Foto: Lusa |
Papa dirigiu-se a congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, presidida pelo português Fausto Pinto
Roma, 31 ago 2016 (Ecclesia) - O Papa discursou hoje em Roma perante
num congresso promovido pela Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC)
para pedir maior atenção no acesso aos cuidados de saúde para as vítimas
da “cultura do descarte”.
“Que não haja descartados da vida humana nem da plenitude da vida
humana”, pediu Francisco, perante especialistas de 140 países reunidos
pela SEC, organização presidida pelo médico português Fausto Pinto.
A intervenção deixou elogios ao trabalho de investigação e de
tratamento médico, deixando votos de que todos possam ter “alívio da
dor, maior qualidade de vida e acrescido sentido de esperança”.
“Se olharmos para o homem na sua totalidade - permitam-me que insista
neste tema - podemos ter um olhar de particular intensidade para os mais
pobres, os mais desfavorecidos e marginalizados”, realçou.
Francisco quis recordar que todas estas pessoas precisam de cuidados das “estruturas de saúde públicas e privadas”.
O Papa sublinhou a simbologia do coração antes de falar da “grande responsabilidade” dos cardiologistas e dos médicos em geral.
“Também eu já estive nas mãos de alguns de vós”, recordou.
Francisco alertou para a “tentação de sufocar a verdade” perante “o
grande mistério da existência humana”, que não pode ser explicado apenas
“pelas ciências naturais e físicas”.
“A abertura à graça de Deus, feita através da fé, não fere a mente,
pelo contrário, leva-a a um conhecimento da verdade mais amplo e útil
para a humanidade”, sustentou.
Fausto Pinto, presidente da SEC, dirigiu uma saudação ao Papa, na qual
recordou que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte
no mundo, frisando o propósito comum, com o Vaticano, de “ajudar as
pessoas em necessidade”, “aliviando o sofrimento e promovendo estilos de
vida saudáveis”.
O responsável apelou à aposta na prevenção para enfrentar uma “crise de
saúde pública”, esperando que a visita do Papa ajude a despertar
consciências “Obrigado pelo seu apoio a esta luta sem fronteiras”, concluiu.
OC
in
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