Quando uma amiga me explicou o que é a ideologia do género eu nem
queria acreditar, mas fui investigar e, na verdade, é mesmo algo de muito
estranho, bizarro e anti-natural.
Não tem nada a ver com igualdade entre sexos, com a dignidade da
mulher e com esse género de questões nobres e muito menos com a pretensa ideia
de que as mulheres devem ser tratadas de forma igual em direitos e deveres.
Partindo duma frase que alguns consideram célebre, vá-se lá saber
porquê, da autoria de Simone de Bouvoir - “ uma mulher não nasce mulher,
torna-se mulher” os defensores desta ideologia consideram que somos homens ou
mulheres, não com base na dimensão biológica em que nascemos, mas que nos
tornamos homens ou mulheres de acordo com a sociedade, os comportamentos, a
cultura e a socialização. Logo a diferença de sexos para estes iluminados, está
na base da “opressão” que a sociedade impõe à mulher, com as características femininas,
com a maternidade e com toda uma série de invenções que muito ao estilo
marxista–leninista, defendem e impõem taxativamente.
Caro leitor, não estou a delirar e muito menos a exagerar, basta
ter o cuidado de ver o que se está a ensinar nas nossas escolas, o que nos é
directa e indirectamente sugerido nas telenovelas, em alguns filmes e muitos
programas televisivos, todos dependentes e ao serviço desta ideologia do
“estado, salvo seja, do bloco que domina a geringonça” e dos acólitos que lhe
dizem ámen, pois as pressões são muitas e, sempre, sub-repticiamente manobradas
ao modo do totalitarismo que defendem e veneram.
Como exemplo temos os casamentos gay, a mudança de sexo, a adopção
de crianças por pares homossexuais, a orientação dos manuais escolares,
nomeadamente na educação sexual, onde estas ideias são apresentadas como um
dado científico consensual e indiscutível.
A seguir vem a lavagem ao cérebro, com as modernices nas palavras.
Já não se fala em igualdade entre homem e mulher, mas em igualdade de género;
já não se fala em maternidade e paternidade, mas em parentalidade; já não se
fala em famílias, mas em família de preferência alargada, onde cabe tudo o que
não é monogâmico, mas sim redefinido pelas estratégias da ideologia do género.
E com estas palavras e manobras vão desconstruindo a antropologia humana, para
a reconstruir ou destruir ao sabor duma guerra de sexos, de classes, onde só
veem a utopia das suas manobras e intenções de acabar com tudo o que lhes se apresente
como processo natural de família, de casamento com consequente reprodução, de educação
dos filhos com amor, de valores, afecto e carinho.
E que fique bem claro não sou homofóbico, nem machista, nem
antiquado ou outros rótulos que muito democraticamente esses jovens rebeldes
ousam apelidar a quem tem o bom senso de deixar de ser light, chamando as
coisas pelos nomes. E já agora, sem dúvidas nem problemas, eu e a minha esposa
nascemos com sexo, os meus filhos e netos, graças a Deus também, pelo menos foi
o que as parteiras ou médicos disseram logo que eles saíram cá para fora, mas
somos do género de que não se conforma com tanta maquiavélica ideologia, com
tanta distorção intencional acerca de coisas tão banais e sérias como a espécie
humana, criada à imagem e semelhança de Deus. O que estes jovens turcos não
sabem nem querem saber, por isso eu acho que eles também merecem a nossa
compaixão, porque se julgam super-homens filhos de um deus menor ou dum piteco
qualquer oriundo de estepes gélidas, pobrezinhos que de olhar tão esgazeado e
frenético não têm culpa. Ou terão? Mas nós não teremos desculpa se nos
deixarmos levar por estas loucuras e a história também não nos irá absolver.
Família e matrimónio, o último ataque satânico do século, Nossa
Senhora de Fátima alertou nas Aparições, mas também disse que por fim o Seu
Imaculado Coração triunfará, se os homens rezarem o Terço e fizerem penitência.
Emanuel
do Carmo Oliveira
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