O cónego Joaquim Nunes, da Diocese do Algarve, prepara-se
para “uma Páscoa desejada” um ano depois da experiência de internamento
devido à Covid-19. O padre explicou que a Páscoa deste ano é “desejada na
forma comunitária da celebração” e é uma Páscoa que “vai florir com as
sementes” que vieram da Quaresma de 2020, quando testou positivo ao Covid-19
e, mesmo assintomático, esteve
internado de 26 de março até 1 de maio, dado que, por causa da esclerose
múltipla, “era necessário um tratamento especial”. “Espero e sei que vai ser uma
Páscoa florida, usando o adjetivo não apenas no sentido poético, mas no
sentido real e existencial”, acrescentou. A caminho da Páscoa o bispo de
Vila Real apela
à “multiplicação” de sinais de solidariedade, em particular junto do “irmão
mais pobre, doente ou sem-abrigo”. “Estes tempos difíceis, em que à
nossa volta cresce o número de pessoas e famílias com dificuldades várias, a
celebração desta Páscoa tem de se expressar na multiplicação de sinais de
proximidade, de solidariedade e de autêntica fraternidade”, escreve D.
António Augusto Azevedo na sua mensagem para a Páscoa de 2021. O bispo de Vila Real assinala que
a Páscoa, mesmo celebrada “debaixo das sombras de uma pandemia”, com as
limitações no encontro das famílias e nas festivas exteriores, “não perde nem
fica diminuída no seu significado”. Para que a Páscoa aconteça também
em âmbito litúrgico, os bispos em Portugal têm feito algumas recomendações
que visam a manutenção da segurança e, por isso, da saúde de todos – D.
Manuel Felício e D.
António Luciano escreveram aos seus diocesanos com indicações precisas
para as celebrações que se aproximam. No Vaticano, o cardeal brasileiro
D. João Braz de Aviz assinalou, com uma carta, os 25 anos da Exortação
Apostólica ‘Vita Consecrata’, de São João Paulo II, pedindo aos membros dos
Institutos de Vida Consagrada que ofereçam “sentido de esperança” à sociedade
marcada pela pandemia. “Os consagrados e consagradas são
pessoalmente chamados a despertar em todos o sentido da esperança”, refere o
texto da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de
Vida Apostólica, do qual é responsável. A carta assinada sublinha
que a Igreja Católica está solidária com todos os consagrados, “não
somente por causa do evento pandémico, mas especialmente pelas suas
consequências” que os afetam de perto, “nos acontecimentos quotidianos da
comunidade civil e eclesial”. Destaque ainda para a publicação do primeiro vídeo do ano
especial ‘Família Amoris Laetitia’, iniciado a 19 de março, por parte do
Vaticano. O Papa Francisco afirmou
ser “necessário” começar uma “conversão missionária”, na Igreja e na Pastoral
Familiar, para caminhar com as famílias e “ajudá-las” nos desafios que
frequentemente “enfrentam sozinhas”. “Com a ‘Amoris Laetitia’ desejo
encorajar cada um a ser sinal de misericórdia e de proximidade onde a vida
familiar não se realiza perfeitamente ou não se desenvolve com paz e
alegria”, explicou. Mas há mais para ver, ler e ouvir
no portal da Agência Ecclesia. Encontramo-nos lá? Tenha um excelente dia! |
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