Após décadas de comunismo e perseguição religiosa, a ordem pôde voltar a cuidar da imagem do Menino Jesus de Praga
Madrid, 07 de Junho de 2013
Expulsos por José II de Habsburgo em 1784, os carmelitas
tiveram que esperar até o fim do regime comunista para voltar à chamada
“cidade de ouro”, Praga, capital da República Checa. Foi apenas em 1993
que o governo checo devolveu aos religiosos o Santuário de Santa Maria
da Vitória, em que, há quase seis séculos, está guardada a imagem do
Menino Jesus de Praga.
Depois de decénios de comunismo e de perseguição religiosa, os
carmelitas encontraram o santuário em condições terríveis, conforme o
relato do pe. Anastasio Roggero à associação Ajuda à Igreja que Sofre.
Em 1993, o então arcebispo de Praga, cardeal Miroslav Vlk, confiou a ele
a igreja de Santa Maria da Vitória.
“Eu era provincial dos carmelitas na Ligúria [Itália]”, recorda o
religioso, “e, depois de trinta anos no Santuário do Menino Jesus de
Praga em Arenzano, não me passava pela cabeça custodiar a igreja em que
nasceu essa devoção que marcou toda a minha vida”.
O pe. Anastasio descreve o grave estado de degradação em que
encontrou o santuário. A cripta e outros recintos estavam reduzidos a
ruínas. Os altares e os bancos estavam inutilizáveis e um dos três sinos
tinha sido retirado para que o metal fosse usado na construção de
canhões de guerra. Milagrosamente, porém, a imagem do Menino Jesus de
Praga ainda estava lá, apesar dos muitos anos abandonada sobre um altar
lateral.
Hoje, mais de um milhão de pessoas do mundo inteiro vão todos os anos
ao Santuário de Santa Maria da Vitória para ver o “Jezulàtko”, o
“Pequeno Rei”, como é chamado afectuosamente o Menino Jesus de Praga no
idioma checo. “Vinte anos depois, registamos o constante crescimento
do número de fiéis que chegam de todos os continentes para rezar ao
Menino Jesus”.
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