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terça-feira, 16 de março de 2021

Eutanásia chumbada pelo Tribunal Constitucional

O Tribunal Constitucional pronunciou-se e afirmou que a lei aprovada em Parlamento para legalizar a eutanásia em Portugal é ilegal.

A decisão, tomada por maioria, fundamenta-se na “violação do princípio de determinabilidade da lei” e na “insuficiente densidade normativa” da proposta apresentada pela Assembleia da República.

No dia 18 de fevereiro, o presidente da República decidiu submeter a fiscalização preventiva de constitucionalidade o decreto sobre a despenalização da eutanásia, considerando que “recorre a conceitos excessivamente indeterminados, na definição dos requisitos de permissão da despenalização da morte medicamente assistida, e consagra a delegação, pela Assembleia da República, de matéria que lhe competia densificar”.

De acordo com o requerimento enviado pelo presidente da República ao Tribunal Constitucional, está em causa a “amplitude da liberdade de limitação do direito à vida, interpretado de acordo com o principio da dignidade da pessoa humana”.

No dia 29 de janeiro, o Parlamento português aprovou, em votação final global, o diploma que legaliza a prática da eutanásia.

A nova lei teve 78 votos contra – do CDS-PP, PCP, Chega, PSD e nove deputados do PS; quatro abstenções (2 do PS e 2 do PSD); 136 votos a favor de PS, BE, PAN, PEV, Iniciativa Liberal, duas deputadas não-inscritas e 14 deputados do PSD.

A Federação Portuguesa pela Vida saudou a decisão: “Esta decisão vem ao encontro da posição manifestada por grande parte da sociedade, assim como responde às críticas feitas a este documento por todas as entidades ouvidas pela Assembleia da República, das quais se destaca o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, os Conselhos Superiores da Magistratura e do Ministério Público e, as Ordens dos Médicos, dos Enfermeiros e dos Advogados”, explica a FPV.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Federação Portuguesa pela Vida espera que esta decisão “ponha um ponto final” a um processo legislativo que “nunca conheceu qualquer apoio popular e sempre mereceu forte contestação da sociedade portuguesa” e pede agora concentração de esforços no “reforço da resposta social aos doentes e mais idosos em fim de vida”.

No portal da Agência Ecclesia é notícia o regresso à celebração litúrgicas com a presença de fieis, com o desafio, proposto por D. Américo Aguiar, de “procurar aqueles que desapareceram” e os que descobriram a Igreja pelos media.

Para o bispo auxiliar de Lisboa,“nunca como agora é urgente que a Igreja em saída aconteça” para ir ao encontro de quem habitualmente estava presente nas comunidades e de “muita agente” que “descobriu a Igreja através das transmissões, sejam televisivas seja através das plataformas digitais”.

Recorde-se que o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) decidiu que as celebrações públicas da Missa sejam retomadas – início que aconteceu esta segunda-feira, 15 de março, mas manteve a suspensão de procissões, incluindo o tradicional “compasso” da Páscoa.

O Papa anunciou o ano especial ‘Família Amoris Laetitiae’ que vai começar esta sexta-feira, 19 de março, assinalando o 5.º aniversário da exortação ‘A Alegria do Amor’. Uma oportunidade para junto dos responsáveis pelo Departamento de Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa perceber a importância de recuperar o documento e relê-lo no atual contexto.

Se não teve ocasião de acompanhar o último 70x7 que preparámos, espreite a energia e a alegria, contra ventos e marés, que os jovens universitários da Missão País, desenvolveram este ano, para não deixar cair a vontade de missionar. A Missão em 2021 foi obrigatoriamente diferente, mas igual em tantas outras coisas.

Mas há mais para ler, ver e ouvir no portal da Agência Ecclesia. Passe por lá!

Tenha um excelente dia!

Lígia Silveira

 


www.agencia.ecclesia.pt

      




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