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quinta-feira, 9 de março de 2017

Prosseguem os Exercícios Espirituais do Papa Francisco

Padre Giulio Michelini: “O Evangelho de Mateus é o Evangelho que mais valoriza a figura de Pedro”



(ZENIT- Roma, 8 Mar. 2017).- Prosseguem os Exercícios Espirituais do Papa Francisco e de uns 70 membros da Curia Romana, de 5 a 10 de março, este ano pregados pelo Padre franciscano Giulio Michelini, 53 anos, milanês, docente do Instituto Teológico de Assis.

“O Evangelho de Mateus é o Evangelho da Igreja, isto é, aquele que mais valoriza a figura de Pedro; não somente é o único Evangelho que utiliza a palavra ‘ecclesia’ –Igreja–  duas vezes, mas é o Evangelho que mais fala de Pedro”, disse o franciscanto antes dos Exercícios Espirituais.

Na manhã da terça-feira, fez a sua terceira meditação sobre o tema “O pão e o vinho, o vinho e o sangue”. Um comentário da passagem do referido Evangelho sobre a Última Ceia. Estar à mesma mesa significa experimentar a beleza do estar juntos, do receber aquilo que foi preparado por outros como um acto de amor.

Nessa noite Jesus atraiçoado por Judas, dá o seu corpo e o seu sangue, a sua humanidade, a sua carne, porque era nessa carne que a Divindade, a Palavra, se tinha tornado tal. Desta forma Jesus doa todo o seu ser e não defende mais nada.

Por fim o Padre Michelini indicou: “Como é possível que nós cristãos, que deveríamos encontrar a unidade precisamente em torno da Ceia, reproduzimos as nossas divisões, as mesmas dinâmicas divisórias de Corinto”.

E na questão do perdão dos pecados, pergunto-me se temos realmente consciência  de que Jesus, derramando o seus sangue disse e deu, verdadeiramente com a própria vida e não apenas com palavras, o perdão de Deus, conclui P. Michelini.

A meditação matutina desta quarta-feira foi sobre o drama do suicídio de Judas, um dos Doze. Um evento escandaloso e desconcertante, que porém o Evangelho não esconde. Um drama evidenciado também pelo arrependimento de Judas que no Evangelho segundo São Mateus reconhece ter pecado porque traiu sangue inocente.

E falando do suicídio de Judas, Pe. Michelini indicou os suicídios assistidos e os suicídios de jovens. “Como podemos –disse– ajudar os cristãos do nosso tempo a não perder a fé, a retomar consciência da própria fé, aquela da qual se fala no Novo Testamento, a fé alegre, totalizadora, a adesão à pessoa de Jesus, o que podemos fazer para que não mais ocorram esses suicídios?”

Outra reflexão da meditação matutina tem sido sobre o que se pode fazer por quem se encontra distante da fé. “É preciso sair à procura dos pecadores”, disse.

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