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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

O Halloween e o Dia de Todos os Santos

Em Portugal e de um modo geral no ocidente, o Halloween tem tomado uma dimensão assustadora, as próprias escolas muitas vezes são as primeiras a consentir tal comemoração. A maioria daqueles que comemoram este dia desconhece, contudo, o seu significado e a mensagem que ele pretende transmitir e, por isso, lamentavelmente, observamos muitos católicos a participarem em tais rituais.

Como lembrou a arquidiocese do México em 2007, acidigital.com, “ (…)( O Halloween)  rende honra a uma cultura da morte, que é produto de uma mescla de costumes pagãos” e tal festividade identifica – se por vezes, com grupos neopagãos, celebrações satânicas e ocultistas. Durante esta festa realizam-se missas negras, cultos esotéricos e outras reuniões relacionadas com o mal e o ocultismo.

Estas comemorações vieram dos antigos celtas que acreditavam no aparecimento das bruxas, consideradas mulheres que tinham vida sexual com demónios e que faziam muito mal às pessoas, ao gado etc. Estas crenças são opostas à Fé Cristã. A gritaria e alarde que se faz em torno deste dia pelos meios de comunicação social contrasta com o seu silêncio no dia seguinte, dia de todos os santos. Cabe a nós, católicos, estarmos atentos e não nos deixarmos enredar por este tipo de manobras enganadoras e gastarmos algum tempo a reflectir no porquê de cada comemoração e qual a sua mensagem e não sermos arrastados por meia dúzia de pensadores que muitas vezes defendem ideias, como neste caso, que desagradam profundamente a Deus.

No sentido oposto ao de 31 de Outubro, vem a comemoração de 1 de novembro, Dia de todos os Santos. Neste dia relembramos muitos homens e mulheres que tiveram uma vida semelhante à nossa e que, dóceis às moções do Espírito Santo, foram moldando a sua vontade de modo a que esta e a Vontade Divina fossem uma só. Tiveram avanços e recuos, mas lutaram até ao fim, fazendo da sua vida, uma corrida tendo sempre em vista o prémio, como anima S. Paulo nas suas epístolas. Não fizeram nada de chamativo, nada de especial, mas, as suas vidas não foram estéreis deixaram rasto, apagaram “com a sua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. - E incendiaram todos os caminhos da terra com o fogo de Cristo que levavam no coração” como anima S. Josemaria no primeiro ponto de Caminho. Estes homens e estas mulheres é que merecem o nosso tributo e a nossa reflexão pois temos de um dia ser um deles porque Jesus disse “Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é prefeito”, Mt 5,38-48. Assim, não nos deixemos enganar por fábulas.

Maria Guimarães



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