Padre Giulio Michelini: “O Evangelho de Mateus é o Evangelho que mais valoriza a figura de Pedro”
(ZENIT- Roma, 8 Mar. 2017).- Prosseguem os Exercícios Espirituais do
Papa Francisco e de uns 70 membros da Curia Romana, de 5 a 10 de março,
este ano pregados pelo Padre franciscano Giulio Michelini, 53 anos,
milanês, docente do Instituto Teológico de Assis.
“O Evangelho de Mateus é o Evangelho da Igreja, isto é, aquele que
mais valoriza a figura de Pedro; não somente é o único Evangelho que
utiliza a palavra ‘ecclesia’ –Igreja– duas vezes, mas é o Evangelho que
mais fala de Pedro”, disse o franciscanto antes dos Exercícios
Espirituais.
Na manhã da terça-feira, fez a sua terceira meditação sobre o tema “O
pão e o vinho, o vinho e o sangue”. Um comentário da passagem do
referido Evangelho sobre a Última Ceia. Estar à mesma mesa significa
experimentar a beleza do estar juntos, do receber aquilo que foi
preparado por outros como um acto de amor.
Nessa noite Jesus atraiçoado por Judas, dá o seu corpo e o seu
sangue, a sua humanidade, a sua carne, porque era nessa carne que a
Divindade, a Palavra, se tinha tornado tal. Desta forma Jesus doa todo o
seu ser e não defende mais nada.
Por fim o Padre Michelini indicou: “Como é possível que nós cristãos,
que deveríamos encontrar a unidade precisamente em torno da Ceia,
reproduzimos as nossas divisões, as mesmas dinâmicas divisórias de
Corinto”.
E na questão do perdão dos pecados, pergunto-me se temos realmente
consciência de que Jesus, derramando o seus sangue disse e deu,
verdadeiramente com a própria vida e não apenas com palavras, o perdão
de Deus, conclui P. Michelini.
A meditação matutina desta quarta-feira foi sobre o drama do suicídio
de Judas, um dos Doze. Um evento escandaloso e desconcertante, que
porém o Evangelho não esconde. Um drama evidenciado também pelo
arrependimento de Judas que no Evangelho segundo São Mateus reconhece
ter pecado porque traiu sangue inocente.
E falando do suicídio de Judas, Pe. Michelini indicou os suicídios
assistidos e os suicídios de jovens. “Como podemos –disse– ajudar os
cristãos do nosso tempo a não perder a fé, a retomar consciência da
própria fé, aquela da qual se fala no Novo Testamento, a fé alegre,
totalizadora, a adesão à pessoa de Jesus, o que podemos fazer para que
não mais ocorram esses suicídios?”
Outra reflexão da meditação matutina tem sido sobre o que se pode
fazer por quem se encontra distante da fé. “É preciso sair à procura dos
pecadores”, disse.
in
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