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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Mónica, a Mãe de todas as lágrimas


Decorria o ano de 332, quando em Tagaste, Norte de África, nasceu uma menina a quem puseram o nome de Mónica.
 
Criança calma e serena, foi educada por uma ama de grandes virtudes, que lhe transmitiu os valores da pedagogia cristã, religião já praticada com muito fervor pelos seus pais.

Profundamente enraizada numa prática fora do comum, para aquela época, Mónica levou uma vida de caridade para com os pobres e esmerou-se no seu comportamento de jovem crente e baptizada, evitando divertimentos profanos, fugindo de todas as ocasiões que considerava perigosas para a sua integridade moral, sendo muito selectiva com as extravagâncias da moda, num império que, em declínio acelerado, se aproximava do seu fim.

Por decisão dos pais casou com Patrício, filho duma família ilustre da terra, embora fosse pobre, pagão e homem de sentimentos rudes. Todavia, longe de se sentir infeliz ou vítima, Mónica tornou-se numa esposa amiga, com paciência e mansidão, evitando desavenças no lar e rezando pelo marido, a quem sempre defendia, não admitindo que o difamassem. Mais tarde teve a superior recompensa desta amorosa dedicação, com o milagre da sua conversão ao cristianismo. 

Deste casamento nasceram três filhos, sendo o mais velho Agostinho, uma fonte de problemas, preocupações e desgostos. Garoto vivo e brincalhão, tornou-se um jovem rebelde que não cessava de dar amarguras a sua mãe, pois Patrício já tinha falecido.

Espírito inquieto, tocou um pouco todos os caminhos desviantes e paralelos, a sua inclinação para o mal levou-o a ter más companhias, mesmo no aspecto religioso, optou por se ligar a uma seita inimiga da religião de sua mãe.

O coração destroçado de Mónica, incessantemente a impelia a rezar pedindo a Deus a conversão deste filho, que tinha tanto de inteligente como de volúvel. Desesperada recorreu a “reforços”, pedindo aos amigos e a diversos bispos que por essa intenção também rezassem.

Mónica, esposa e mãe de muitas lágrimas, é um exemplo vivo de como as orações chegam ao coração do Senhor. Pedir a intervenção divina com paciência de santas é o caminho seguro para que, a seu tempo, a educação dos filhos dê muito e bom fruto”.

Santa Mónica, cujo dia se celebra a 27 de Agosto, a Mãe que deu ao mundo e à Igreja um filósofo, um doutor e um Santo.

Maria Susana Mexia






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