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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Homilia do Papa: "confortemos uns aos outros com as boas ações e as boas palavras”

Após a pausa do verão europeu, Francisco retoma a Missa em Santa Marta. Ele advertiu as comunidades cristãs a não perderem tempo com "mexericos”

Roma, 01 de Setembro de 2015 (ZENIT.org) Luca Marcolivio

Em sua primeira missa na Casa Santa Marta, depois da pausa de verão, o Papa Francisco voltou pronto para a guerra contra a “fofoca”.

A leitura de hoje da Carta de São Paulo (Ts 5,1-6.9-11), foi o ponto de partido para o Papa. A comunidade de Tessalónica estava "inquieta" e se questionava sobre o retorno de Cristo à terra: como e quando isso iria acontecer? O apóstolo adverte-os, exortando: "consolem-se uns aos outros".

"Em nossas comunidades, paróquias, fala-se disso, que estamos à espera do Senhor que virá, ou se mexerica disso, daquele, daquela, para passar o tempo e não se aborrecer demais?", atualizou o Santo Padre.

Referindo-se ao Salmo "Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver, na terra dos viventes” Sl 27 (26), 1.4.13-14), o Papa perguntou: "Você tem a certeza de contemplar o Senhor?". Depois, ele indicou o exemplo de Jó, que, apesar de suas desventuras afirmava decidido: “Eu sei que Deus está vivo e vou vê-lo, e vou vê-lo com estes olhos”.

Falando do Juízo Final, Francisco convidou a pensar na obra-prima de Michelangelo na Capela Sistina, que expressa a solenidade da justiça divina e acrescentou: “pensemos também que Ele virá me ver para que eu O veja com meus próprios olhos, O abrace e esteja sempre com Ele”.

Portanto, estamos diante do "testemunho de esperança" mencionado pelo apóstolo Pedro e da certeza de "contemplar a bondade do Senhor".

Francisco renovou o convite de São Paulo: “confortem-se uns aos outros com as boas obras e se ajudem uns aos outros. E assim vamos para frente”.

Ao final, o Papa convidou a pedir esta graça: "que a semente de esperança que semeou em nossos corações cresça, cresça até o encontro final com Ele"... “Estou certo de que o Senhor virá a encontrar-me: e este é o horizonte de nossas vidas”.

“Peçamos ao Senhor esta graça e nos confortemos uns aos outros com as boas ações e as boas palavras, neste caminho”, concluiu Francisco.

(01 de Setembro de 2015) © Innovative Media Inc.


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