Além disso segue 2.494.111 alunos das escolas superiores e 3.039.684 estudantes universitários.

A comparação com o ano anterior mostra um aumento geral que toca a todos os níveis do ensino.

Os institutos de beneficência e assistência administrados no mundo pela Igreja compreendem:

a) 5.435 hospitais (+130 em relação ao ano anterior)
b) 17.524 dispensários
c) 567 leprosarias (+20)
d) 15.784 (-1.439) casas para anciãos, enfermos crónicos e inválidos, a maior parte na Europa (8.271) e América (3.913)
e) 10.534 orfanatos (+652) dos quais quase um terço estão na Ásia (3.911)
f) 11.592 infantários;
g) 15.008 consultórios matrimoniais distribuídos em grande parte na América (6.230) e Europa (5.819);
h) 40.671 centros de educação ou reeducação social e
i) 4 instituições de outros tipos.


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Texto da catequese do Papa Francisco sobre a comunhão dos santos

Na audiência Francisco lembra que a nossa fé do apoio dos demais. Revela que também ele foi tentado. A comunhão dos santos supera a vida terrena.


Roma, 30 de Outubro de 2013


Na manhã dessa quarta-feira o Papa Francisco dirigiu as seguintes palavras para os fiéis presentes na Praça de São Pedro.

***

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje gostaria de falar de uma realidade muito bela da nossa fé, ou seja, da “comunhão dos santos”. O Catecismo da Igreja Católica nos recorda que com esta expressão se entendem duas realidades: a comunhão nas coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas (n. 948). Concentro-me no segundo significado: trata-se de uma verdade entre as mais consoladoras da nossa fé, pois nos recorda que não estamos sozinhos, mas existe uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo. Uma comunhão que nasce da fé; de fato, o termo “santos” refere-se àqueles que acreditam no Senhor Jesus e estão incorporados a Ele na Igreja mediante o Baptismo. Por isto, os primeiros cristãos eram chamados também “os santos” (cfr At 9,13.32.41; Rm 8,27; 1 Cor 6,1).

1. O Evangelho de João mostra que, antes da sua Paixão, Jesus rezou ao Pai pela comunhão entre os discípulos, com estas palavras: “Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste” (17, 21). A Igreja, em sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, familiaridade com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se prolonga em uma comunhão fraterna. Esta relação entre Jesus e o Pai é a “matriz” do vínculo entre nós cristãos: se estamos intimamente inseridos nesta “matriz”, nesta fornalha ardente de amor que é a Trindade, então podemos nos tornar verdadeiramente um só coração e uma só alma entre nós, porque o amor de Deus queima os nossos egoísmos, os nossos preconceitos, as nossas divisões interiores e exteriores. O amor de Deus queima também os nossos pecados.

2. Se há este enraizamento na fonte do Amor, que é Deus, então se verifica também o movimento recíproco: dos irmãos a Deus; a experiência da comunhão fraterna me conduz à comunhão com Deus.  Estar unidos entre nós nos leva a estar unidos com Deus, leva-nos a esta ligação com Deus que é o nosso Pai. Este é o segundo aspecto da comunhão dos santos que gostaria de destacar: a nossa fé precisa do apoio dos outros, especialmente nos momentos difíceis. Se nós estamos unidos a fé se torna forte. Quanto é belo apoiar-nos uns aos outros na aventura maravilhosa da fé! Digo isto porque a tendência a se fechar no privado influenciou também o âmbito religioso, de forma que muitas vezes é difícil pedir a ajuda espiritual de quantos partilham connosco a experiência cristã. Quem de todos nós não experimentou inseguranças, perdas e ainda dúvidas no caminho da fé? Todos experimentamos isto, também eu: faz parte do caminho da fé, faz parte da nossa vida. Tudo isso não deve nos surpreender, porque somos seres humanos, marcados por fragilidades e limites; todos somos frágeis, todos temos limites. Todavia, nestes momentos de dificuldade é necessário confiar na ajuda de Deus, mediante a oração filial e, ao mesmo tempo, é importante encontrar a coragem e a humildade de abrir-se aos outros, para pedir ajuda, para pedir para nos darem uma mão. Quantas vezes fizemos isto e então saímos do problema e encontramos Deus uma outra vez! Nesta comunhão – comunhão quer dizer comum-união – somos uma grande família, onde todos os componentes se ajudam e se apoiam entre eles.

3. E chegamos a outro aspecto: a comunhão dos santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre. Esta união entre nós vai além e continua na outra vida; é uma união espiritual que nasce do Baptismo e não vem separada da morte, mas, graças a Cristo ressuscitado, é destinada a encontrar a sua plenitude na vida eterna. Há um vínculo profundo e indissolúvel entre quantos são ainda peregrinos neste mundo – entre nós – e aqueles que atravessaram o limiar da morte para entrar na eternidade. Todos os baptizados aqui na terra, as almas do Purgatório e todos os beatos que estão já no Paraíso formam uma só grande família. Esta comunhão entre terra e céu se realiza especialmente na oração de intercessão.

Queridos amigos, temos esta beleza! É uma realidade nossa, de todos, que nos faz irmãos, que nos acompanha no caminho da vida e nos faz encontrar-nos de novo no céu. Sigamos por este caminho com confiança, com alegria. Um cristão deve ser alegre, com a alegria de ter tantos irmãos baptizados que caminham com ele; apoiado pela ajuda dos irmãos e das irmãs que fazem esta estrada para ir para o céu; e também com a ajuda dos irmãos e das irmãs que estão no céu e rezam a Jesus por nós. Avante por este caminho com alegria!


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Vaticano: Não existe informação de escuta dos EUA. E de qualquer forma, não estamos preocupados

Uma revista italiana afirmou que a NSA interceptava as ligações e a espionagem teria durado até a eleição de Bergoglio


Roma, 30 de Outubro de 2013


O Padre Federico Lombardi, director da Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou um comunicado, em referência ao artigo publicado na revista italiana Panorama, que afirma que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA interceptou chamadas do Vaticano.

