Coragem,
abertura, encontro, escuta, peregrinação, perdão, sinal - a 33ª viagem
apostólica fora da Itália do Papa Francisco, vai levar tudo isto e muito mais
na bagagem. Mais preocupado com as pessoas do que com os números ou os perigos de um país que tem cerca de 600 mil cristãos, a primeira viagem do Papa desde o início da pandemia acontece a convite da República do Iraque e da Igreja Católica local. “Desejo muito encontrar-me com
todos vós, visitar a vossa terra, antigo e extraordinário berço da
civilização. Vou como peregrino, como peregrino penitente, para implorar
perdão e reconciliação do Senhor depois de anos de guerra e terrorismo, para
pedir a Deus consolo para os corações e cura para as feridas”, refere
Francisco, numa intervenção divulgada pelo Vaticano. A mensagem retoma o tema da viagem,
‘Sois todos irmãos’, uma passagem do Evangelho segundo São Mateus (Mt 23,8). “Vou como peregrino da paz em
busca de fraternidade, animado pelo desejo de rezar juntos e caminhar juntos,
também com irmãos e irmãs de outras tradições religiosas, unidos pelo pai
Abraão, que reúne numa só família muçulmanos, judeus e cristãos”, acrescentou
sobre a viagem que realiza a Bagdade, Najaf, a planície de Ur – ligada à
memória de Abraão -, Erbil, Mossul e Qaraqosh, na planície de Nínive. A jornalista Aura Miguel,
vaticanista da Rádio Renascença, afirmou
que a visita do Papa ao Iraque, que se inicia esta sexta-feira, é a “viagem
mais importante deste pontificado”. “Francisco vai cumprir um grande
sonho dos Papas, em geral, que começou por São João Paulo II – na altura, foi
muito incompreendido, quando desejou ir à terra de Abraão. E Abraão é o pai
das três religiões monoteístas, dos judeus, dos cristãos e dos muçulmanos”,
referiu a especialista, em entrevista à Agência ECCLESIA. Francisco vai iniciar esta
sexta-feira a primeira viagem de sempre de um Papa ao Iraque, onde o
Cristianismo está presente
desde o século I, apesar das guerras, terrorismo e discriminação legal. A Agência Ecclesia vai acompanhar
a visita histórica dando conta dos principais momentos, dos discursos e
sinais que vão pautar esta deslocação, entre hoje e o dia 8. No assinalar dos 20 anos da
tragédia da queda da ponte de Entre-os-rios, assinalamos a memória dos que
partiram e também a luta para fazer o luto dos que perderam familiares e
amigos. “Cumprem-se hoje 20 anos da queda
da ponte de Entre-os-Rios que causou a morte a 59 pessoas do simpático
Concelho de Castelo de Paiva. Uno-me a quantos nunca esqueceram a tragédia e
ofereço a Missa de hoje pelos que lá morreram e pelo conforto espiritual das
suas famílias”, escreveu
D. Manuel Linda, na sua conta do Twitter. O padre José Ribeiro Mota, pároco
de Raiva, Castelo de Paiva, na data da queda da ponte de Entre-os-Rios, disse
que as “feridas causadas” pela tragédia de 2001 ainda “não desapareceram” na
vida da população. “As pessoas estão emocionadas,
mas os seus rostos transmitem esperança e fé”, realçou o sacerdote da Diocese
do Porto, que esta manhã concelebrou a Eucaristia no 20.º aniversário da
queda da Ponte Hintze Ribeiro, que vitimou 59 pessoas. O padre Tiago Filipe Santos,
atual pároco, afirmou que o tempo tem uma força “mitigadora na dor”, todavia
os momentos da tragédia estão “muito vivos na comunidade”. A terminar, lembro a irmã Maria Domingos, dominicana no
Mosteiro do Lumiar, e cuja memória é evocada nas última edição das «Memórias
que contam». Foi um privilégio conhecê-la, partilhar aquele espaço,
conhecer aquela Igreja feita de muitas moradas, muitos rostos com dúvidas,
hesitações, mas que ali encontraram sempre casa. É com saudade e atitude
agradecida que a recordo. Na página da Agência Ecclesia
encontra mais informação atualizada sobre a vida da Igreja em Portugal e no
mundo. Encontramo-nos lá? Tenha um excelente dia! |
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