O testemunho de J.D. Mullane
Mike Huckabee entrevistou para a Fox News um repórter com 26 anos de experiência em tribunais, e que confessa que é «o pior» que viveu.
Actualizado 12 de Maio de 2013
C.L. / ReL
Apesar do escandaloso silêncio dos grandes medias, o establishment pró-aborto não pode evitar que se siga o julgamento contra o doutor Kermit Gosnell, proprietário de uma clínica onde se assassinou mais de uma centena de bebés nascidos vivos do aborto. Depois de agonias de inclusive vinte minutos, cortava-se-lhes a médula espinal com umas tesouras.
No início nenhuma media relevante cobria o caso, e os bancos destinados à imprensa (apesar de tratar-se de um dos maiores assassinos da história dos Estados Unidos) estavam vazios, como mostram as imagens do vídeo que apresentamos abaixo.
Mas um dos que estiveram desde o princípio é um jornalista local, J.D. Mullane, repórter do Bucks County Courier Times. O ex-aspirante à nomeação republicana Mike Huckabee entrevistou-o para a Fox News - que sim está respondendo a esse elementar dever de ética profissional -, e serviu para perceber até que ponto escutar o que sucedia nesse abortório de Filadélfia está mudando a mentalidade sobre o aborto de muitos dos assistentes.
"Não podes escutar sem mudar"
"O caso do doutor Gosnell fez cair a cortina sobre a violência inerente ao aborto. Não te podes sentar semana após semana, dia após dia, nesse tribunal e escutar o que faz o aborto aos não nascidos, às crianças e às mulheres (Gosnell também está acusado pela morte de uma delas), escutar todos esses testemunhos, e não mudar, não mudar o teu coração, ou pelo menos não reconsiderar seriamente a tua postura", confessa Mullane.
"Levo 26 anos neste trabalho [cobrindo tribunais e eventos] e isto é o pior, e a muitos níveis", acrescenta: "Não só pelo que o doutor Gosnell fazia, mas sim pela indiferença das autoridades sanitárias, que durante dezassete anos jamais inspeccionaram nenhuma das 22 clínicas do estado onde se praticam abortos".
"Tratou-se de uma decisão política", explica o jornalista, e põe nome e apelidos a quem a tomou "deliberadamente para facilitar às mulheres o aborto na Pensilvânia": Tom Ridge, governador do estado em 1995, republicano pró-aborto.
Mullane não é o único que mudou com este julgamento: "Junto a mim senta-se um jornalista que escreve para outro periódico local. Disse-me que ele é muito progressista, muito partidário do aborto, mas que depois de escutar os testemunhos do julgamento Gosnell, está reconsiderando-o. Mudou de opinião".
Porquê? Mullane dá com a chave: "Esta é a força do julgamento Gosnell. Durante quarenta anos [referência à sentença Roe vs Wade que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973], o aborto neste país marginalizou-se na opinião pública. Mas este é um tribunal, e os testemunhos que se prestam debaixo juramento e as provas que se apresentam são reais. É um caso fundamental. O testemunho de uma só testemunha tem muito mais peso que todos os editoriais a favor do aborto que apareceram no The New York Times".
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