A reportagem do semanário italiano diz que as escutas telefónicas no Vaticano foram feitas a partir do 10 de dezembro de 2012 até o dia 8 de Janeiro de 2013. Além do mais acrescenta que há suspeitas de que a espionagem durou até a eleição do novo pontífice.

O padre Ciro, co-director da sala de imprensa do Vaticano, leu para os jornalistas um comunicado de parte do padre Lombardi com relação a esta reportagem: “não temos informação sobre o assunto e, em qualquer caso, não temos nada do que nos preocupar”.

O artigo de 'Panorama', diz que as chamadas interceptadas do Vaticano foram classificadas em quatro categorias, incluindo "intenções de liderança, ameaças aos sistemas financeiros, objectivos de política externa e direitos humanos". Da mesma forma, o artigo indica que a NSA poderia ter escutado as ligações relacionadas com a nomeação de Ernst von Freyburg como presidente do Instituto do Vaticano para as Obras Religiosas ( IOR).

Panorama revela que há uma suspeita de que até mesmo conversações do futuro pontífice pudessem ter sido controladas. O então cardeal Bergoglio desde 2005, foi colocado sob o microscópio da inteligência dos EUA como revelou o relatório do Wikileaks.

Vários países europeus têm manifestado preocupação após revelações de que as agências de inteligência dos Estados Unidos interceptaram milhões de telefonemas, incluindo a vários chefes de Estado. A notícia foi revelada pelos vazamentos fornecidos pelo ex-agente da NSA, Edward Snowden que recebeu asilo na Rússia.


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México: o papa aprova as fórmulas sacramentais nos idiomas tseltal e tsotsil

Línguas são faladas por nativos mexicanos. Em preparação, também a bíblia em náuatle, idioma falado por 1,5 milhão de pessoas e utilizado pela Virgem de Guadalupe


Roma, 30 de Outubro de 2013


Acaba de chegar de Roma a aprovação do papa Francisco para as fórmulas sacramentais nas línguas tseltal e tsotsil, faladas por povos nativos do México, para o baptismo, a confirmação, a missa, a confissão, a unção dos enfermos, o matrimónio e a ordenação sacerdotal.

As fórmulas são as palavras centrais de cada sacramento, essenciais para a sua validade. Por exemplo, a do baptismo é “Eu te baptizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Para a consagração da eucaristia na missa, é “Tomai e comei, este é o meu Corpo, que será entregue por vós”.

O bispo Felipe Arizmendi Esquivel, de San Cristóbal de las Casas, no sul do México, explica em uma nota enviada a ZENIT que "esta aprovação é um reconhecimento do trabalho que fizemos para ter uma tradução aprovada pela Igreja para o tseltal, idioma que só é usado na nossa diocese, por quase meio milhão de pessoas, e para o tsotsil, que também é falado aqui e na arquidiocese de Tuxtla Gutiérrez por mais de 350 mil indígenas".

“Durante longos meses”, continua a declaração do bispo de San Cristóbal de las Casas, “equipes de tradutores de ambas as dioceses trabalharam intensamente na tradução dos textos litúrgicos para essas línguas”.

Em três ocasiões, representantes da Conferência Episcopal Mexicana, especialistas em bíblia, liturgia, doutrina da fé e cultura, revisaram as traduções e a sua fidelidade ao texto oficial. Depois, os textos foram apresentados e aprovados por unanimidade em assembleias plenárias do episcopado. Finalmente, foram enviados para as Congregações do Culto Divino e da Doutrina da Fé, em Roma, para o seu reconhecimento.

O bispo Arizmendi relata que "depois de todas estas revisões, a última palavra era do papa, que deveria dar a aprovação definitiva. E o papa Francisco aprovou. Isto é uma grande alegria e uma grande esperança para os nossos povos originários, porque dá a eles a confiança de que o seu idioma é reconhecido pela Igreja e pode ser usado nas celebrações com toda a tranquilidade, tanto no doutrinal quanto no cultural. As demais traduções do rito ordinário da missa e dos sacramentos estão passando por um processo semelhante, mas para elas não será necessária a aprovação do papa. Basta a aprovação da Congregação para o Culto Divino, que já está estudando as traduções".

O bispo também conta que, na semana passada, coordenou a V Oficina de Cultura Náuatle na paróquia de Naupan, na serra norte do Estado mexicano de Puebla, com a participação de 42 pessoas, quase todas falantes do náuatle, a maioria indígenas dessa etnia. "Em representação do episcopado mexicano, eu coordenei as oficinas que têm como objectivo traduzir a bíblia e os textos litúrgicos para esse idioma indígena, que é o mais falado no país (um milhão e meio de pessoas) e que foi usado pela Virgem de Guadalupe quando ela apareceu na colina do Tepeyac", explica o prelado.

"Já traduziram o pai-nosso, a ave-maria, o credo e as respostas mais comuns da missa. É um incentivo para os outros idiomas do país e do nosso continente, porque o nosso povo tem o direito de viver as celebrações litúrgicas na sua própria cultura e de esperar que a Palavra de Deus chegue aos fiéis na sua própria língua".

Dom Arizmendi recorda que o papa Francisco, ao se dirigir ao episcopado brasileiro, afirmou que é necessário “consolidar os resultados conseguidos na área de formação de um clero autóctone, para termos sacerdotes adaptados às condições locais e, por dizer assim, fortalecer o ‘rosto amazónico’ da Igreja”.

A declaração destaca que "esse rosto amazónico requer tanto um clero autóctone quanto traduções para os idiomas dos povos originários. Sem este passo, não somos uma Igreja realmente católica, pois deixamos de incluir muitos povos que Deus colocou nessas terras. Em Aparecida, expressamos: ‘Como Igreja, que assume a causa dos pobres, encorajamos a participação dos indígenas e dos afro-americanos na vida eclesial. Vemos com esperança o processo de enculturação discernido à luz do Magistério. É prioritário fazer traduções católicas da bíblia e dos textos litúrgicos para os seus idiomas. É necessário, igualmente, promover mais as vocações e os ministérios ordenados procedentes dessas culturas” (DA 94).

