Foto: Rádio Vaticano |
Cerimónia vai ser presidida pelo Papa Francisco no dia 04 de setembro
Cidade do Vaticano, 22 ago 2016 (Ecclesia) – A festa da canonização da
beata Madre Teresa de Calcutá, marcada para o dia 04 de setembro no
Vaticano, já tem logótipo oficial, graças à designer Karen D’Lima, uma
leiga católica da região de Mumbai.
Em declarações à Rádio Vaticano, a autora do projeto explica que optou
por “trabalhar uma pose clássica de madre Teresa”, a levar “com ternura
uma criança ao colo”.
O objetivo é transmitir às pessoas uma imagem do “amor terno e
misericordioso de Deus”, realça Karen D’Lima, que dedicou três dias à
conceção do logótipo.
As celebrações em honra da canonização da Madre Teresa de Calcutá, em
Roma, vão integrar diversas celebrações, encontros e momentos de oração,
entre os dias 01 e 08 de setembro.
Na Basílica de São João de Latrão, os peregrinos terão a oportunidade
de venerar as relíquias de Madre Teresa; e no convento de São Gregório
‘al Celio’ poderão visitar o seu quarto.
A cerimónia de canonização será presidida pelo Papa Francisco no dia 04
de setembro, na praça de São Pedro, a partir das 10h30 (menos uma em
Lisboa).
No dia seguinte, pelas 10h00, terá lugar no mesmo local uma missa de
ação presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro
Parolin.
Em Calcutá, vai ser inaugurada esta quinta-feira uma estátua de Madre
Teresa, em bronze, para assinalar o 106.º aniversário do nascimento da
religiosa que ficou conhecida como a ‘mãe dos pobres’.
A representação de Madre Teresa ficará instalada na casa do arcebispo
de Calcutá, D. Thomas D’Souza, ao lado de uma estátua de São João Paulo
II.
Ganxhe Bojaxhiu, que ficou conhecida como Madre Teresa, nasceu em
Skopje (Macedónia), pequena cidade com cerca de vinte mil habitantes
então sob domínio otomano, a 26 de agosto de 1910, no seio de uma
família católica que pertencia à minoria albanesa, no sul da antiga
Jugoslávia.
A 25 de dezembro de 1928 partiu de Skopje rumo a Rathfarnham, na
Irlanda, onde se situa a Casa Geral do Instituto da Beata Virgem Maria,
para abraçar a vida religiosa, com o ideal de ser missionária na Índia.
Uma vez chegada a Calcutá, fundou ali a congregação feminina das
Missionárias da Caridade, hoje presente em cerca de 100 países,
incluindo Portugal, que Madre Teresa visitou por três vezes.
O seu trabalho nas ruas de Calcutá centrou-se nos pobres da cidade que
morriam todas as noites, vestida com um sari branco, debruado de azul, a
imagem com que o mundo se habituou a vê-la.
A futura santa, vencedora do prémio Nobel da Paz, faleceu em 1997 e foi
beatificada por João Paulo II em 2003, depois de o Papa polaco ter
autorizado que o processo decorresse sem esperar pelos cinco anos após a
morte exigidos pela lei canónica.
Em dezembro o Papa Francisco aprovou um milagre atribuído à intercessão
da Beata Teresa de Calcutá, respeitante à cura de um homem brasileiro,
de 35 anos, afetado por uma grave doença no cérebro, que recuperou de
forma inexplicável.
A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a
confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno
de culto público universal (os beatos têm culto local) e de ser
apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
JCP
in
Sem comentários:
Enviar um comentário