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sábado, 8 de junho de 2013

Carmelitas descalços festejam 20 anos do seu retorno a Praga

Após décadas de comunismo e perseguição religiosa, a ordem pôde voltar a cuidar da imagem do Menino Jesus de Praga


Madrid, 07 de Junho de 2013


Expulsos por José II de Habsburgo em 1784, os carmelitas tiveram que esperar até o fim do regime comunista para voltar à chamada “cidade de ouro”, Praga, capital da República Checa. Foi apenas em 1993 que o governo checo devolveu aos religiosos o Santuário de Santa Maria da Vitória, em que, há quase seis séculos, está guardada a imagem do Menino Jesus de Praga.

Depois de decénios de comunismo e de perseguição religiosa, os carmelitas encontraram o santuário em condições terríveis, conforme o relato do pe. Anastasio Roggero à associação Ajuda à Igreja que Sofre. Em 1993, o então arcebispo de Praga, cardeal Miroslav Vlk, confiou a ele a igreja de Santa Maria da Vitória.

“Eu era provincial dos carmelitas na Ligúria [Itália]”, recorda o religioso, “e, depois de trinta anos no Santuário do Menino Jesus de Praga em Arenzano, não me passava pela cabeça custodiar a igreja em que nasceu essa devoção que marcou toda a minha vida”.

O pe. Anastasio descreve o grave estado de degradação em que encontrou o santuário. A cripta e outros recintos estavam reduzidos a ruínas. Os altares e os bancos estavam inutilizáveis e um dos três sinos tinha sido retirado para que o metal fosse usado na construção de canhões de guerra. Milagrosamente, porém, a imagem do Menino Jesus de Praga ainda estava lá, apesar dos muitos anos abandonada sobre um altar lateral.

Hoje, mais de um milhão de pessoas do mundo inteiro vão todos os anos ao Santuário de Santa Maria da Vitória para ver o “Jezulàtko”, o “Pequeno Rei”, como é chamado afectuosamente o Menino Jesus de Praga no idioma checo. “Vinte anos depois, registamos o constante crescimento do número de fiéis que chegam de todos os continentes para rezar ao Menino Jesus”.



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