Para finalizar, o bispo mexicano incentiva "quem presta o seu serviço pastoral em comunidades aborígenes a se empenhar para que a bíblia e a liturgia se tornem acessíveis nos idiomas originários".


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Que os cristãos celebrem a Festa dos Santos e não fiquem reclamando do Halloween

Entrevista ao Pe. Andrea, fundador dos Sentinelas do amanhã, um dos pioneiros, há seis anos, do HOLYween, festa que a cada ano faz mais sucesso


Roma, 30 de Outubro de 2013


Era o ano de 834, quando o papa Gregório IV decidiu mudar a festa do Dia de Todos os Santos do 13 de Maio para o  1 de Novembro. Foi uma escolha pensada. O objectivo era, de fato, o de tirar os restos do paganismo de alguns povos que culminavam justamente na noite do 31 de outubro, com o ano novo Celtico. A festa foi assim chamada de All Allows Even, ou seja, que tudo é permitido, até mesmo que os mortos retornassem à vida.

Hoje, séculos depois desse gesto de Gregório IV, parece ser que o paganismo está voltando com força. O mal gosto, o horripilante, o excesso triunfam com a festa de Halloween, que nada mais é do que uma reproposição em chave moderna e consumística das degenerações do ano novo celta.

Parece novamente necessário derrubar estes costumes macabros, consagrando a primeira noite de Novembro aos Santos em vez de às bruxas, vampiros e zumbis. Durante anos, Pe. Andrea Brugnoli e a comunidade que ele fundou, os Sentinelas do amanhã, fazem desse desafio uma realidade concreta que adoptou o nome de HOLYween. Uma iniciativa direccionada à trazer de volta o rosto dos Santos, expondo as imagens pelas janelas na noite do 31 de Outubro.

ZENIT: Pe. Andrea, qual é o balanço desses 6 anos de actividade da iniciativa HOLYween?
Pe. Andrea Brugnoli: O resultado é mais do que positivo. Parece-me que tenha sido muito difundido a ideia de que os cristãos devam celebrar a sua festa de todos os santos, mais do que ficar reclamando que Halloween está se espalhando entre os jovens e adultos. São muitas as paróquias que adoptaram essa ideia e organizam todo tipo de iniciativa com este nome: HOLYween. Nosso site, onde a cada ano você pode baixar imagens de santos para pendurar nas janelas, foi literalmente invadido: nestes dias temos mais de 10 visitantes por segundo, um número extraordinário. Muitas escolas prepararam actividades educativas sobre os santos e eu acho que ninguém é contrário à beleza de mostrar esses rostos, em lugar dos monstros terríveis dos pagãos. Em suma, o sucesso de HOLYween superou todas as expectativas iniciais.

ZENIT: Qual é a mensagem que o rosto de um Santo transmite para um jovem de hoje?
Pe. Andrea Brugnoli: Os santos são a melhor parte da nossa terra. São pessoas comuns que se comprometeram em deixar o mundo um pouco "melhor e não se resignaram aos problemas das pessoas, que eram tão graves ontem como hoje. Os santos são “belos”, porque têm uma beleza que vem do coração. Colando os seus rostos nas janelas e nas portas de casa, um jovem se rodeia de pessoas belas e isso transmite a mensagem de que também ele pode conquistar esta beleza. Valem as palavras que pronunciou São Bernardo de Claraval: “Se este, se aquele... por que também não eu?”.

ZENIT: Este ano, a iniciativa foi ampliada ainda mais, é verdade?
Pe. Andrea Brugnoli : Sim, de fato , fizemos propostas para as escolas e para as crianças da catequese. Já no ano passado, muitas realidades tinham aderido enviando-nos o seu material fotográfico e as suas crónicas. A fantasia é realmente grande: por exemplo em Milão alguns jovens de uma paróquia decidiram levar comida aos sem tecto vestidos de santos. Em outros lugares colaram fotografias imensas de santos com mais de 6 metros nas fachadas das Igreja. Esta redescoberta dos santos é realmente a resposta das pessoas à necessidade que temos hoje de redescobrir as nossas melhores raízes.

ZENIT: Em Roma, uma iniciativa semelhante à vossa, chamada “A Noite dos Santos”, teve um grandíssimo sucesso. Mas coisas assim nos chegam de toda a Itália. É encorajador. Como alimentar esses desejos positivos dos jovens?
Pe. Andrea Brugnoli: Eu acho que todos nós temos que ter muita confiança nos jovens. Não é verdade que são atraídos pelo mal, pelas cabaças vazias, pelo horror. O problema é que não têm outras alternativas. Mas, quando é apresentado para eles um ideal de vida de entrega aos outros, heroicamente dedicado ao bem, como foi no caso dos santos,  eles se sentem atraídos, porque no coração de cada jovem há uma irresistível paixão por deixar uma marca, por ser um “alguém”. Ainda hoje nós lembramos dos santos – embora bem jovenzinhos – por causa da sua alegria contagiosa. Temos que, portanto, pedir aos jovens muito e propor-lhes uma medida alta de vida cristã.


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Bispos da Europa reúnem-se em Trieste para falar da caridade na Igreja

Reunião de 4 a 6 de Novembro analisará os aspectos essenciais, teológicos e jurídicos do motu proprio Intima Ecclesiae Natura, de Bento XVI


Roma, 30 de Outubro de 2013


Durante três dias, de 4 a 6 de Novembro, cinquenta bispos e responsáveis ​​pelas acções de caridade das Conferências Episcopais da Europa, convocados pela Comissão Caritas in Veritate, do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), e pelo Pontifício Conselho Cor Unum, se reunirão em Trieste, nordeste da Itália, a convite do arcebispo local, dom Giampaolo Crepaldi, presidente da comissão, para reflectir sobre a actividade caritativa da Igreja e sobre o papel do bispo à luz do motu proprio Intimae Ecclesiae Natura, do papa Bento XVI (11/11/2012).

