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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Acender uma vela (e o ‘ponto de luz’ que ela irradia)

A Cáritas Portuguesa lançou a campanha solidária ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’, pelo 21º ano consecutivo, no dia em que a Igreja assinalou o Dia Mundial dos Pobres 2023, e realizou uma marcha pública, em Beja.

“Esta campanha não pretende ser uma campanha de venda de velas, pretende ser uma campanha que alerta para os valores da paz e nos convoca para agir nesse sentido”, disse a presidente da Cáritas Portuguesa, no lançamento da campanha solidária, que quer apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade em Portugal.

Rita Valadas salientou que o objetivo não pretende “fortalecer a transparência das pessoas com vulnerabilidade” mas reforçar a sua existência, e que “todos juntos” possam “fazer a diferença na vida destas pessoas”: “Muitas estrelas podem significar o apoio a muita gente”.

O Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência (SPPD) promoveu um encontro para analisar o “papel dos serviços pastorais” deste setor nas dioceses e nos movimentos e afirmar a necessidade de um “compromisso coletivo” pela integração de todos.

Para este serviço da Conferência Episcopal Portuguesa, a atenção à deficiência tem de se traduzir numa “Igreja atenta à realidade”, capaz de cuidar de todos porque “todos a ela pertencem”.

O Papa Francisco assinalou ontem o Dia Internacional dos Direitos das Crianças, com uma publicação na rede social X onde afirma que “nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”.

“Quantas crianças são privadas do direito fundamental à vida e à integridade física e mental por causa de conflitos? Quantas crianças são forçadas a participar ou testemunhar combates e a ter que carregar suas cicatrizes?”, pergunta o Papa, na sua conta ‘Pontifex_pt’, na antiga rede social Twitter.

“Nenhuma guerra vale as lágrimas das crianças”.

Termino estas palavras com uma nota pessoal: assiduamente as pessoas com quem tenho o privilégio de conversar no podcast «Alarga a tua tenda» - em conversas distendidas, que cruzam vivências, olhares e sonhos - trazem sons que marcam momentos dos seus percursos. Perdi a conta às vezes que escutámos «Ponto de Luz», «Eu sei» e na semana passada «Coisas bunitas».

As composições de Sara Tavares são marco na vida de tantos: em momentos tristes e cheios de esperança, povoam tempos de dúvida e de entrega, de procura, de incerteza, mas também de conforto quando se encontra alguém que canta o que sentimos e o torna, com voz doce, património comum.

Obrigada por tanto!

«Se a tristeza é mais profunda que a dor
Se este dia já não tem sabor
E no pensar que tudo isto já pensei
Eu sei
Se eu beber dessa luz que apaga
A noite em mim
E se um dia eu disser
Que já não quero estar aqui
Só Deus sabe o que será
Só Deus sabe o que virá
Não há outro que conhece
Tudo o que acontece em mim»

Lígia Silveira

 


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