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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Dom e caminho

Bom dia!

No dia de Todos os Santos, o dia feriado, o Papa Francisco disse, em menos de uma página, o que é a santidade e como ser santo. Foi na oração do ângelus, onde falou de duas caraterísticas da santidade: dom e caminho:

“A santidade é um dom de Deus que recebemos no Batismo: se o deixarmos crescer, pode mudar completamente nossa vida”.

“A santidade é também um caminho, um caminho a ser feito juntos, ajudando uns aos outros, unidos àqueles ótimos companheiros que são os Santos”.

Depois, e a partir de uma expressão que lhe é cara, referiu-se aos “santos da porta ao lado”, para reafirmar que os santos “não são heróis inalcançáveis ou distantes, mas pessoas como nós, nossos amigos, cujo ponto de partida é o mesmo dom que recebemos”.

É assim que faço memória de quem já partiu, dos amigos e familiares falecidos: são santos da mesma casa ou da porta ao lado que já fizeram o seu caminho. E ajudam, agora, nas caminhadas em curso! Lembranças que se tornam particularmente presentes nestes dias e que são, antes de mais, alegria pela vida que se vive ou já se viveu com os “nossos”.

A este propósito, vale a pena ler o artigo de opinião da Diocese de Bragança-Miranda, do padre João Carlos Rodrigues, que pertence à Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição. Um texto onde explica esta sua afirmação: “A expressão ‘eterna saudade’ é um ilogismo que deveria traduzir-se propriamente como saudade do Eterno, ou seja, desejo de Deus”.

Mas a morte continua a acontecer por causa da guerra. “Não vamos esquecer a martirizada Ucrânia, não vamos esquecer a Palestina, não vamos esquecer tantas outras regiões onde a guerra ainda é muito forte”, pediu o Papa.

É nesse esforço de não esquecimento que hoje falamos com a presidente da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, no programa Ecclesia (15h00, RTP2), uma organização que tem estado em ligação o povo que sofre por causa da guerra na Terra Santa.

Nestes dias, continuamos a partilhar consigo testemunhos de quem participou no Sínodo. O cardeal Joseph Coutts, arcebispo emérito de Karachi, no Paquistão, deseja que o ambiente sinodal continue, até outubro de 2024, em cada país.

Neste dia 2 de novembro, o Papa Francisco vai celebrar uma Missa por todos os Fiéis Defuntos no ‘Rome War Cemetery’, um cemitério que foi inaugurado em Roma, em 1944, após a vitória militar dos Aliados na Itália na II Grande Guerra, tendo recebido o corpo de soldados e aviadores que morreram como prisioneiros de guerra.

Que este seja uma dia de memória agradecida pelos santos que já partiram!

Paulo Rocha

 


www.agencia.ecclesia.pt

      



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