Na véspera dos 41 anos do SNS
Costa inaugura Faculdade de Medicina da Católica e diz que são precisos mais médicos
O primeiro-ministro, António Costa, inaugurou na tarde desta terça-feira, 14, a Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa (FM/UCP), dizendo que são precisos mais médicos e saudando a nova escola num ano em que “as ciências da saúde” foram de capital importância.
“Esta faculdade abre num ano particularmente importante, onde nunca se pensou que as ciências da saúde e o ensino da medicina fossem tão bem compreendidas como necessidade de todos os portugueses”, disse António Costa, citado pela Ecclesia, precisamente na véspera de se completarem 41 anos sobre a institucionalização do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O primeiro-ministro afirmou ainda que Portugal regista um “progresso” na formação de médicos: em 1995, havia 409 diplomados em medicina, em 2020 passaram a 1700. Esse esforço “não pode parar e deve impor maior exigência”, sublinhou, dizendo que a sociedade precisa “de mais médicos e há jovens que desejam formar-se em medicina”. E tal “esforço não tem de ser exclusivo do Estado, devendo ser partilhado por instituições de outra natureza”.
Costa acrescentou que não ficou surpreendido por ser a Universidade Católica Portuguesa a primeira universidade não-pública a criar um curso de medicina. “Quero dar-lhe os meus parabéns pelo sucesso”, afirmou, referindo ainda a questão burocrática que atrasou o processo: “Este momento, em que se chegou ao fim, não é de guerra mas de paz. Contudo, deve ser um momento de não se esquecer as lições aprendidas, porque numa universidade não se aprendem só as lições quando se inicia o seu funcionamento. Aprendem-se também as lições do que se consumiu até termos chegado a este dia.”
O cardeal-patriarca D. Manuel Clemente, magno chanceler da UCP, referiu, no discurso com que abriu a cerimónia, que teve transmissão em vídeo, que a nova FM representa um regresso da UCP à colaboração entre “a iniciativa da Igreja e o reconhecimento do Estado”, que já esteve presente na criação da UCP, há mais de 50 anos, “quer pela persistência multissecular do ideal universitário, quer pelas vontades que se juntam ao serviço do bem comum”.
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