Há quem pense que as guerras mundiais são algo do passado. Contudo, basta ouvir o Papa Francisco que nos adverte da existência de uma terceira guerra estimulada pela ganância e outros interesses espúrios, permitida por uma certa indiferença caínita, ou seja, à semelhança de Caim relativamente a Abel.
Por outro
lado, observamos a instabilidade crescente em várias regiões do globo. A última
das quais no Afeganistão, os EUA deixaram de ver interesse em estar lá e saíram
deixando aqueles que outrora os ajudaram à mercê da sua sorte. O filósofo Jordi
Pigem afirma de um modo alegórico: “o
titanic está afundar-se e nós estamos a caçar Pokémon no convés.”
É neste
contexto que está a desenvolver-se velozmente a ideologia do transumanismo, com
epicentro na Califórnia, através da Universidade Singularity promovida pelo Google,
a NASA e outras corporações tecnológicas que mantêm a promessa de um
futuro até à singularidade, termo dado por Ray Kurzweil. Segundo os
transhumanistas, a humanidade poderá alcançar uma era de superbemestar, superlongevidade
e superinteligência, a partir das tecnologias exponenciais NBIC (Nano, Bio,
Info, Cogno).
Estas
biotecnologias permitiriam a um grupo reduzido da população abandonar a
condição natural humana caracterizada por fragilidade, vulnerabilidade e
mortalidade, para alcançar uma nova etapa designada por pós-humanista.
Estejamos
atentos a esta nova concepção do humanismo já que nela está contida a chamada
Nova Ordem Mundial em que os cidadãos de forma obrigatória ou livre conectarão
a sua mente a uma superinteligência artificial podendo desembocar tanto numa
neocracia democrática, mas também num ciber totalitarismo atroz, se
estruturamos essa Superinteligência em forma de organismo único global. Seria a
tal elite que nos referimos há pouco, a pretender formar parte do novo Homo-Deus.
A questão
que podemos colocar é se esta elite vê a necessidade de gerar a destruição e o
caos, para destruir a velha ordem e construir a nova ordem mundial por eles
preconizada.
Segundo Alberto Cortina, é necessário que os defensores, como nós, de uma civilização democrática, baseado num humanismo integrado e avançado, garante da liberdade e dignidade da pessoa humana, estejamos numa atitude de alerta.
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