"Não é possível entender a caridade cristã sem levar em conta a sua estreita ligação com a fé em Cristo e com o dever de testemunhar, que flui a partir dele", dizem os bispos em seu comunicado. Como acontece com muitas organizações de beneficência, a actividade caritativa da Igreja é, no geral, amplamente aceita pela opinião pública. Mas a Igreja, diz o comunicado, "não é uma simples ONG. A preocupação com os necessitados não é mera filantropia nem proselitismo, nem é fruto de uma estratégia de comunicação ou de marketing: ela nasce primordialmente da fé".

Daí a necessidade de se convocar a reunião dos bispos e responsáveis pelas obras de caridade das Conferências Episcopais na Europa.

"A caridade da Igreja é expressão, necessidade e resposta à fé em Cristo, e não um setor separado da vida da comunidade eclesial, confiada a especialistas", diz dom Duarte da Cunha, secretário geral do CCEE. Ele continua: "A caridade que nasce da fé faz o homem participar do amor visceral com que Deus ama cada homem. Deus nos chama através dos pobres, dos esquecidos, das crianças, dos idosos e das famílias em necessidade. Este encontro tem o objectivo de destacar que o bispo, como mestre da fé, também é chamado a ser mestre da caridade. O desafio, em suma, é despertar no coração do homem que é tocado pela caridade eclesial aquelas perguntas sobre o porquê dessa atenção, perguntas que são também a base da evangelização entendida como testemunho de fé e de caridade, como o papa Francisco muitas vezes nos lembra".

Em Trieste, os relatórios serão confiados ao cardeal Robert Sarah, presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, ao cardeal Angelo Bagnasco, arcebispo de Génova e vice-presidente do CCEE, e a dom Giampietro Dal Toso, secretário do Pontifício Conselho Cor Unum.

A reunião prevê ainda as falas do prof. Helmuth Free, da Universidade de Munique, sobre as obrigações do serviço eclesial à caridade, e do prof. Heinrich Pompey, da Universidade de Olomouc, na República Checa, sobre a teologia da caridade no motu proprio Intimae Ecclesiae Natura.

Os trabalhos serão enriquecidos também pelo testemunho do director da Cáritas de Trieste, pe. Roberto Pasetti, e da leiga albanesa Miranda Mulgeci Kola. As conclusões da reunião serão apresentadas por dom Giampaolo Crepaldi.


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Lei de estabilidade na Itália: finalmente, a família é considerada pelo senado

Fórum das Associações Familiares aplaude a intervenção do ministro Saccomanni no senado italiano


Roma, 30 de Outubro de 2013


"Parece que, finalmente, as famílias também têm direito à cidadania na lei de estabilidade", declarou Francesco Belletti, presidente do Fórum das Associações Familiares da Itália. "Apreciamos muito as palavras, poucas, mas certamente desafiadoras, do ministro Saccomanni, que discursou ontem no senado a pedido dos parlamentares presentes, que abriram uma janela para as exigências mínimas feitas pelas famílias nos últimos dias".

O Fórum solicitava que o governo finalmente se manifestasse a propósito da família, aumentando, por exemplo, as deduções fiscais em vez de oferecer pequenas ajudas mensais em montantes inúteis. "O ministro da Economia parece ter recebido o pedido e levado em consideração a definição de descontos para as famílias numerosas. Ainda são generalidades, mas há um sinal mais claro".

"O caminho da lei ainda é longo", avalia o presidente do Fórum, "mas a família pelo menos se levantou diante das vontades do governo. Agora contamos com o compromisso das forças políticas para que ao menos essas medidas de bom senso tenham aplicação prática".


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Fátima: Exposição Ser, o segredo do Coração termina amanhã

Próxima exposição exporá o manuscrito da Terceira Parte do Segredo de Fátima. Empréstimo ao Santuário de Fátima foi autorizado em Junho pelo Papa Francisco


Fátima, 30 de Outubro de 2013


Encerra amanhã, 31 de Outubro, no Santuário de Fátima, a exposição temporária “Ser, o segredo do Coração”, patente  na zona da Reconciliação da Basílica da Santíssima Trindade e relativa ao 3.º ano da celebração do Centenário das Aparições de Fátima.

No mesmo local, daqui a um mês, a 30 de Novembro, no dia da jornada de abertura do novo ano pastoral, será inaugurada uma nova exposição. Intitular-se-á “Segredo e Revelação” e, de entre as peças de maior valor simbólico, exporá o manuscrito da Terceira Parte do Segredo de Fátima, trazido do Vaticano e nunca antes exposto ao público.

O anúncio é feito pelo director do Museu do Santuário de Fátima e comissário da exposição, Marco Daniel Duarte: “Entre o espólio que integrará os núcleos, estará o manuscrito da Terceira Parte do Segredo de Fátima, revelado em 13 de maio de 2000”.

“Considerando ser uma das peças fundamentais para o discurso museológico da exposição que tratará as três partes do Segredo de Fátima, o Santuário pediu à Santa Sé que ponderasse o seu empréstimo. O pedido, feito por D. António Marto, foi autorizado pelo Papa Francisco em 10 de Junho de 2013”, revela Marco Daniel Duarte.

O manuscrito pertence ao Arquivo Secreto da Congregação para a Doutrina da Fé, onde deu entrada em 4 de Abril de 1957. Em declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, Marco Daniel recorda que “o manuscrito saiu raríssimas vezes do Arquivo Secreto da Congregação para a Doutrina da Fé: a pedido do Papa João Paulo II, na sequência do atentado de que foi vítima em 13 de maio de 1981, e no ano 2000 quando o prefeito da Congregação, como emissário do Papa, veio a Coimbra junto de Lúcia para reconhecimento do manuscrito”.

A propósito desta mostra que em breve encerra portas, Marco Daniel Duarte destaca que de “entre as peças de maior valia simbólica, encontra-se a escultura do Imaculado Coração de Maria, concebida por José Ferreira Thedim segundo as indicações da vidente Lúcia, que pela primeira vez saiu do Carmelo de Santa Teresa de Coimbra para onde foi esculpida em 1948”.

