Foto: Festival Terras Sem Sombra |
Beja, 10 ago 2016 (Ecclesia) – A direção do ‘Festival Terras Sem
Sombra’, da Diocese de Beja, aconselha para as férias de verão uma
visita à serra de Serpa, ao microclima de Limas e ao Acidente Geológico
do Pulo do Lobo.
Na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, o ‘Festival
Terras Sem Sombra’ explica que o rio Guadiana ganha “outro vigor ao
atingir o Pulo do Lobo” onde inicia a escavação do seu leito primitivo e
forma uma “garganta escarpada de 20 metros de altura” que acompanha o
curso fluvial até à proximidade de Mértola.
Depois, assinalam-se o rio precipita-se “num turbilhão”, de cerca de 16
metros de altura, sobre o pego do Sável onde molda os quartzitos
“formando as marmitas de gigante” até avançar pelo vale encaixado da
corredora, ao longo de quatro quilómetros.
“Ao constituir um obstáculo natural à progressão para montante dos
peixes migradores que sobem o rio para desovar, o pego torna-se
uma armadilha natural para a ictiofauna (sável, lampreia”, observa a
direção do festival que alia cultura, património e defesa da
biodiversidade promovido pelo Departamento do Património Histórico e
Artístico da Diocese de Beja.
No artigo de opinião que guia o visitante à serra de Serpa, ao
microclima de Limas e ao Acidente Geológico do Pulo do Lobo destaca-se
ainda que “aliada” à interpretação geomorfológica do local é possível
encontrar “vestígios milenares da presença humana” gravados na rocha e
crustáceos contemporâneos dos dinossauros.
Nas margens do vale antigo do rio, encontramos os segmentos de habitat
menos tocados do Parque Natural do Vale do Guadiana, o Matagal
mediterrânico, acrescenta.
O Departamento do Património Histórico e Artístico, da Diocese de Beja,
que colaborou na elaboração da encíclica ‘Laudato Si’, através dos
consultores para a biodiversidade do festival, começa o seu artigo
por citar o número 37 do documento do Papa Francisco: “Alguns países
fizeram progressos na conservação eficaz de certos lugares e áreas – na
terra e nos oceanos –, proibindo aí a intervenção humana que possa
modificar a sua fisionomia ou alterar a sua constituição original.”
A mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA sugere
20 locais, um por cada diocese, para visitar e ficar a conhecer
Portugal, propondo ainda a descentralização de destinos em tempos de
férias e desafiando as pessoas a considerarem nas suas escolhas
turísticas as chamadas “periferias”.
CB
in
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