Jovem casal experimenta a oração e a missão: apesar das dificuldades, decidem confiar na Divina Providência, casar-se e abrir-se à vida
Roma, 31 de Maio de 2013
Na Vigília de Pentecostes de 18 de Maio de 2013, antes do
encontro do papa Francisco com os movimentos, novas comunidades,
associações e grupos de leigos em peregrinação ao túmulo do Apóstolo
Pedro, foram apresentados vários testemunhos.
Relatamos a seguir o depoimento de Francesco Del Prete e Miriam
Lanzani, do Caminho Neocatecumenal. Francesco e Miriam estão casados
há um ano e meio. Muito comprometidos com a nova evangelização, eles
começaram rezando o terço diário e acabaram partindo em missão para a
Holanda. Um caminho de conversão, em que se confiaram completamente à
Divina Misericórdia.
***
Meu nome é Francesco, tenho 31 anos. Sou casado com a Miriam. Temos
uma menina. Eu sou o segundo de seis filhos e um dos meus irmãos tem
Síndrome de Down. A minha esposa é a segunda de dez. Em 2006, o nosso
iniciador convidou os jovens da comunidade de Roma para um encontro.
Depois de anunciar o Kerygma e ler a passagem de São Paulo, ele
descreveu a situação no norte da Europa: a difusão do ateísmo, a
rejeição das raízes cristãs, a degradação social.
Bento XVI convidou algumas famílias da nossa realidade a partir em
missão com um padre e um seminarista, para construir uma pequena
comunidade numa igreja onde pudéssemos celebrar, rezar e evangelizar.
Quando perguntaram se alguém gostaria de rezar o terço todos os dias
durante um ano, de joelhos diante do Santíssimo Sacramento, mais de 500
jovens se ofereceram. Eu nunca teria imaginado as muitíssimas graças que
Nosso Senhor e a Virgem Maria tinham preparado para esta nossa
disponibilidade. A minha vida mudou: todos os dias, eu ia procurar uma
igreja, interrompendo a preparação da minha tese; mais de uma vez,
inclusive, estando na rua.
Mas isso me deu uma profunda intimidade com a Eucaristia. Eu
encontrei nela uma doce companhia. Depois de dois anos, eles nos
enviaram para conhecer as pessoas por quem nós rezávamos. Fomos
divididos em grupos para o sorteio. Coube a nós a Misso ad Gentes de Amesterdão e de Almère, na Holanda. Aquelas famílias oravam pelas ruas fazia anos.
Criou-se ali uma profunda comunhão. O sacerdote em missão nos apoiava
na evangelização. Armados com violões, címbalos e tambores, nós
fazíamos procissão, na cidade, atrás da cruz e da imagem de Maria. Numa
praça, começamos a anunciar o Evangelho para um país descristianizado,
onde não se pode perturbar a ordem pública. E as pessoas se sentiam
atraídas por tanta alegria.
Para mim e para a Miriam, o terço mudou a nossa vida. Abriu o nosso
coração, nos fez sair de nós mesmos e amar o outro, e nos presenteou com
um namoro cristão. Tivemos a graça de nos confiar à providência,
casando no meio de um período de grandes incertezas, mas abertos à vida.
Tivemos uma filha que chamamos de Maria.
in
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