Pela primeira vez, estão expostos os manuscritos originais das Memórias da Irmã Lúcia, abertos nos fólios referentes à aparição de Junho de 1917. Para quem por estes dias não tem possibilidade de se deslocar a Fátima, recorde-se que, desde o mês de Agosto, a exposição “Ser, o Segredo do Coração" pode ser visitada, a partir de qualquer parte do mundo e nas sete línguas oficiais do Santuário de Fátima, através da ligação à Internet, no endereço http://serosegredodocoracao.fatima.pt/.   

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Beja: D. António Vitalino quer mais apoio a grupos de escuteiros nas paróquias

Beja, 30 Out 2013 (Ecclesia) – D. António Vitalino, bispo de Beja, pretende as paróquias e os párocos da diocese apoiem mais o escutismo porque é um movimento com vitalidade, diferenciador na formação dos jovens e “na construção de uma sociedade mais fraterna”.

“O escutismo católico é um desses movimentos juvenis, com provas dadas e que pode marcar a diferença na construção de uma sociedade mais fraterna, participativa na construção do bem comum, amiga do ambiente e da família e com simpatia entre a juventude”, explicou D. António Vitalino na sua nota semanal recebida hoje pela Agência ECCLESIA.

“Também hoje precisamos apoiar estes movimentos, com princípios, valores verdadeiros e coerentes em ordem à realização plena da dignidade da pessoa humana em sociedade e pedagogia adequada ao crescimento das novas gerações”, desenvolveu o bispo de Beja.

O prelado questiona-se sobre as razões pelas quais existem paróquias que não aproveitam o escutismo como forma de “ajudar os jovens do seu meio” e recorda que mesmo sem sucesso “conta-se” que Salazar e o Estado Novo “quiseram inserir o escutismo católico na mocidade portuguesa” pelo seu “atractivo” mas encontrou a “resistência da hierarquia da Igreja portuguesa”.

“Podemos dizer que foi este movimento e a Acção Católica que protegeram a liberdade da nossa juventude”, acrescentou.

Segundo D. António Vitalino é necessário “formar boas chefias” para que o escutismo se “mantenha fiel aos seus princípios”.

“Aqui reside o segredo do seu bom funcionamento e a estratégia de um bom pároco e boa comunidade paroquial que aposta na força do dinamismo juvenil”, concluiu.

CB/LFS


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Angola: Profanada a Imagem de Nossa Senhora de Muxima

Recebida a notícia centenas de fiéis se reuniram diante do santuário para protestar


Roma, 29 de Outubro de 2013


“Uma acção perpetrada de maneira fria e covarde”. Assim Dom Joaquim Ferreira Lopes, Bispo de Viana, descreve a profanação do Santuário de Muxima, em Angola. Segundo Radio Ecclesia (emissora da Igreja angolana), no domingo 27 de outubro, 6 pessoas não identificadas vandalizaram e destruíram algumas imagens de Nossa Senhora veneradas no Santuário. “Felizmente, a imagem principal de Nossa Senhora de Muxima (uma imagem, ndr.) sofreu danos limitados, mas outras imagens são irrecuperáveis porque foram barbaramente destruídas”, afirmou o Bispo. O grave ato de vandalismo foi cometido no dia do encerramento do Ano da Fé em Angola.

Recebida a notícia centenas de fiéis se reuniram diante do santuário para protestar. Dom Lopes convidou todos a manter a calma, mas sublinhou que além de alguns danos materiais, as autoridades devem considerar “os danos menos visíveis, ou seja, os danos morais que afectam o coração das pessoas que provocam raiva na população, que se sente privada dos símbolos aos quais é muito devota”. As autoridades anunciaram uma investigação e o recurso a especialistas para consertar a imagem da Virgem.

Segundo notícias da imprensa, a polícia parou algumas pessoas pertencentes a confissão evangélica chamada “Igreja profética da Arca de Belém” e está avaliando a sua posição em relação ao ato de profanação.

Os bispos angolanos expressaram em várias ocasiões suas preocupações pelo aumento das seitas e pelo forte crescimento de imigrantes de religião muçulmana no país (veja Fides 18/11/2011). Uma preocupação manifestada no final de sua última Assembleia Plenária por Dom Manuel Imbamba Arcebispo de Saurimo e porta-voz da CEAST, que numa entrevista a Rádio Ecclesia afirmou que a Igreja Católica não pode impedir a entrada de algumas religiões no país, mas sublinhou que não se pode ignorar “as graves consequências” por causa da chegada de formas religiosas marcadas “pela intolerância, fundamentalismo, violência e perversão de sua própria cultura”.

Recordando que existem países que financiam a expansão do Islão para fins políticos, Dom Imbamba concluiu: "Devemos ficar atentos contra essas situações, olhando para as situações de violência na Nigéria, República Centro-Africana e Oriente Médio”.


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Costa Rica: congresso pela vida e pela família

Evento foi simultâneo à Jornada Mundial das Famílias celebrada em Roma


Roma, 29 de Outubro de 2013


O Primeiro Congresso Nacional pela Vida e pela Família foi celebrado na Costa Rica nos dias 26 e 27 de Outubro, na sede da Conferência Episcopal, em San José, com o apoio dos bispos do país através da Comissão Nacional para a Pastoral da Família e da Associação pela Vida.

Cerca de 360 pessoas participaram do evento, que aconteceu em paralelo à Jornada da Família presidida em Roma pelo papa Francisco, dentro da programação do Ano da Fé.

Os organizadores destacaram que a Costa Rica vive neste momento "constantes pressões externas contrárias ao direito à vida do ser humano em gestação, materializadas na injusta sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos a respeito da fecundação in vitro".

O lema do evento foi “É hora de agir!”, propondo “uma acção concreta contra as pressões que ameaçam o primeiro direito humano: o direito à vida”.

O ato, que contou com amplia participação e com a intervenção de especialistas pró-vida de toda a América Latina, faz parte de um projecto mais abrangente, proposto pela Comissão Nacional para a Pastoral da Família e pelo Departamento Família, Vida e Juventude, do CELAM, que inclui uma série de reuniões regionais e nacionais com o objectivo de “promover a família como casa e escola de comunhão e modelo de vida para a sociedade”.

