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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Chamou-me a atenção…

Como é habitual, no de fim de férias e regresso ao trabalho, a comunicação social faz entrevistas aos veraneantes antes da partida para as suas casas.
 
Chamou-me a atenção as respostas dadas por um casal que estava de férias no algarve e que ainda esse dia (domingo, pp) regressariam a casa.
 
A esposa, professora, pelas respostas dadas ao jornalista manifestou que seria boa profissional pelo entusiasmo com que falou do seu trabalho.
 
Era tempo de regressar pois já tinha descansado e carregado baterias para o próximo ano que está a chegar: projetos para os alunos, vontade de ver os encarregados de educação e muita criatividade para desenvolver.
 
Não é muito habitual ouvir estas palavras quando se acaba o descanso e se regressa à normalidade do dia-a-dia. Por isso, como digo, chamou-me a atenção esta reportagem.
 
Que bom seria que todos os professores pudessem dizer o mesmo, mas sabemos que não é assim. E porquê? Porque existem muitas condicionantes que deveriam trabalhar em conjunto para que este exemplo se tornasse normal.
 
Professores motivados, pais interessados no aproveitamento escolar, alunos com vontade de aprender, acompanhamento em casa e na escola, despertar curiosidades científicas e metas para o futuro.
 
Sei que isto no momento actual parece uma utopia, mas poderá ser uma realidade se cada um tentar começar com o ambiente que o envolve e manter a expetativa alta de que ser professor é um serviço dignificante que enaltece o país.
 
Como será a sociedade de amanhã? É uma pergunta que se põe a quem já foi professor e sente saudades dos seus alunos e experimentar como é compensador quando nos reencontros se fala dos “nossos tempos de escola”.

Adelaide Figuinha
Professora







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