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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bispo de Beja lembra emigrantes portugueses

Beja, 10 de Junho de 2013 (Ecclesia) – O bispo de Beja apelou hoje ao respeito pelos emigrantes e à valorização do país, numa mensagem a respeito do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

“A nossa Igreja, os nossos políticos e comunicadores devem estar atentos às comunidades portuguesas na diáspora e reaprender a falar de Portugal e da lusitanidade a partir delas”, escreve D. António Vitalino, na sua nota semanal, enviada à Agência ECCLESIA.

O prelado destaca a importância das comunidades espalhadas pelo mundo, que constituem mais de um terço dos portugueses na actualidade, para a “afirmação colectiva” do país.

“A auto-estima e a confiança são importantes na construção da nossa identidade, em qualquer lugar que nos encontremos”, sustenta o bispo de Beja.

“Olhando o reverso da medalha, concluo que a maledicência, a desconfiança, a falta de respeito pela dignidade das pessoas e das nossas instituições e o retraimento em círculos fechados de grupos e famílias, impedem a nossa afirmação na sociedade e no mundo, rompendo o processo de construção da nossa identidade e personalidade”, prossegue.

D. António Vitalino lamenta que em Portugal predominem “conversas de maldizer e destrutivas na rua e nos órgãos de comunicação social, até mesmo feitas por representantes eleitos pelos portugueses em órgãos políticos nacionais”.

“Nos dez anos que vivi entre emigrantes e em vários encontros em que tenho participado nos últimos tempos, sempre vi e ouvi afirmações de grande orgulho em ser português”, acrescenta.

O bispo de Beja convida a “descobrir e dar a conhecer a alma portuguesa”, não num sentido saudosista, mas para “valorizar o contributo do povo português na construção dum mundo mais coeso e fraterno, justo, pacífico e solidário”.

“Somos, na verdade, um povo em mobilidade, peregrino do mundo, com um forte contributo para a construção duma sociedade afirmativa e coesa, multicultural e com personalidade corporativa”, observa D. António Vitalino.

OC


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