Poucos dias antes do congresso, anónimos pintaram frases a favor do aborto em boa parte do exterior da sede da Conferência Episcopal da Costa Rica (CECR), na capital do país, San José, assim como a fachada do jornal El Eco Católico. Em comunicado, a CECR avaliou as pinturas como altamente ofensivas "para com a Igreja e para com a sua posição em favor do respeito pela vida humana desde o momento da concepção".


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Francisco convoca reunião no Vaticano sobre questões do Oriente Médio

O papa convidou os patriarcas e arcebispos das Igrejas Orientais "para elevar uma prece conjunta pelos cristãos dos países martirizados"


Roma, 29 de Outubro de 2013


O papa Francisco, os patriarcas e os arcebispos maiores das Igrejas Orientais se reunirão no dia 21 de Novembro, no Vaticano, para uma reunião de cúpula que abordará a situação da Síria, do Iraque e do Oriente Médio em geral.

A notícia foi publicada no jornal L’Osservatore Romano, que reproduziu as palavras do cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, em seu discurso na abertura do ano académico 2013-2014 do Pontifício Instituto Oriental.

A reunião, segundo o diário do Vaticano, será "uma ocasião para reflectir sobre as possibilidades reais de paz na Síria, na Terra Santa e no Oriente Médio, e para elevar uma prece conjunta pelos cristãos desses países martirizados". Uma reunião prévia tinha sido promovida em 2009 pelo papa emérito Bento XVI.

Durante o seu discurso, em 26 de outubro, Sandri ressaltou a solidariedade à Igreja caldeia para compartilhar as suas tribulações com uma oração unida. “Reavivamos assim, entre nós, essa comunhão com a Igreja de Roma”. O cardeal agradeceu “de todo o coração” ao papa Bento pela amizade paterna e pelas considerações profundas que sempre dedicou ao Oriente cristão, em particular às Igrejas Católicas Orientais.

Sandri recordou também que o papa Francisco quis que os chefes e padres das Igrejas Orientais o acompanhassem no dia 19 de Março no início do seu serviço petrino. Em seguida, o purpurado anunciou o próximo encontro para o dia 21 de Novembro, no Vaticano.

"Serão debatidas com o papa as condições dos cristãos orientais. A Síria e o Iraque, assim como o Egipto, a Terra Santa e as outras áreas da pátria mãe e da diáspora oriental estarão presentes no pensamento de toda a Igreja". Sandri ressaltou que a iniciativa é realizada no contexto da reunião plenária do dicastério.

A próxima sessão plenária será de 19 a 22 de Novembro no Palácio Apostólico do Vaticano e reunirá os patriarcas e arcebispos maiores e os cardeais membros da congregação. O primeiro assunto da pauta será a liturgia. Outro tema a ser abordado durante a plenária será a formação, entendida como voltada a todos os componentes do povo de Deus, e, portanto, cada vez mais aos leigos.

O tema geral da reunião é "As Igrejas Orientais Católicas, 50 anos após o Concílio Ecuménico Vaticano II". O encontro focará cinco temas: as novidades do Concílio Ecuménico Vaticano II sobre o Oriente católico; o desenvolvimento das ideias conciliares no magistério, em particular a Orientale Lumen, e na normativa sucessiva, à luz dos sínodos para o Oriente Médio e para a Nova Evangelização; a crescente sensibilidade na Igreja universal em favor dos católicos orientais e a recíproca interacção na missão eclesial; as relações entre a hierarquia oriental e a latina no serviço pastoral e, finalmente, os orientais em diáspora.


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Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

1º de Novembro: solenidade de todos os santos


Roma, 29 de Outubro de 2013


O título desta catequese vem do evangelho da próxima sexta-feira, 1º de Novembro, solenidade de todos os santos. As leituras do 30º domingo do tempo comum, com que abrimos a semana, fazem menção à justiça.

Deus não é apenas justo: é a própria justiça, porque dá a todo ser o que a sua natureza exige, como explica São Tomás de Aquino. Sendo não somente justo, mas também misericordioso, a sua misericórdia se manifesta no gesto de dar a cada ser mais do que a sua natureza exige e recompensar os justos acima dos seus méritos, além de castigar os maus com pena inferior à que merecem.

O número 1807 do Catecismo da Igreja Católica nos diz que a justiça é a virtude moral que consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido. Vemos todos os dias que a nossa justiça dista muito de se parecer com a de Deus, que não desdenha a súplica do órfão nem a da viúva que se desafoga em seu lamento (Ecl 35, 14-15). Sabemos de Deus, por boca do rei David, que, embora o justo sofra muitos males, ele é livrado de todos pelo Senhor; o Senhor cuida de todos os seus ossos e nem sequer um único se romperá. A maldade dá morte ao malvado e os que odeiam o justo serão castigados (cf. Sal 33, 20-22).

O evangelho de domingo passado nos falava de um juiz injusto que nem temia a Deus nem se importava com os homens (Lc 18, 2). Nosso Senhor apresenta a parábola do fariseu e do publicano a alguns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos e desprezavam os outros (Lc 18, 9-14). Em nossa experiência diária, tender a nos justificar com mentiras e desculpas falsas é próprio da mentalidade comum. Reconhecer em nós a responsabilidade, por acção ou por omissão, é a última coisa em que costuma pensar a média dos mortais. O uso da força e a realização da justiça com as próprias mãos, bem como o uso de instrumentos de morte, é próprio desta cultura que não procura a paz, mas a primazia do poder e da razão nos conflitos familiares ou internacionais.

Podemos nos perguntar: o que estou fazendo, eu, na minha vida, pelo triunfo da verdade que leva à justiça e da qual pode surgir a paz? O caminho que leva à verdadeira paz é o de sermos educados e educar os nossos jovens na exigência de justiça e de bondade, que está inscrita no coração de todos nós. Trata-se de uma estima verdadeira pelo homem, numa justiça real, amadurecendo a nossa vocação cristã. Se renunciarmos a essa tarefa urgente, ficaremos presos, como os outros, no ódio pelo inimigo, na violência que gera mais violência.

Somos chamados a exercer a caridade de verdade, amando os inimigos e rogando pelos que nos perseguem, aguardando com amor a manifestação do Senhor, para que ele, juiz justo, nos dê a coroa da justiça (2 Tim 4,8). Por isso é importante saber que é claro que no âmbito da lei ninguém é justificado, pois o justo só viverá pela fé (Gal 3, 11). Saibamos que seremos julgados tal como julgarmos e que a medida que usarmos será usada para nos medir (Cf. Mt 7, 2). Por isso, quem se acha seguro deve cuidar-se para não cair (I Cor 10, 12).

Jesus Cristo é a verdadeira resposta e a imagem ideal da exigência humana de justiça. É o Justo, a vítima de propiciação pelos nossos pecados; não só pelos nossos, mas pelos do mundo inteiro (1 Jo 2,1-2). O mesmo que afirmou “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados” (Mt 5, 6) também disse “Não vim chamar os justos, mas os pecadores, para que se convertam” (Lc 5, 32).


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Homofobia: pela liberdade de expressão contra qualquer tipo de discriminação

Comité da Manif Pour Tous na Itália: "Ninguém pode instrumentalizar a tragédia de Roma"


Roma, 29 de Outubro de 2013


A Manuf Pour Tous Itália se une ao luto da família e expressa as suas condolências aos pais de Simone, o jovem estudante que tirou a própria vida na noite passada, em Roma. "Esperamos que as instituições e as autoridades competentes esclareçam esta tragédia".

Simone, 21 anos, estudante de medicina, se atirou ontem à noite, por volta das 23h30, do décimo primeiro andar de seu prédio, na capital italiana. Na carta que levou consigo em seu voo de dezenas de metros rumo à morte, o jovem explicou as razões do seu gesto extremo e expressou a sua angústia e a sua acusação: "A Itália é um país livre, mas existem os homofóbicos. Quem tem essas atitudes deve prestar contas à sua consciência".

E prossegue: "Eu sou homossexual. Ninguém entende o meu drama e eu não sei como fazer a minha família aceitar", afirmou o rapaz, acrescentando: "Os homossexuais são mantidos fora de tudo. Mamãe, papai, peço desculpas, mas eu não posso mais viver. Não consigo seguir em frente. Não estou bem".

À luz deste acontecimento dramático, a Manif Pour Tous Itália reitera a sua firme condenação a "todo acto de humilhação, ridicularização e violência contra as pessoas com tendências homossexuais, lembrando que procura, em sua batalha antropológica, o respeito pela diversidade e não a discriminação".

Por isso, continua o comunicado, "vamos continuar a enfatizar a importância da liberdade de expressão e a defendê-la ainda mais fortemente nas ruas, na internet, nas redes sociais. É importante não instrumentalizar o que aconteceu. Depois dessa tragédia, e num momento tão delicado, qualquer um que gritar a favor de leis injustas e prejudiciais à liberdade de expressão só conseguirá esconder um problema e criar outro tão perigoso quanto".


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A necessidade de uma educação familiar para o uso e abuso dos meios de comunicação

Terminou ontem em Czestochowa, o workshop organizado pela revista católica "Niedzela", sobre os perigos presentes na media


Czestochowa, 29 de Outubro de 2013


Como a media pode influenciar os utilizadores? Como os meios de comunicação representam a realidade? Como as mensagens da media influenciar o comportamento de crianças e jovens? Diante deste fenómeno, é necessário educação sobre a media por parte das famílias? Estas perguntas, da actualidade, foram temas do workshop sobre os meios de comunicação realizado ontem, segunda-feira (28), na sede do jornal católico "Niedziela” em Czestochowa.

As oficinas dirigidas a pais, professores e catequistas, foram conduzidas por Małgorzata Więczkowska, educadora, especialista em media e autora do site www.edukacjamedialna.pl

Na abertura do evento, Don Ireneusz Skubis, editor-chefe do "Niedzela", destacou que "a família, cuja missão é educar e ensinar, está agora ameaçada pelos meios de comunicação que 'invadem' as relações familiares.”

A dra. Więczkowska apontou que os meios de comunicação " promovem uma cultura pop" e afectam todos os dias milhões de crianças e jovens que com estes "crescem e vivem”.

De acordo com a educadora, as crianças e os jovens recebem diariamente da mass media verdadeiras "ameaças espirituais", além de mensagens maliciosas sobre temas como sexualidade desviante, o mundo da magia, ocultismo, satanismo, e assim por diante.

"Muitas vezes - acrescentou - celebridades, artistas, cantores, utilizam e exibem publicamente símbolos satânicos ou pertencentes ao ocultismo por meio de gestos, objectos, roupas, mas também nas letras de suas canções, nos filmes, mesmo aqueles para crianças".

Więczkowska concluiu chamando a atenção para o processo de "cobertura da media sobre a vida familiar": "a maioria dos meios de comunicação já substituiu os pais na transmissão da cultura e do conhecimento do mundo para as crianças”. Neste contexto, é absolutamente necessário uma educação familiar para o uso e abuso dos meios de comunicação.


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Ter esperança significa ter uma âncora na margem do Além

Durante a homilia, em Santa Marta, Papa Francisco adverte contra as falsas certezas do "clericalismo" e das "nossas regras"


Roma, 29 de Outubro de 2013


Nada de clericalismo, comodismo e nem mesmo um optimismo genérico: a esperança cristã é algo maior. Durante a missa celebrada esta manhã em Santa Marta, Papa Francisco volta a mais um de seus pontos fortes. A esperança, explicou o Pontífice, é antes de tudo uma "ardente expectativa" em direcção à revelação do Filho de Deus.

Na trilha de São Paulo aprendemos que a esperança "nunca desilude", mas, ao mesmo tempo, não é "fácil de entender ", acrescentou o Papa. E continuamos a cair no equivoco de que esperança é sinónimo de optimismo.

Falar de esperança não significa simplesmente "olhar para as coisas com bom ânimo, e continuar em frente" ou ter uma "atitude positiva diante das coisas". A esperança é, antes de tudo, “a mais humilde das três virtudes, porque está escondida na vida". Enquanto a fé "vemos" e "sentimos" e a caridade "se faz”, a esperança é "uma virtude arriscada", mas "não é uma ilusão".

A esperança é, sobretudo, estar “na tensão” para a "revelação do Filho de Deus" e para "a alegria que enche a nossa boca com sorrisos". Os primeiros cristãos tomaram a âncora como um símbolo de esperança, "uma âncora na margem” além da vida.

E nós, cristãos, onde estamos ancorados? Podemos estar ancorados "na margem do oceano", ou num "lago artificial que nós construímos, com as nossas regras, os nossos comportamentos, os nossos horários, os nossos clericalismos, as nossas atitudes eclesiásticas e não eclesiais".

Para São Paulo, no entanto, o ícone de esperança é o nascimento. A vida é uma contínua expectativa e a esperança está na dinâmica de "dar a vida”. E, como a "primazia do Espírito" não se vê, o Espírito "trabalha" como o grão de mostarda do Evangelho, muito pequeno, mas "cheio de vida" e de "força" para crescer até se tornar uma árvore.

Papa Francisco destacou os critérios reais para a vida cristã: "Uma coisa é viver na esperança, porque na esperança somos salvos, e outra coisa é viver como bons cristãos, nada mais". Uma coisa é estar “ancorado na margem Além", outra coisa é permanecer "estacionado na lagoa artificial".

É importante, nesse sentido, olhar para o exemplo da Virgem Maria que, desde o momento da sua maternidade, muda de atitude, e canta um hino de louvor a Deus. A esperança, portanto, é também esta mudança de atitude: "somos nós, mas não somos nós; somos nós, olhando lá, ancorados lá".

O Santo Padre concluiu a homilia, dirigindo-se a um grupo de sacerdotes mexicanos, presentes na missa por ocasião do 25.º aniversário de sacerdócio, e exortou-os a pedir a Maria para que seus anos sejam “anos de esperança, de viver como sacerdotes da esperança","dando esperança".


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Hindus e cristãos juntos para fortalecer a família humana através da amizade

Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso envia saudações por ocasião das celebrações anuais da festa hindu: «deepavali»


Cidade do Vaticano, 28 de Outubro de 2013


Apresentamos a mensagem do Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso por ocasião das celebrações anuais da festa hindu: «deepavali».

Queridos amigos hindus,

1. Em espírito de amizade, o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso se alegra em lhes apresentar seus melhores votos e suas mais calorosas felicitações por ocasião do Diwali, que será comemorado em 3 de Novembro. Que Deus, fonte de toda luz e vida, ilumine a sua vida e torne mais intensa a sua alegria e a sua paz.

2. Neste mundo competitivo, onde cada vez mais tendências materialistas e individualistas têm efeitos negativos sobre as relações humanas e muitas vezes criam divisões nas famílias e na sociedade, gostaríamos de compartilhar com vocês os nossos pensamentos sobre como os cristãos e os hindus, com a amizade e a solidariedade, podem favorecer as relações humanas em benefício de toda a humanidade.

3. Os relacionamentos são fundamentais para a existência humana. A segurança e a paz nas comunidades locais, nacionais e internacionais são, em grande parte, determinadas pela qualidade da nossa interacção humana. A experiência mostra que, quanto mais aprofundamos as nossas relações, mais somos capazes de progredir na cooperação, na construção da paz e na verdadeira solidariedade e harmonia. Em suma, a capacidade de promover relações de respeito é a medida de autêntico progresso humano, e é essencial para promover a paz e o desenvolvimento integral.

4. Estas relações deveriam surgir naturalmente da nossa humanidade comum, porque as relações humanas são a essência da existência humana e da sua evolução, dando origem espontaneamente a um sentimento de solidariedade para com os outros. Para além das nossas diferenças étnicas, culturais, religiosas e ideológicas, todos pertencemos, de fato, à única família humana.

5. Infelizmente, o crescimento, na sociedade, do materialismo e do desprezo pelos valores espirituais e religiosos mais profundos é acompanhado por uma tendência perigosa de dar idêntico valor às coisas materiais e às relações humanas, reduzindo assim a pessoa humana de um "alguém" para um "algo" que pode ser anulado conforme o critério de cada um. As tendências individualistas, além disso, geram uma falsa sensação de segurança, favorecendo o que Sua Santidade, o papa Francisco, descreveu como "cultura da exclusão", "cultura do descarte" e "globalização da indiferença".

6. A promoção de uma "cultura de relacionamento" e de uma "cultura de solidariedade" é, portanto, um imperativo para todos os povos, que nos convida a incentivar relações baseadas na amizade e no respeito mútuo, em benefício de toda a família humana. Isso exige que a dignidade inerente da pessoa humana seja amplamente reconhecida e promovida. É claro que a amizade e a solidariedade estão intimamente ligadas. “A cultura da solidariedade consiste em ver no outro não um concorrente, nem um número, mas um irmão. E todos nós somos irmãos!” (papa Francisco, Visita à Comunidade de Varginha, Rio de Janeiro, 25 de Julho de 2013).

7. Em conclusão, queremos afirmar a nossa crença de que a cultura da solidariedade só pode ser alcançada como "resultado de um esforço concertado de todos em prol do bem comum" (papa Francisco, em reunião com governantes do Brasil, Rio de Janeiro, 27 de Julho de 2013). Apoiados pelos ensinamentos das nossas respectivas religiões e conscientes da importância de construir relações autênticas, nós podemos, tanto hindus quanto cristãos, agir individual e colectivamente, junto com todas as tradições religiosas e pessoas de boa vontade, para incentivar e fortalecer a família humana através da amizade e da solidariedade.

Desejamos a todos uma feliz celebração do Diwali!

Jean-Louis Cardinal Tauran
Presidente

P. Miguel Ángel Ayuso Guixot, M.C.C.J.
Secretário


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